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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Algumas observações sobre os blogs potiguares

Que a rede mundial de computadores veio para modificar a troca de informações entre as pessoas, empresas e instituições, alem de transformar o papel da imprensa em geral (jornal, radio e televisão), a maioria dos internautas já sabe.
Porém os mais atentos ou com alguma experiência midiática podem perceber pormenores interessantes nos blogs disseminados pela capital, região metropolitana (são mais nove cidades no entorno da Grande Natal) e os outros 157 municípios do interior do Rio Grande do Norte.
A primeira constatação. É uma chatice acessar um blog em busca de uma postagem anterior e encontrar um dos mais recentes com varias fotografias dificultando o “rolar” da tela, devido uma lentidão do processo. O pior que as fotos, na maioria das vezes, repetem a cena do fato, enquanto outras são totalmente desnecessárias para completar o entendimento da informação.
Esta situação não persiste somente entre inexperientes ‘blogueiros’, mas também entre os mais famosos e, inclusive, com profissionais tarimbados, os jornalistas com formação acadêmica. Publicam fotos com cortes ou enquadramento inadequados, algumas feitas por amadores, e ate mesmo desfocadas.
Acho que três fotografias, no máximo cinco, são suficientes para compor o quadro e complemento da informação textual. Mas há casos em que exageram. Colocam oito, nove, 15 fotos. Outros chegam ao extremo: 20, 30, 40... Principalmente quando se aborda encontro de político, aniversario, casamento! E pasmem. Um blog do interior chegou a posta MAIS de cem fotos do carnaval em uma única postagem.
Não existem critérios, sejam eles quais forem, neste caso da informação visual ou de imagem, diferentemente do jornal impresso. No impresso o repórter ou editor, em conjunto com o fotografo e o diagramador (desenhista), discutem a forma de dispor do espaço disponível, dentro de técnicas e formas coerentes, layouts, etc.
Mas não é somente na escolha da qualidade e quantidade de fotografias escolhidas que os blogs, não todos, são hilários. Um deles tem contrato para divulgar material jornalístico de pelo menos duas agencias de notícias vinculadas a dois grandes jornais da capital paulista. Mas não é que um controlador do blog coloca “interino” abaixo do titulo da reportagem, apesar de, no final do texto, vir a identificação do produtor ou fonte original.
Outros, sequer, informam a origem da informação. Em alguns casos por inexperiência ou mesmo falta de atenção.
Além disso, os critérios para exibição de publicidade e propaganda não são ainda bem definidos, poluindo e sujando visualmente o layout.


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