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terça-feira, 10 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (IV)

O compositor, letrista, narrador e torcedor do Flamengo Ary Barroso anteviu fracasso

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois do “Jornal dos Sports” – “o maior matutino diário esportivo da América Latina" – noticiar, o “Correio da Manhã” e o “Sport Ilustrado” repercutirem, o “Diário de Pernambuco”, com um dia de atraso em relação ao diário vespertino católico potiguar “A Ordem”, também aborda o assunto.

Mas não com material próprio e sim com telegrama enviado pela “Agência Meridional” do grupo do condomínio Associado, ao qual pertence o centenário impresso da capital pernambucana, adquirido anos antes pelo fundador da cadeia de comunicação, o jornalista paraibano Francisco de Assis Chateaubriand.

Na edição da quinta-feira (9 de agosto de 1945) veicula a coluna do famoso locutor esportivo mineiro de Ubá e radicado no Rio de Janeiro, Ary Evangelista de Rezende Barroso (1903 – 1964), distribuída para todos jornais dos “D. A.” (“Diários Associados) nas capitais estaduais.

Com o título "Semana Cheia" o artigo da edição do impresso centenário da capital pernambucana foca vários assuntos. Entre os quais o caso da decisão do CND em dificultar a proliferação ou continuidade dos apelidos que identificam jogadores de futebol.

PREMONITÓRIO

- O Conselho Nacional dos Desportos em sua última reunião, houve por bem resolver a proibição dos apelidos nos jogadores de futebol, alegando o ridículo que representa para o futebol brasileiro o costume das alcunhas. Não sei se o CND andou certo ou errado ao promulgar essa resolução.

Continua: - Sei, entretanto, que a medida está fadada ao fracasso, porque não há lei que consiga quebrar aquilo que a voz do povo consagrou. Se se perguntar a qualquer carioca onde fica a Avenida Duque de Caxias, responderá que não sabe, ao passo que dirá Largo do Machado...

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