Sem entrar diretamente na complexa questão da invasão de
supostos trabalhadores campônios ligados ao Movimento dos Sem-Terra a uma
propriedade privada, uma fazenda pertencente a uma família de japoneses, nestes
dias de novembro, o que mais me chamou a atenção mesmo foram os uivos selvagens
e fanáticos da turma de mascarados.
Depois o que me veio à mente foi o diferencial para a cultura nipônica
e a tecnologia das fábricas do país do sol nascente. Todas multinacionais com
filiais nos cinco continentes, inclusive na América do Sul, precisamente em
território tupiniquim, onde se encontra uma das maiores concentração de
descendentes da nação do imperador Akihito, ao lado do Peru.
Enquanto os desordeiros invadem uma fazenda produtiva, na cidade
de Correntina, no oeste da Bahia, os japoneses – sem terem inventado o
automóvel, a motocicleta, o televisor, a máquina fotográfica e relógio – tem as
maiores e mais respeitadas marcas destas áreas industriais.
Vejamos: autos (Toyota, Honda, Daihatsu, Nissan, Suzuki, Mazda, Mitsubishi, Subaru, Isuzu, Kawasaki, Yamaha e Mitsuoka); motos (Yamaha, Kawasaki, Honda e Suzuki) e eletrônicos (Pentax, Nikon,
Canon, Sony, Casio, Citizen, Fujifilm, Hitachi, NEC, Nitendo, Olympus,
Panasonic, Pioneer, Ricoh, Seiko, Sharp, TDK e Toshiba.
A Fazenda Iragashi cultiva batatas, cenouras, feijão, tomate,
cebola, soja, entre outros. O crime aconteceu na quinta-feira (2). Cerca de mil
pessoas participaram da depredação. Parte dos invasores se concentrou na
entrada da cidade para novos “protestos”. O caos só teve fim após a Polícia
Militar garantir que ninguém seria preso. Para os proprietários, só resta o
prejuízo absurdo.
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