Roberto Schwartz
Estamos
presenciando um fenômeno eleitoral no Brasil. Quer você goste ou não da pessoa
que está no epicentro deste furacão, o fato é incontestável!
Acompanhamos atônito, um
candidato a presidente sendo recebido e ovacionado por multidões eufóricas em
qualquer lugar deste país que ele chegue. E o mais incrível é o coro quase
unânime e uníssono:
“Eu vim de graça”!
O cara não precisa fazer esforço nem gastos para arrebanhar
multidões frenéticas em busca de uns “selfie” ou somente para demostrar sua
disposição de votar nele.
Aí, vem o mais inacreditável
ainda: Tudo isso, e muito mais, ocorrendo contra todo um sistema político e
ideológico que vem comandando o Brasil há cerca de trinta anos!
Autoridades políticas rançosas e
bolorentas, grande mídia encaixada no esquema, intelectuais e artistas adeptos
e parasitas de verbas públicas, Universidades aparelhadas que não estão lá para
ensinar e dialogar com as diversidades de ideias e sim para impor somente as
suas…
Toda esta máquina enferrujada e
cheia de corrupção, burocracia e fome de poder, com todos seus recursos lícitos
e ilícitos, tentando, pelo menos, frear a ascensão do seu único concreto
adversário.
Uns embasbacados, outros
incrédulos, muitos irados, todos perplexos com a total impotência de seus ardis
e ataques orquestrados contra um só homem, um reles deputado federal sem
expressão nacional pregressa e sem apoio ou conluios espúrios com o “sistema”!
Será mesmo? Ele é tão perfeito
assim? O que este homem tem de extraordinário e anormal?
A resposta é simples e clara:
Nada!
E é exatamente este seu cacife.
Ele é uma pessoa comum, com seus defeitos que cada um de nós carrega; com sua
vontade de ver um país com menos corrupção, menos “esculhambação”, menos
desinformação e menos bombardeamento da família etc.
O que seus adversários ainda não
entenderam é que a questão não é o Bolsonaro; o problema é com eles!
O povo não está votando
propriamente no Bolsonaro. O povo está “desvotando”, isto é, rejeitando,
repugnando (no cearês: “Ripunando”) os demais!
Não é questão de escolher o mais
culto, o mais “preparado”, o mais isso ou mais aquilo… É repulsa mesmo!
Contra o Sistema corrupto,
apátrida e diabólico que nos encharca e causa náuseas.
O brasileiro não escolheu
Bolsonaro; ele simplesmente está no lugar certo e no momento exato.
A maioria, mesmo
inconscientemente, está votando em si mesmo.
Apenas se achegou a um porta-voz
que ia passando e dizendo muito daquilo que você e eu queríamos dizer. Aquilo
que estava engasgado há tempos.
Grande parte do Brasil está
vomitando sobre os candidatos do Sistema todo o nojo desta classe política que
nos deixou enojados de mentira, roubalheira, insegurança e medo.
E quanto mais bate no
“porta-voz”, mais batem na honra de quem quer falar e reclamar pela boca dele.
Colocam dez notícias pejorativas por hora contra ele, mas ao mesmo tempo, cada
notícia de corrupção; cada vídeo de um assalto; cada latrocínio; cada dinheiro
na cueca; cada escárnio contra a fé; cada doutrinação de imoralidade infantil;
cada nome de blasfêmia… Torna-se uma propaganda gratuita deste perseguido
“Porta-voz”!
Dizem que se conselho fosse bom
não se dava, se vendia. Então vou vender um, “fiado”, pros políticos do
Sistema: Deixem de bater no povo através do seu Porta-voz. Tentem se
reinventar; a maioria já está enfastiada desta mesma conversa fiada que vocês
estão oferecendo.
O brasileiro já desistiu de um
inexistente “salvador da pátria”. Está resolvendo salvá-la numa união popular
poderosa e voluntariosa jamais vista em nossa história!
Se “todo poder emana do povo”,
basta só mais alguns acordarem pra esta união. Hoje está se entendendo a força
que o povo tem. Sem comando de nenhum populista aproveitador, mas aproveitando-se
de um ser “normal” que resolveu dar a cara à tapa… E a boca ao povo!”
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