Cerro-Corá entra na era da televisão digital (II)

Pelo noticiário a empresa "Rede Nordeste de Televisão" não vai ter programação própria ou gerada do município potiguar.

A mídia eletrônica irá retransmitir os sinais, pelo canal 28, gerados pela Rádio e Televisão Piauí.

A autorização – anunciada na semana passada pelo Ministério das Comunicações – e amplamente divulgada em mídias diversas pela rede - foi oficializada dia 11 de março.

Como há nomes similares de TVs piauienses, que transmitem programação educativa ou de variedades, o blog ainda não conseguiu se situar sobre a qualidade e tipo do conteúdo que a população cerro-coraense poderá desfrutar.

Também ainda não foi possível elucidar a origem e o controle empresarial da empresa por similaridades de pelo menos duas emissoras pernambucanas. (VANILSON JULIÃO).

Cerro-Corá entra na era da televisão digital (I)

Ministro Juscelino dos Santos

Uma informação embutida no noticiário do site "Diário de Petrópolis" (Estado do Rio de Janeiro), neste domingo, coloca o município de Cerro-Corá (Região do Seridó), no interior do Rio Grande do Norte, como beneficiado com uma emissora de televisão digital.

A mídia da Região Sudeste informa que a contemplação do canal de TV para a cidade, localizada a 190 quilômetros da capital, Natal, é uma iniciativa da empresa "Rede Nordeste de Televisão Limitada", autorizada a retransmitir sinais para mais seis municípios paraenses.

No Pará vão receber a programação a população das seguintes cidades: Augusto Corrêa, Curionópolis, Eldorado do Carajás, Piçarra, Salinópolis e São Geraldo do Araguaia.

O Ministério das Comunicações fez o anúncio na terça-feira (25) no "Diário Oficial da União" autorizando canais digitais em 12 cidades de cinco estados:

A TV Cidade Modelo vai operar nas cidades fluminenses de Petropólis, Paracambi e Valença; a TV Gazeta em Rondonópolis (Mato Grosso) e a TV Capixaba em Castelo (Espírito Santo).

BUROCRACIA

A partir das publicações as empresas devem obter as autorizações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e solicitar o licenciamento da estação dentro do prazo.

“A liberação de novos canais tem sido frequente porque o objetivo é que todos os cantos do país recebam este sinal com a mesma qualidade.

Esse serviço permite que a população tenha acesso à informação e à programação cultural e de entretenimento com uma imagem de mais qualidade e com menos risco de interferência de outros canais”, destaca o ministro, o médico maranhense José Juscelino dos Santos Rezende Filho (União Brasil).

O serviço tem a finalidade de retransmitir, de forma simultânea ou não, os sinais de estação geradora de televisão, fazendo com que os sinais das estações geradoras sejam recebidos em locais onde não são alcançados diretamente ou atingidos em condições técnicas inadequadas.

As emissoras autorizadas a executar os serviços de RTV poderão retransmitir os sinais oriundos de estações geradoras de TV comercial ou educativa. As autorizações para execução do serviço de RTV poderão ser concedidas em caráter primário (canal protegido de interferências) ou secundário (canal sem proteção contra interferências).

Nos dois casos, as autorizações são concedidas de forma precária, por serem serviços ancilares ao serviço de radiodifusão de sons e imagens.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (XIII)

Pelo América "Juca" pisou na grama do "Castelo Branco" em oito participações (oficiais e amistosos)

Relação dos 16 jogos (sete oficiais e nove amistosos) do goleiro João de Deus de Souza (“Juca”) pelo América/RN na temporada de 1972.

Depois da estreia no campeonato nacional perde a posição para Bastos (com passagens pelo Alecrim e Força e Luz/Cosern) e Floro (goleiro do ABC no vice-campeonato de 1969).

