Antigas fórmulas e intermediários antes da segunda passagem
José
Vanilson Julião
Com a saída de Graciano Acosta Torres no final de
1939 para a virada do ano seguinte a pesquisa não detecta os treinadores do biênio
40/41, mas o América volta a solução caseira.
Porém, após duas décadas, novamente o funcionário
público federal Arari da Silva Brito é orientador técnico (1942), permanece na
temporada seguinte e comanda na decisão do campeonato: 1 x 2 Santa Cruz (9/1/1944).
Brito já era conhecido pelo envolvimento com o
futebol. Entra na lista dos 32 fundadores do ABC e no rol dos 38 do América.
Está em campo no primeiro jogo do ABC (20/9/1915) contra o alvirrubro Natal
Futebol Clube (3 x 1), fundado em 1910 pelo estudante de Direito Alberto
Roselli e pelo dentista Nizário Gurgel.
É o juiz de gol, ao lado de Sérgio Severo, no
primeiro América 1 x 4 ABC (domingo, 26/9) na Praça Pedro Velho. E como jogador
americano no primeiro campeonato estadual em 1918. Contra o alvinegro e o
Centro Esportivo Natalense (CEN), surgido no mesmo ano para compor o trio
competidor.
A competição é interrompida com o Centro – fruto da
fusão entre o Flamengo e o Alecrim – líder devido à epidemia de gripe espanhola
(“Influenza”). E no ano seguinte,
Logo depois assume o “diretor técnico” Odilon de
Amorim Garcia, que permanece no cargo ou função até pelo menos maio de 1945.
Em junho o alvirrubro retoma a fórmula de contratar
um jogador-treinador. A escolha recai no centro-médio pernambucano Clóvis Lavor
Paes Barreto, oriundo da Associação Companhia Portela, no mesmo período em que
Acosta treina o elenco portelense.
Conhecido principalmente como Lavor ou Clóvis I
(para diferenciar do atacante Clóvis Melo e Silva e contratado em 11/7/1945)
permanece à frente do quadro principal em 1946.
Portanto Lavor comanda a maioria dos jogos no título
de 1946, que acaba com o jejum americano de 14 anos após o bi de 1930/31.
No período da entre safra o ABC soma dez taças e um
bi: 44/45. No meio a competição não termina (1942) e o tricolor consegue o
único troféu da história.
Nas duas temporadas de Lavor há indicio que o
sargento do Exército, o também árbitro Tong Ramos Viana, é o “diretor técnico”
no amistoso contra o Treze (Campina Grande) no Presidente Vargas (1 x 0 –
domingo, 10/2).
Viana é transferido para o Recife e arbitra entre
49/50, ingressa na faculdade de Medicina e retorna de passagem a Natal como
acadêmico (1954). Sobre ele ver postagem: “O personagem da fotografia”
(16/1/2021).
Delegação: Epitácio de Oliveira Fernandes
(presidente), Antonio Lamas (irmão de Carlos Lamas, um dos fundadores da Rádio
Educadora de Natal, acrônimo REN, depois Poti ao passar para a cadeia
Associada), Délio Otoni e Adalberto de Souza.
No começo do segundo semestre de 1946 o DIÁRIO DE
NATAL noticia os entendimentos para o retorno de Acosta, confirmado pelo Associado e pelo jornal católico A ORDEM (fevereiro/1947).
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