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domingo, 23 de março de 2025

Quem foi o real campeão do interiorano em 1966? (XXV)

"Beco da Lama", no centro da Cidade, é um alegoria de lascar o cano...

O beco dos anos 70 uma
imagem rara de "Chico
Canhão" divulgada por
J. G. D. Emerenciano

Nomes dos pais dos conhecidos jogadores Dias de Melo aparecem na imprensa natalense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Dos irmãos mais velhos – Moacir, Maurício e Mauro – nada se sabe sobre o que andaram fazendo após a saída do mundo do futebol, do mais novo, Mauro “Solinha”, ainda se tem um indício que vivia normalmente por esta cidade dos Reis Magos.

O mais importante e único é encontrado: o de que estava adaptado a vida normal e ao cotidiano vem de um trabalho acadêmico de pós graduação universitária de Bárbara Brena Rocha dos Santos.

Ele é citado, somente pelo apelido, que continua uma incógnita a origem, no capítulo três (página 168), por um dos frequentadores do “Beco da Lama”, no bairro da Cidade Alta (Centro), entrevistado para o trabalho da estudante universitária (fontes)

“...sempre passava ali e tinha um cara tocando violão, tinha um poeta recitando, aí tinha, como é nome daquele cabra da caixa de fósforo? Mário Solinha... Esse senhor me chamava muita atenção. Sentava e ficava com a caixa de fósforo tocando um samba...”

Mas se precisava de algo mais para saber-se a origem desta família de personagens envolvidos com o futebol, três deles nascidos na capital pernambucana, e apenas um, o Mário, norte-rio-grandense da capital.

Não se acha a chegada da turma, mas uma publicação no diário vespertino católico “A Ordem” (25/3/1944) chancela a estadia permanente da família no tempo e no espaço natalense.

O pai do quarteto, Manoel Dias de Melo, aparece como terceiro gerente da Cooperativa Escolar Augusto Severo, com diretoria eleita em 22 de março.

E na seção “Noticiário Natalense” como tesoureiro de uma Sociedade Musical Santa Cecília (10/5/1951). Numa eleição da sede da Associação dos Escoteiros do Alecrim.

Além disso pelas colunas “Crônica Social” se verifica a existência de mais quatro irmãos, duas meninas e dois meninos, nenhum, aparentemente, ligados ao esporte.

São filhos do  senhor Manoel e dona Dezuith Fernandes de Melo: Miraci, Marlene (1958), Marinaldo e Manoel Dias de Melo Filho (este aparece em expediente do Ministério da Aeronáutica em 1952).

Sendo que Moacir ainda é alvo de nota de aniversário do jornalista Aderbal de França, o “Danilo” (sábado, 14/5/1960).

O curioso é que também posteriormente um Manoel Dias de Melo Filho aparece como vendedor de drogas e medicamentos (1961), como representante de uma firma de João Pessoa, capital paraibana.

Um Manoel Dias de Melo como jornalista pernambucano e diretor da revista “BRASIL ILUSTRADO”, conforme noticiário do então vespertino “O Poti” (sábado, 14/7/1958)

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Santos, Bárbara Brena Rocha dos – “A PÉ – Uma narrativa sobre a experiência do pedestre no centro histórico de Natal” (UFRN – 2015)

 

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