 

RESULTADOS

América 3 x 1 Centenário/Pau dos Ferros – amistoso (domingo, 16/1)*

América 0 x 1 ABC – amistoso (segunda-feira, 1/5)*

América 0 x 1 Cosern – amistoso (domingo, 7/5)

América 3 x 0 Ferroviário – Estadual (quarta-feira, 17/5)

América 1 x 1 Alecrim – Estadual (domingo, 28/5)

América 1 x 0 Cosern – Estadual (quarta-feira, 31/5)

América 0 x 1 ABC – amistoso (domingo, 4/6)**

América 1 x 3 Náutico – amistoso (quinta-feira, 29/6)***

América 4 x 0 Atlético – Estadual (sábado, 1/7)

América 3 x 1 Riachuelo – Estadual (domingo, 9/7)****

América 0 x 2 ABC – Estadual (domingo, 23/7)

América 2 x 0 Riachuelo – amistoso (domingo, 6/8)

América 3 x 1 Náutico – amistoso (quarta-feira, 9/8)

América 1 x 1 Alecrim – amistoso (quarta-feira, 16/8)

América 2 x 3 ABC – Troféu Duque de Caxias (domingo, 20/8)

América 0 x 2 Campinense – Nacional/Primeira Divisão (domingo, 17/9)*****

 

NOTAS DA REDAÇÃO

*Jogos com Pompéia ou Juca de saída

** Jogo da abertura do "Castelo Branco"

*** Jogo no Recife

**** Jogo da rara e segunda imagem de Juca no alvirrubro

***** Jogo no Plínio Lemos

 

FONTES

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Futebol 80

 

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (XII)

América 3 x 1 Riachuelo (domingo, 9/7/1972): Juca, Carlos Alberto Naúva, Cláudio, Djalma Linhares, Pimentel (o "Batata"), Duda, Bagadão, Washington, Petinha, Gerásio Nunes e Chiquinho/Colecionador Xaria

EXCLUSIVO: o jogo da segunda imagem do goleiro “Juca” como titular no América/RN

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como a rara e segunda imagem do goleiro João de Deus de Souza, o “Juca”, no América é feita também no “Castelo Branco” a confrontação das fichas técnicas fica para os jogos do segundo semestre de 1972.

Logo é eliminada uma partida com o meia Gonzaga (o mossorense) entrando de saída no campeonato estadual: 0 x 2 ABC (23/7). Em seguida um amistoso com o lateral Ivo entrando no time principal: 2 x 0 Riachuelo (7/8).

E mais alguns com o ponta-direita Elmer como titular, revelação do Riachuelo na temporada anterior, e contratado como um dos reforços do alvirrubro.

Com isso restam dois jogos com o elenco principal em começo de partida constando na referida fotografia. Primeiro América 4 x 0 Atlético pelo campeonato estadual (sábado, 1/7).

Jogo noturno de rodada dupla (ABC 0 x 0 Alecrim). Havia sido antecipado do domingo por causa do jogo Brasil 3 x 0 Iugoslávia (“Mini Copa”).

Mas a fotografia foi feita sob a luz do sol. No turno vespertino do domingo (9/7). Data do jogo oficial entre os americanos e os “navais” do RAC.

 

O JOGO DA IMAGEM

América 3 x 1 Riachuelo

Árbitro: Guaraci Augusto Picado/RN

Renda: Cr$ 6.345,00

Gols: Marconi 23, Nunes 53 (p), Petinha 64 e Gonzaga 70

América: Juca, Batata, Cláudio, Djalma, Duda, Carlos Alberto Nauva, Nunes, Bagadão, Petinha (Elmer), Washington (Gonzaga) e Chiquinho. Treinador: Gilson Gomes de Medeiros (Cido)

Riachuelo: Nilson, Dandão, Lolo (Genilson), Cidão, Ivan Matos (Assis), Nilson II, Pompila, Moacir, Adeildo, Arandir e Marconi. Treinador: José Maria Pinto

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (XI)

O volante William mostra para a torcida o troféu oferecido por uma empresa/NO ATAQUE

Flagrante do gol de William/GOL DE PLACA

Achado exato do jogo com a segunda imagem do goleiro “Juca” como titular alvirrubro cada vez mais próximo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois de eliminar, obviamente, os jogos do período do Estádio Juvenal Lamartine, perto da aposentadoria temporária, o foco do levantamento se concentra nos jogos após a ‘mini copa” (Taça Sesquicentenário da Independência).

