O goleiro "Coveiro" no Central de Caruaru, interior de Pernambuco |
José Vanilson Julião
Em qualquer artigo sobre apelidos de jogadores de futebol sempre aparecem os nomes engraçados, estranhos ou diferenciados.
Sobre o assunto li nos livros dos falecidos jornalistas potiguares José Procópio Neto e Everaldo Lopes Cardoso.
E mais recentemente uma jocosa crônica do colunista Kolberg Luna no site GRANDE PONTO.
Entre estes atletas do passado o goleiro 'Coveiro' do Galícia (1947) de Salvador. E foi campeão do torneio início maranhense pelo Sampaio Correa (1949). Participa de amistoso contra o ABC, no domingo, 18/1/1951, sem abertura de contagem.
No sábado anterior o elenco granadeiro soteropolitano havia empatado (2 x 2) com o América, gols de Franklin (20 e 32) e Macedo (13/2 e 35). Renda de 11.140,00 cruzeiros.
Na arbitragem um dos dois primeiros narradores esportivos, Francisco Lamas, irmão de Carlos Lamas, um dos fundadores da Rádio Educadora de Natal (REN), depois Poti.
Ainda em1951 pelo clube da colônia espanhola divide posição com Burguês (seis jogos) e José (nove). Nos 18 jogos do campeonato baiano participa em 2 x 1 Vitória (12/8), 5 x 0 São Cristóvão (30/9) e 1 x 2 Vitória (8/12).
Cinco anos depois Coveiro já não é mais adversário. Substitui com bola rolando o arqueiro mossoroense Jeronimo Felipe, o Jerim, na baliza americana. Em amistoso contra o ABC.
O jogo aconteceu no domingo (22/1/1956) com gols de Macau (19 e 4/2) e Gilvandro (16). Arbitragem de Eugenio Vieira Barros, que fora treinador americano no começo da temporada de 1948 e 50, além do extinto Globo (1960). Em 1957 está no Central de Caruaru (interior pernambucano.
Na Literatura
Escritor Arthur Carvalho |
O jornalista Woden Coutinho Madruga (TRIBUNA DO NORTE, 10/06/2015) inclui nota na coluna: "Hoje tem a posse de Arthur Carvalho na Academia Pernambucana de Letras.
O baiano de Salvador passou a adolescência na capital potiguar, onde o pai, o engenheiro Carlos Koch de Carvalho, dirigia o Departamento Estadual de Saneamento nos governos José Augusto Varela (Ceará-Mirim, 28/11/1896 - Natal, 14-6-1976), Dix-Sept Rosado (Mossoró, 25/3/1911 - Aracaju, 12/7/1951) e Silvio Piza Pedrosa (Natal, 12/3/1918 - Rio de Janeiro, 19/8/1998).
Cronista do JORNAL DO COMMERCIO no Recife montou escritório de advocacia na Rua da Aurora.
O escritor Arthur Carvalho na crônica "O cigano", no livro "A menina e o gavião: 200 crônicas escolhidas", publicado em 2017.
- Eu morava com meus pais e irmãos em Natal, quando o Galícia desceu em excursão no Norte, proveniente de São Luís do Maranhão, trazendo o comentarista e locutor esportivo Barbosa Filho em sua embaixada.
Em Natal o Galícia empatou com o ABC, cujo presidente era João Ferreira de Souza, pai de Ezequiel Ferreira de Souza. A partida foi no Juvenal Lamartine, onde joguei muitas vezes pelo Guarany, de camisa branca, faixa diagonal verde e com uma cara de índio como emblema, time infanto-juvenil que fundei no verão de 49 com Levi Caminha e meu irmão Carlos Aloysio. Tenho, ainda hoje, a foto dos dois quadros, antes do jogo, com minha irmã, Maria Lúcia, madrinha do Galícia, meu pai, Carlos Koch, presidente de honra da delegação, e João Ferreira de Souza.
Dos granadeiros só me lembro do goleiro coveiro, que quase era preso porque discutiu com uma mulher da Pensão 15, na Ribeira, que não quis ficar com ele, do beque, Bacamarte, e do ponta-direita, Tombinho, emprestados ao alviazulino, pelo Bahia e Vitória, respectivamente
FONTES
Diário de Natal
Tribuna do Norte
Futebol Nacional
História do Futebol
Lenivaldo Aragão
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