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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Lateral-direito americano faz parte do hexacampeonato juvenil pernambucano

"Biu" (após o goleiro) foi campeão estadual pelo América de Natal no segundo ano pós licenciamento

José Vanilson Julião

Há assunto que o pesquisador primeiro colhe sem consultar a internet e fica guardado na memória para uma ocasião propícia.

Um deles é o contraponto ao badalado bordão "hexa é luxo", marca registrada da torcida do Náutico, como afirma o conceituado jornalista pernambucano Lenivaldo Aragão.

O orgulho da série de seis títulos profissionais seguidos do alvirrubro (1963/68), porém, não é único no Recife.

A façanha é primazia do time juvenil do Santa Cruz (1959/64). Conquistada na temporada seguinte ao começo da sequência Timbú.

O colunista Cássio Zirpoli (Diário de Pernambuco, 17/10/2008) dá o toque sobre o letreiro no nível superior da arquibancada do Estádio José do Rego Maciel (Arruda) e o alerta: - Hexa, um luxo coral.

Um protagonista da inesquecível conquista, Ednaldo Tavares, o lateral esquerdo "Mocinho", foi entrevistado por Aragão (24 de maio de 2020), quando completava 73 anos.

– A emoção do hexa era o sonho de todos juvenis da época. Fomos campeões invictos. Logo após fui convidado pelo Flamengo, mas o Santa deu entrada no meu contrato na FPF. Aí o Flamengo.

Quanto ao apelido conta que, recém-nascido, uma menina foi vê-lo, dentro do berço, tendo feito este comentário: – Parece um mocinho.  Ficou.

O ex-jogador lamenta o fato de muitos dos seus companheiros já terem morrido. – Há dois anos tive o prazer de encontrar Jailson e Josenildo.

O atleta juvenil assinava um “contrato de gaveta”, que era registrado na Federação, quando o clube  achasse necessário.

Com isso, ele passava a ser oficialmente profissional e ficava com o passe preso, sem liberdade de escolha, ao contrário do que acontece hoje.

Santa Cruz: Zé Neto, Biu, Lúcio Mauro, Inaldo, Moisés, Mocinho, Maurício, Cleto, Jailson, Dilson, Josenildo e o treinador Batista.

Biu no detalhe da capa

Desta relação que entrou em campo na partida final três fizeram história no futebol do Rio Grande do Norte. Pelo América, ABC e Alecrim.

No trio de ferro da capital potiguar jogaram o lateral direito Biu (pelos três grandes), o centroavante Jailson (ABC e América) e o ponta-esquerda Josenildo (Alecrim e ABC).

Agrinaldo José Santiago de Oliveira (Recife, 26/11/1946 - Natal, 23/1/2021), o "Biu", campeão pelo América no segundo ano após o retorno do licenciamento (1967), ainda jogou pelo Ferroviário de Natal e Riachuelo.

Josenildo Domingos da Silva (27/11/1947) ainda passou pelo CRB, River, Ferroviário, São Domingos, Icasa, Ferroviário/AL e ASA.

Jailson Correia de Aguiar (1/9/1947) entrou em campo pelo Botafogo/PB, Nautico, América (Campeonato Nacional/Divisão Especial - 1972) e CRB.

O zagueiro Luciomauro - assim aparece emendado em outras fontes - também fez sucesso no futebol nordestino, principalmente no Botafogo de João Pessoa, a capital paraibana.

 


A CAMPANHA

TURNO

Santa Cruz 2 x 0 América

Santa Cruz 3 x 0 Náutico

Santa Cruz 2 x 0 Sport

Santa Cruz 4 x 1 Central

Santa Cruz 0 x 0 Centro Limoirense

RETURNO

Santa Cruz 1 x 0 América

Santa Cruz 1 x 0 Náutico

Santa Cruz 1 x 0 Sport

Santa Cruz 1 x 0 Central

Santa Cruz 3 x 1 Centro Limoeirense

 

FONTES

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Diário da Noite

Diário da Manhã

O Poti

Tribuna do Norte

Lenivaldo Aragão

Memórias do Santa Cruz

Súmulas Tcchê

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