E por mais uma constatação “ululante” pela primariedade visual da localização da rara e segunda imagem com o goleiro José de Deus Souza, o “Juca”, como titular do América/RN, feita também no recém inaugurado Estádio Castelo Branco.

Com esta simples metodologia inicial fica de fora a metade das 16 participações, na qual ainda consta da lista o jogo preliminar amistoso ABC 1 X 0 América na abertura do "Castelão" (domingo, 6 de junho de 1972), com o principal Vasco da Gama 0 X 0 Seleção Olímpica.

Com isso o foco para localizar a partida exata da fotografia se volta, precisamente, para julho, agosto e a primeira semana de setembro. O alvo: eliminar mais amistosos e jogos oficiais: Estadual e campeonato nacional (primeira divisão equivalente a atual Série B).

O levantamento fica cada vez mais enxuto pelas seguintes técnicas: eliminar fichas técnicas com jogadores que entraram no decorrer dos jogos e não estão na fotografia e súmulas em que constam atletas que entraram como titulares e não estão na foto.

E finalmente a precisão fica mais consistente pelo confronto das fichas em que estão ao mesmo tempo os jogadores que entram de saída e estão na raríssima imagem.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (X)

Portugal em campo na "Mini Copa"/Acervo: J. Ribamar Cavalcante

O “trabalho” minucioso para localizar o exato jogo da segunda e rara imagem com “Juca” no América/RN

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A pesquisa confronta fichas técnicas e encontra o exato jogo da rara fotografia e bem menos conhecida do goleiro João de Deus Souza, o “Juca”, no América/RN, pela temporada de 1972, após a inauguração do “Castelo Branco” e a aposentadoria temporária do “Juvenal Lamartine”.

O levantamento de anos de súmulas arquivadas – de fontes primárias (jornais antigos) – possibilitou a localização da partida em que ele aparece numa segunda imagem do alvirrubro como titular em outro amistoso, portanto não aquela, muito mais famosa, da inauguração do estádio.

A metodologia no primeiro momento foi bem simples. Primeiro elimina os jogos em que ele entra ainda com o acanhado e tradicional Estádio Juvenal Lamartine em atividade. A partir da partida em que ganha a posição do goleiro pernambucano Severino Ramos da Silva, o “Pompéia”.

Jogo este amistoso contra o ABC no Dia do Trabalho (1 de maio) até as vésperas da abertura do “Castelão” (domingo, 4/6), inclusos participações no campeonato estadual com a dispensa inesperada do “rival” após uma derrota na competição.

Com a paralisação do Estadual devido à realização de três jogos de seleções nacionais – Portugal, Irlanda (europeus) e Chile (América do Sul) na Taça Sesquicentenário da Independência, a “mini copa’ pela imprensa – o levantamento ficou muito mais fácil e foca em julho/setembro.

Nestes três meses o América entra em campo inicialmente para jogos amistosos, depois pelo Estadual e em seguida pelo campeonato nacional (primeira divisão), pelo qual “Juca” tem apenas uma participação, na estreia, e depois perde a posição para os novos goleiros contratados.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (IX)

O goleiro "Juca" em entrevista na emissora FM do ex-vereador Aquino Neto/"No Ataque"

A foto mais conhecida de "Juca" no América

As informações que permanecem no imaginário coletivo e as imagens históricas do “Clássico Rei”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

América: Juca, Batata, Cláudio, Djalma, Duda, Amaro (Osmar), Nunes, Bagadão, Carlos Alberto Nauva (Washington), Gonzaga (Petinha), e Chiquinho (Canhoto). Treinador: Gilson Gomes de Medeiros (Cido)

