Alecrim: Geléia (técnico), Manuelzinho, Miltinho, Orlando, Miro, Berilo de Castro, Hilo, Ferreira (preparador fisco), Caranguejo, Zezé, Galdino, Paulo Tubarão, Oziel Lago e Ferreira (Furiba)
JOSÉ VANILSON
JULIÃO
Noé Soares
Como
"voyeur" ocasional do excelente artigo do jornalista e escritor
Kolberg Luna Freire – cedido gentilmente para compor as postagens finais da
série sobre os apelidos dos futebolistas – tenho dois personagens a destacar
para algumas considerações.
O primeiro é o
ponta-esquerda carioca Noé Soares do Rego (1/11/1951), vindo da Portuguesa da
Ilha do Governador contratado pelo ABC em 1975. Logo na chegada, pela
semelhança física com o ator mineiro Grande Otelo, recebe do radialista
Francisco Souza Silva, o apelido do personagem "Macunaima"
(personagem original do escritor paulista Mário de Andrade), interpretado pelo
artista de cinema.
O ator Grande Otelo
O
"Macunaima" do futebol tem esta alcunha de presente do repórter, que
também era conhecido como "Chico Telefone" nos bastidores da imprensa,
eleito vereador e falecido em acidente de carro perto de Mossoró (1986), para
diferenciar de outro Noé, o Silva, vindo do Ferroviário cearense na mesma época
para o alvinegro.
O
segundo é o falecido lateral-esquerdo potiguar Valdomiro Pereira de Melo
(10/5/1934), o "Miro", bicampeão (1963/64) e campeão invicto pelo
Alecrim (1968). Numa pesquisa em jornais antigos, da década de 60, aparece na
imprensa tão somente com o apelido advindo da contração do nome de batismo.
O acréscimo para
"Miro Cara de Jaca" começou a aparecer para valer depois que pendurou
as chuteiras no começo de 1960 ou mais precisamente nos anos 70, quando passou
a trabalhar como roupeiro na concentração do ABC no bairro de Morro Branco.
Sendo um personagem
recorrente, duas ou três vezes, do "Cartão Amarelo" e das
"Numeradas" do jornalista Everaldo Lopes Cardoso no "Diário de
Natal" e no jornal semanário dominical Associado "O Poti".
Ele começou no ABC
(onde permanece até 1961), passa ao Atlético e em novembro de 1963 se encontra
no Alecrim para retornar em 1968, após vestir a camisa do antigo tricolor Santa
Cruz de Natal, Riachuelo (vice-campeão em 1967) e Centro Sportivo Alagoano
(CSA).
O “Cara de Jaca” surge por ele ter o rosto, principalmente as bochechas, salpicado de reentrâncias na pele. Talvez em decorrência de varíola. Ou de “espinhas” e “cravos”. Ou também de causa genética.
Clube Atlético Potiguar (1962): Carlinhos, Canindé, Oziel Lago de Souza, Gilvan, Chicó, Biro, Jariam, Miro, José da Rocha Bezerra (Papagaio), Osvaldo Carneiro (Piaba), Paulo Tubarão e Aloísio |
FONTES/IMAGENS
Diário de Natal
O Poti
Tribuna do Norte
Blog No Ataque
Blog O Alerta
Cacá Medeiros
Filho
Natal de Ontem
Gol de Placa
IMDb
O Gol
RT Blau
Súmulas Tchê
Times Campeões
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