Consulta

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Crônica paraense entra tarde na campanha contra apelidos

Manoel Francisco dos Santos: confundido com cavalo de corrida "Gualicho"

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Potiguar: Dequinha é corruptela de José

Em duas páginas: “GUERRA CONTRA OS APELIDOS NO FUTEBOL” (153 – 19/2/1962). É a reportagem da “Revista do Esporte” realizada anos depois da campanha engendrada pelo locutor Pedro Luiz e encampada, sem qualquer sucesso, pelo jornal paulistano “A Gazeta Esportiva”.

- Embora muitos desconheçam há uma antiga resolução do Conselho Nacional dos Desportos proibindo os apelidos dos jogadores. Entretanto, como as alcunhas não constam oficialmente das súmulas, nas quais assinam o nome próprio, a observância nunca foi levada a sério.

Agora, porém, a crônica esportiva da capital paraense resolveu fazer uma campanha contra os apelidos, lembrando que a proibição do órgão máximo do esporte brasileiro ainda se encontra em pleno vigor.

Para provar que têm razão em mover uma guerra contra as alcunhas os jornalistas paraenses formaram um escrete dos “bichos” que proliferam no futebol do seu estado e outros de apelidos realmente esquisitos:

“Carangueijo, Cobra, Macaco, Curió, Socó, Peruzinho, Morcegão, Coruja, Piranha, Paturi, Borrrachão (peixes, répteis, mamíferos e pássaros), Vassoura, Gigandando (sic), Fogão, Cabo Valdemar, Cavalo do Major, Espírito Seboso, Tô com Medo, Vela Branca, Carrão de Sena, Língua de Pau e Chupa Gelo!”

Para o Norte não ficar por baixo a revista relaciona, com fotografias, os apelidos do Sudeste, bem menos espalhafatosos: Jaburu, Delém, Luís Morais (Cabeção), Onofre de Souza (Sabará), Yustrich (até o ex-jogador e treinador entra), Coutinho, Dequinha (o potiguar José Mendonça dos Santos), Manoel Francisco dos Santos (Garrincha) e Oreco.

E relaciona nomes com as alcunhas: José Lázaro Robles (Pinga), Augusto Vieira de Oliveira (Tite), Francisco Ferreira Aguiar (Formiga), José Eli de Miranda (Zito), Agenor Epifânio (Pitico), Marcos Cortez (Pavão), Edson Arantes do Nascimento (Pelé!) e Valdir Cardoso Lebrego (Quarentinha).

“E por aí afora, já que seria um não acabar se fossemos desfilar os apelidos que marcam a grande maioria dos craques brasileiros”, finaliza a revista.

Luís Morais ("Cabeção"): reserva quase eterno de Gilmar no time "mosqueteiro"

Nenhum comentário:

Postar um comentário