ABC: Erivan, Preta, Edson, Josemar, Anchieta, William, Gonzaga (Biu), Elias (Zé Maria), Jailson, Alberi e Soares (Odisser). Treinador: Wallace Gomes da Costa

As formações dos jogadores acima – com as substituições – são referentes as equipes do jogo preliminar ABC 1 x 0 América (William 20/2), com a principal Vasco da Gama 0 x 0 Seleção Olímpica, na abertura oficial do Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco (domingo, 4/6/1972).

William, segundo em pé, a cara de "chinês"

40 mil torcedores compareceram a inauguração do “Castelão” – “João Machado” a partir do segundo semestre de 1989 – e proporcionaram a correta renda de Cr$ 151.200,00 (dez mil a menos do inicialmente divulgado pela Fundação de Esportes de Natal (FENAT).

Não somente estas informações e dados permaneceram na memória coletiva da cidade. Mas também são bem divulgadas e conhecidas – principalmente hoje com a facilidade da internet – as fotografias dos elencos do alvinegro e do alvirrubro.

Que posaram para os repórteres dos três jornais diários em circulação na época: “A República”, “Diário de Natal” e “Tribuna do Norte”. Estas imagens com os personagens que começaram o histórico jogo, portanto, serviram de ilustrações para esta série sobre o goleiro americano “Juca”.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (VIII)

"Biro" (ex-América, Atlético e Racing) com Danilo, Aluízio e Rômulo Lima (ABC e Riachuelo),
três campeões infantis pelo alvinegro (1954) e na ponta-direita João Anselmo, tipógrafo
e funcionário da gráfica do jornal diário "Tribuna do Norte" nos anos 70/80.

"Juca" posa para uma reportagem de jornal

“Juca” é o jogador e goleiro revelação no Estadual

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois de participar do Torneio Início pelo Racing (março de 1969) e do campeonato juvenil no mesmo ano o goleiro João de Deus de Souza (“Juca”) ainda entra em pelo menos uma partida pela equipe principal do clube do bairro das Rocas.

A agremiação alvo e azul da Zona Leste de Natal participa pela única vez do campeonato estadual, no primeiro semestre, e o goleiro Severino Alves, o “Biro” – veio do América e foi vice-campeão pelo Atlético (1962) – é o titular na maioria dos jogos.

“Juca” aparece com a camisa número 1 quase no final da competição no jogo Racing 0 x 4 América (quarta-feira, 4 de junho).

Enquanto “Biro” reaparece em jogo-treino (sexta-feira, 22/1/1971) pelo Monte Castelo (também em preparativo para a única participação no Estadual).

Contra o América (2 x 2) no campo do Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), em Nova Descoberta, na Zona Leste.

Dois dias depois (domingo 24) “Juca” está debaixo da trave: Ferroviário 2 x 3 América (Taça Cidade de Natal). Estreia dos dois clubes.

No final do ano é considerado uma revelação do campeonato estadual. Em dezembro participa de um amistoso pelo Força e Luz (Cosern) em Mossoró.

Especula-se a ida para o ABC – assegurada pelo dirigente Joãozinho (Ferroviário), mas aparece mesmo é no América em Pau dos Ferros (janeiro de 1972).

A sina do momento final favorece o América/RN

A tradição iniciada pelos atacantes "Bagadão" e Alemão" prosseguiu com o zagueiro Alisson e continua com o centroavante Hebert

América (1967): Lolô, Biu, Dedé, Berilo, Arandir, Zé Rodrigues, Bagadão, Assis Dantas, Evaldo Pancinha, Véscio e Valdir

A festa dos campeões no vestiário abecedista

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Desde que retornou do licenciamento de seis anos (1960/66) o América de Natal tem sido bafejado pelo oportunismo e eficiência nos minutos finais nas decisões do campeonato estadual. Curiosamente sempre em anos ímpares.

