José Vanilson Julião
Jornalista
Dizia o jornalista
João Saldanha, gaúcho de Alegrete, radicado no Rio de Janeiro desde os anos 30,
que escrever um comentário de mais de 30 linhas é embromação.
Eu costumo
dizer, a um ou dois ouvintes cativos, que, se não tiver dados concretos, o repórter
não passa do primeiro parágrafo de cinco a sete linhas.
Nos bancos
universitários fica-se sabendo que são necessários os preenchimentos de cinco ou seis perguntas fundamentais, desde o Império Romano: - O que aconteceu? Com quem? Quando?
Onde? Como? Porque aconteceu?
Ainda na
universidade, pelo menos na UFRN, existia uma disciplina denominada ‘jornalismo
comparado’.
Com o advento
da rede mundial de computadores e a velocidade dos acontecimentos e posterior
divulgação quase que simultânea ou automática dos fatos e transmissão das
informações se faz necessário uma melhor apuração dos dados.
Neste
contexto, atualmente, o profissional deve se voltar, cada vez mais, ao ‘jornalismo
de precisão’, termo criado pelo norte-americano Philip Meyer. Neste tipo de
reportagem investigativa, outro modismo atual, aplica métodos científicos e
psicossocial a apuração jornalística.
Durante o
motim de Chigado, em 1967, Meyer fez um levantamento com auxílio de
computadores e mostrou que os participantes foram desistentes do ensino médio.
A revista on
line de Recife, “Pronews”, divulga uma oficina de jornalismo de precisão, que
acontece de 25 a 29 de maio. Inscrições 350, com desconto de 15 % a quem
indicar um participante.
A oficina é
dividida em cinco eixos: Fundamentos de CAR (Computer Assisted
Reporting); Jornalismo Guiado por Dados (Data-Driven Journalism); Técnicas
avançadas de pesquisa e apuração online; Gestão de informação, indexadores e
banco de dados; e UGC (User-Generated Content) e verificação de conteúdo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário