Nos anos 90 e nas duas décadas seguintes, por motivos
políticos, administrativo e, claro, religiosos, foi alçada, a uma maior
cobertura da imprensa, rádio e televisão e, agora, pela internet (rede mundial
de computadores), via portais, sites e blogs, a comemoração do Dia dos Mártires
de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da
capital potiguar.
Porém houve um tempo em que o acontecimento histórico
passado no século XVII era lembrado por um jornal ligado a Igreja Católica, “A
Ordem”, fundado por pessoas componentes da Congregação de Moços Marianos de
Natal, que, também, faziam parte do Centro de Imprensa da Arquidiocese.
Em 1932 o movimento “Boa Imprensa” fundou o impresso
católico, que passou a ser editado três anos depois, em 35, quatro ou cinco
meses antes da eclosão do movimento que ficou conhecido como Intentona
Comunista (novembro), denominação criada pelo jornalista paraibano Francisco de
Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.
Pois bem, é o jornal católico que informa na primeira (capa)
das quatro páginas, edição 1.796 (quinta-feira, 2/10), sobre uma romaria do
Seminário São Pedro ao local do morticínio praticado pelos invasores holandeses
, tendo como vítimas o padre Antonio Ferro, o colono Matias Moreira e demais moradores, com poucos
sobreviventes.
Naquela ocasião a missa campal foi celebrada pelo padre
Nivaldo Monte, futuro arcebispo, com acompanhamento do cônego José Adelino,
depois bispo, e do bispo de Natal, dom Marcolino Dantas.
Também compareceu ao evento o escritor Luís da Câmara
Cascudo. E a banda de música dos escoteiros do Alecrim. Todos recebidos pela
professorinha do lugar: Judite dos Santos.
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