Quatro casos são emblemáticos em três estádios diferentes: o acanhado "Juvenal Lamartine" comparece com os dois primeiros, em seguida a "Arena das Dunas" (oficialmente "Francisco das Chagas Marinho") com um e, agora, o "Maria Lamas Farache".

Foi assim em 1967. O alvirrubro ganha o turno. O Riachuelo o segundo. Na melhor de três partidas: América 2 x 0 (quarta-feira, 20/12), 2 x 2 (domingo 24) e 1 x 1 (quarta-feira 27). o clube naval vencia e aos 83 minutos "Bagadão" empata.

Em 1969 história quase idêntica se repete. Finais para depois do Torneio Norte/Nordeste. 0 x 3 ABC (domingo, 9/11), O x 0 (domingo 16) e 1 x 0 (Alemão 44/2). Resultado que força a quarta partida: 2 x 0 (Alemão 43 e Bagadão 89).

50 anos depois mais um caso emblemático. Gol do zagueiro Alisson, de cabeça, há um minuto do fim. Na Arena das Dunas. No jogo da volta: 2 x 1 (24/4/2019). A ida no “Frasqueirão”: casa do alvinegro.

Agora os estádios são invertidos. Neste sábado o atacante Hebert é mais um para entrar nesta história. No minuto exato: 90 e dez segundos! Também com o "cocuruto" e de raspão, a exemplo do Alisson. Em escanteio.

América/RN tricampeão potiguar dentro do "Frasqueirão"

Atacante Hebert entrou no segundo tempo para entrar na história do alvirrubro de Natal

FICHA TÉCNICA

América 1 – 0 ABC

Data: sábado, 29/3

Competição: Estadual

Estádio: Maria Lamas Farache

Cidade: Natal/RN

Árbitro: Anderson Daronco/RS

Público: 8.220 (11.995)

Renda: R$ 313.212,00

Gol: Hebert 45/2

América: Renan Bragança, Ricardo Luz, Lucas Rodrigues, Guilherme Paraíba, Rennan Siqueira (Hebert), Ferreira (Robson Lopes), Souza, Romarinho (Ítalo Melo), Henrique (Thiaguinho), Davi Gabriel e Giva (Ricardo Bueno). Treinador: Moacir Júnior

ABC: Felipe Garcia, Ezequiel, Windson, Bruno Bispo, Manoel (Lucas Sampaio), Wellington Reis, Randerson (Anderson Rosa), Adeílson Maranhão, Danilo Alves (Emanuel), Madison (Matheus Rocha) e Joãozinho (Brizuela). Treinador: Evaristo Piza

 

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (VII)

Equipe bicampeã do América é surpreendida pelo Racing (Rocas) na segunda rodada do
campeonato juvenil (1969), mas mesmo assim o alvirrubro é tri no final. O redator reconhece o atacante currais-novense Gomes (terceiro agachado) e o zagueiro "Pilão" (quinto em pé).

O goleiro "Biro" passou pelo América,
Atlético e jogou nos rivais Palmeiras
e Racing do bairro das Rocas

Os antecedentes do goleiro “Juca” no clone do famoso clube argentino: Racing do bairro das Rocas

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O alvo e azul Racing se apresenta no Torneio Início (domingo, 2/3/1969) com o goleiro João de Deus de Souza ("Juca").

Resultados: 0 x 1 Atlético, 0 x 0 América e 0 x 0 ABC. A competição foi dividida em dois grupos. Classificam-se para a final América 1 x 1 Riachuelo. Alvirrubro campeão nos tiros livres.

O clube do bairro das Rocas (Zona Leste) participa do campeonato estadual pela primeira e única vez como campeão da segunda divisão amadora (recém terminada no começo da temporada).

Na estreia (domingo 16/3) contra o Alecrim (1 x 0), Galdino 77 (pênalti), quem está como titular é o goleiro “Biro”, vice-campeão potiguar pelo Clube Atlético Potiguar (1962).

