Centro Rural Totô Jacinto recebe o nome do antigo proprietário e fazendeiro
Sogro do dirigente e major Hugo Manso como fazendeiro
na região agreste potiguar
Leonardo Arruda Câmara*
Leonardo Arruda Câmara
No começo dos anos 20 Antônio Cleophas da Silva (Totô
Jacinto) compra uma vasta área de terra no município de Nova Cruz, denominada
Umbuzeiro de Cima, onde passa a residir até sua morte em 1969.
Com as emancipações dos distritos de Lagoa D’anta, São
José de Campestre e Passa e Fica as terras passam a integrar os novos
municípios. Paralelamente Totô Jacinto adquire duas propriedades às margens do
Rio Jacu, fazendo as doações as filhas.
No final dos anos 40 Joanita, casada com Lauro Arruda
Câmara, recebeu a Fazenda Jacu, depois Serrote da Macambira e Iracema; a outra
filha, casada com Aristides Porpino, a Fazenda Volta do Rio.
As terras eram propícias para a cultura do algodão e
para criação de gado. Com a morte de Antônio Cleophas foram agregadas à Fazenda
Serrote da Macambira as áreas de Umbuzeiro de Cima, Barriguda, Favela, Cabocla
e Riacho da Cruz, totalizando 2.200 hectares.
Como homenagem passou a ser chamado de Centro Rural
Totô Jacinto. A sede da Fazenda Umbuzeiro de Cima, pertencente à Totô Jacinto,
ficou para a terceira filha, Terezinha, casada com o major Hugo Manso.
Com os falecimentos de Joanita Torres Arruda Câmara e
Lauro Arruda Câmara as terras passam a compor o Centro Rural Totô Jacinto,
divididas entre os filhos:
Marluce, Cassiano (jornalista), Leonardo (deputado
estadual e presidente do ABC), Domício (médico), Cid (prefeito) e Lauro.
Pela divisão herdei a parte que servia de sede. Serrote da Macambira é localizada parte em Lagoa D’anta, parte em São José de Campestre (a seis quilômetros).
Fachada do Centro Rural Totô Jacinto, que congrega as áreas das antigas propriedades no agreste |
*Condensado de artigo para o blog "Terras
Nordestinas" (28/5/2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário