No
começo dos anos 70 os correspondentes da revista ‘Placar’:
o multimídia Roberto Guedes da Fonseca, Aderson França (repórter fotográfico e
professor universitário) e Rosaldo Aguiar, filatelista, o mais longevo de todos
na função. O primeiro tinha até um xará de Campinas na seção de cartas, a
Camisa 12, na edição número 2 (27/3/70).
Na seção Meio Tempo (9/4/71) aponta: - América
de Natal, outro pó de arroz. E faz arrazoado comparando o alvirrubro x
alvinegro como se fosse o Tricolor das Laranjeiras contra o Flamengo. Aquela
coisa de sede, Fluminense, clube de elite, versus o de maior torcida, o
Flamengo. Porém diz que o atacante pernambucano Tóia, o “Fio de Natal”, era o
astro americano.
Na mesma seção (28/5/71) reporta: “Querem acabar
com o ABC. Deve demais.” O inspetor do INPS, Carlos da Mota Fernandes, resolver
conferir contas e recolhimentos. Encontra uma série de irregularidades. O clube
recolhia sobre o salário mínimo, somente, o que pagava aos atletas e
funcionários. Artifício ainda em prática atualmente, mas para cobrir fortunas,
inclusive com ganhos sobre patrocínio e publicidade, o tal direito de arena.
Na edição de 11/6/71 (número 65) o potiguar RGF
manda cravar coluna um no prognóstico do jogo 12 da Loteria Esportiva. No teste
45 o ABC, invicto há 15 partidas, é o franco favorito contra o Alecrim. O analista
é cáustico e realista: - O Alecrim é um time pobre, de bairro grande, do qual
tirou o nome.
Curioso é que se vale de um José Guedes para
opinar sobre o “clássico melancia” – verde por fora e preto por dentro -, o
qual é menos cruel e afirma que o elenco esmeraldino está em reestruturação.
Até por que o Periquito vinha com seis vitórias consecutivas. Entretanto nos
dois enfrentamentos anteriores o alvinegro vencera: 4 x 1 e 2 x 1. No teste
seguinte: ABC x América.
A dupla dinâmica, imagem e texto, França e
Aguiar, está no expediente da famosa publicação esportiva. Aguiar fez
excelentes reportagens sobre Marinho Chagas, Hélcio Xavier e Luiz Carlos Scala.
Cobriu a excursão abecedista ao exterior e a conquista da Taça Almir pelo
alvirrubro (1973). E enviou textos curtos, com um de apenas três parágrafos e
16 linhas, em que o treinador Sebastião Leônidas decide deixar o América após três
anos por sentir saudade do Rio (outubro/76).
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