O arqueiro Severino Alves (“Biro”) havia começado no América/RN e passa ao rubro-negro com o licenciamento americano em março de 1960. Também joga no rival do Racing, o Palmeiras, como atesta a fotografia.

“Juca” reaparece no campeonato juvenil: 2 x 1 América. Após vencer o Alecrim (primeira rodada) surpreende o bicampeão da categoria (tri no final). Na temporada de 1970 “Juca” está no Ferroviário.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (VI)

Estádio "Marechal Castelo Branco" lotado com mais de 40 mil pessoas sentadas no cimento

“Juca” faz última partida oficial na estreia do América/RN na primeira divisão do campeonato nacional

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A preliminar do clássico doméstico ABC 1 x 0 América (domingo, 4/6/1972), na abertura do “Castelo Branco”, tem taça ofertada pelo centenário jornal “Diário de Pernambuco”.

E o troféu para o autor do primeiro gol (William). Poderia ter sido entregue ao atacante Jailson, não fosse o gol anulado, por suposto impedimento, segundo a parcial cobertura da “Tribuna do Norte”.

MINI COPA

Depois da abertura o estádio recebe três jogos pelo Torneio do Sesquicentenário: Portugal 3 x 0 Equador (dia 11), Chile 2 x 1 Equador (14) e Irlanda 3 x 2 Equador (18).

JUCA

O goleiro João de Deus de Souza (“Juca”) participa de amistosos contra o Náutico (3 x 1), na quarta-feira (29/6), em Recife.

Em seguida no campeonato estadual: 4 x 0 Atlético (sábado, 1/7), 3 x 1 Riachuelo (domingo, 9) e 0 x 2 ABC (domingo 23).

E amistosos: 2 x 0 Riachuelo (domingo, 7/8), 3 x 1 Náutico (quarta-feira 9) e 1 x 1 Alecrim (quarta-feira 16).

Ainda pelo “Troféu Duque de Caxias” (Semana da Pátria): 2 x 3 ABC (domingo 20). Todos no Estádio Castelo Branco.

A última participação, e em jogo oficial de estreia do América/RN pelo campeonato nacional (primeira divisão): 0 x 2 Campinense (domingo, 12/9).

No Estádio Plínio Lemos. Com arbitragem do pernambucano Ubiratan Camilo de Souza (posteriormente repórter de polícia da Rádio Cabugi).

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (V)

Governador potiguar Cortez Pereira e a neta pousam de papagaio de pirata do Ron Montilla junto ao ABC antes da preliminar do clássico

"Juca", goleiro americano, entra em amistoso e três jogos oficiais, todos em maio, antes de tomar o gol e ficar permanentemente na história do futebol potiguar

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após substituir o goleiro Severino Ramos da Silva (“Pompéia”) no decorrer do amistoso do 1 de maio (Dia do Trabalho) – América 0 x 1 ABC (“Biu”) – o arqueiro João de Deus de Souza (“Juca”) é mantido titular pelo treinador pernambucano Gilson Gomes de Medeiros (“Cido”) para mais um “amigável” (domingo 7) contra o Cosern e outra derrota pela contagem mínima (Edmundo 43/2).

Posteriormente, já realmente efetivado na equipe principal, são mais três jogos, agora oficiais, pelo campeonato estadual, até o amistoso festivo para inauguração do Estádio Castelo Branco (domingo 4): 3 x 0 Ferroviário (quarta-feira, 17), 1 x 1 Alecrim (domingo 28) e 1 x 0 Cosern (quarta-feira 31), com gol do “patrimônio” João de Deus Gondim Teodósio, o “Bagadão”.

Chega o grande dia e a torcida vaia. Não os atletas. Nem as autoridades. Um locutor entusiasmado anuncia, de vez em, quando uma canção com o cantor baiano do gênero brega, romântico e dor de cotovelo: Waldick Soriano (coluna “Roda Viva” no “Diário de Natal” da terça-feira 6).

