Que a rede mundial de computadores veio
para modificar a troca de informações entre as pessoas, empresas e
instituições, alem de transformar o papel da imprensa em geral (jornal, radio e
televisão), a maioria dos internautas já sabe.
Porém os mais atentos ou com alguma
experiência midiática podem perceber pormenores interessantes nos blogs
disseminados pela capital, região metropolitana (são mais nove cidades no
entorno da Grande Natal) e os outros 157 municípios do interior do Rio Grande
do Norte.
A primeira constatação. É uma chatice
acessar um blog em busca de uma postagem anterior e encontrar um dos mais
recentes com varias fotografias dificultando o “rolar” da tela, devido uma
lentidão do processo. O pior que as fotos, na maioria das vezes, repetem a cena
do fato, enquanto outras são totalmente desnecessárias para completar o
entendimento da informação.
Esta situação não persiste somente entre
inexperientes ‘blogueiros’, mas também entre os mais famosos e, inclusive, com
profissionais tarimbados, os jornalistas com formação acadêmica. Publicam fotos
com cortes ou enquadramento inadequados, algumas feitas por amadores, e ate
mesmo desfocadas.
Acho que três fotografias, no máximo cinco,
são suficientes para compor o quadro e complemento da informação textual. Mas
há casos em que exageram. Colocam oito, nove, 15 fotos. Outros chegam ao
extremo: 20, 30, 40... Principalmente quando se aborda encontro de político,
aniversario, casamento! E pasmem. Um blog do interior chegou a posta MAIS de
cem fotos do carnaval em uma única postagem.
Não existem critérios, sejam eles quais
forem, neste caso da informação visual ou de imagem, diferentemente do jornal
impresso. No impresso o repórter ou editor, em conjunto com o fotografo e o
diagramador (desenhista), discutem a forma de dispor do espaço disponível,
dentro de técnicas e formas coerentes, layouts, etc.
Mas não é somente na escolha da qualidade e
quantidade de fotografias escolhidas que os blogs, não todos, são hilários. Um
deles tem contrato para divulgar material jornalístico de pelo menos duas
agencias de notícias vinculadas a dois grandes jornais da capital paulista. Mas
não é que um controlador do blog coloca “interino” abaixo do titulo da
reportagem, apesar de, no final do texto, vir a identificação do produtor ou
fonte original.
Outros, sequer, informam a origem da
informação. Em alguns casos por inexperiência ou mesmo falta de atenção.
Além disso, os critérios para exibição de
publicidade e propaganda não são ainda bem definidos, poluindo e sujando
visualmente o layout.
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