O jornal Associado escala três repórteres fotográficos para a abertura: Paulo Saulo, Clóvis Santos e Eurípedes Franco. – O goleiro Juca não teve culpa no gol, embora se esforçasse para não ficar na história como aquele que sofreu o primeiro gol, diz o redator do texto da segunda-feira 5.

Mas não teve jeito: Alberi lança William, que dá alguns passos e marca... Jailson, aos 11 do segundo, recebe o cartão vermelho por insistentes reclamações, inclusive com palavrão ao árbitro no momento derradeiro.

Ao repórter Mário Dourado (Rádio Poti) disse que reclamara de uma falta. A emissora escala Hélio Câmara de Castro, Vicente de Almeida Filho, Everaldo Lopes Cardoso, José Augusto, Liênio Trigueiro, Carlos Alberto “Cuecão” (não é o futuro senador) e no plantão José Joaquim de Lira.

O arqueiro do gol inaugural do estádio "Castelão" (IV)

América na inauguração do “Castelão”: Juca, Cláudio, Djalma Linhares, Amaro, Pimentel (o “Batata”), Duda, Bagadão, Gonzaga, Nunes, Carlos Alberto Nauva e Chiquinho (veio de Pau dos Ferros)/Blog No Ataque - Acervo: José Ribamar Cavalcante

O recém contratado treinador pernambucano Gilson Medeiros, o “Cido”, dá a grande chance para o “Juca”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O goleiro pernambucano Severino Ramos da Silva ("Pompéia") depois de substituir o conterrâneo João de Deus de Souza ("Juca") no amistoso da abertura de temporada em Pau dos Ferros (16/1/1972), estreia oficialmente contra o Clube Atlético Potiguar na primeira rodada da II Taça Cidade de Natal (19/1).

Com a última participação oficial no Campeonato Estadual (domingo, 23/4), ainda no “Juvenal Lamartine”, contra o ABC (0 x 1, Jailson, 33 da etapa inicial), somente perde a posição substituído em amistoso no Dia do Trabalhador (1/5) contra o ABC (0 x 1, “Biu”, o pernambucano José Agrinaldo).

Foi a grande oportunidade concedida pelo treinador pernambucano e antigo zagueiro do Sport Recife, do América, também da capital pernambucana, e do Flamengo (Rio de Janeiro), Gilson Gomes de Medeiros, o "Cido", que esteve apenas como observador no interior do estado. Daí em diante "Juca" não mais larga a camisa cinzenta número 1 no restante do campeonato estadual.

Para azar e sorte ao mesmo tempo, podemos assim dizer, é a chance de entrar para a história do futebol do Rio Grande do Norte um mês e poucos dias depois na abertura do Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o cearense marechal presidente da República, morto em acidente aéreo no Estado natal (1967).

O “Lagoão”, logo apelidado com a mania da imprensa pelo aumentativo "Castelão", é inaugurado (domingo, 4/6) com a presença do prefeito da capital potiguar, o mossoroense Jorge Ivan Cascudo Rodrigues e do governador, o currais-novense José Cortez de Araújo Pereira.

Mas o melhor ou pior estava por vir. Na preliminar ABC 1 X 0 América, gol de William aos 20 do primeiro tempo. E outro, alvinegro, o atacante pernambucano Jailson, o primeiro expulso pelo árbitro Afrânio Messias e Silva no estádio que aposenta temporalmente o "Juvenal Lamartine".

O jogo principal, Vasco da Gama 0 X 0 Seleção Olímpica, passou a ser um mero detalhe a ser mencionado pelos pesquisadores e historiadores. Apesar das atrações dos craques envolvidos.

Em seguida o “Castelo Branco” sedia uma sub sede (sede no Recife) do Torneio do Sesquicentenário da Independência (150 anos), competição comemorativa também apelidada de “mini copa” pela imprensa.

 

FONTES

A República

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte