José Maria de Aquino, o terceiro em pé (camisa escura), na cobertura das Olímpiadas de 1980 |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
“A FESTA DO AMÉRICA”
“A Taça Almir é o segundo título que o futebol do Rio Grande
do Norte do Norte ganha em toda a vida”
Foram o título e subtítulo da reportagem de duas páginas
ilustrada com quatro imagens da conquista do torneio paralelo entre clubes das
regiões Norte/Nordeste.
Tirando os rapapés do texto assinado pelo correspondente Rosaldo
Moreira de Aguiar, da revista semanal PLACAR (193 – 23 de novembro de 1973), há
destacar uma legenda geral das fotos de Aderson França:
- O governador Cortez Pereira, torcedor do ABC, fez
questão de ir ao campo, e foi mais longe: em vez de dar a taça a Scala, foi ele
mesmo montrá-la ao público. Só então o capitão do América pôde repetir o já
consagrado gesto das grandes conquistas. Era dia de festa.
Logo abaixo a relação sequencial dos jogos embutidos na
primeira participação americana no campeonato nacional: 0 x 0 Rio Negro, 2 x 0
Ceará, 2 x 0 Sergipe, 2 x 2 Santa Cruz, 2 x 0 Náutico, 2 x 1 Remo e 1 x 1
Vitória (a maioria no Estádio Castelo Branco).
A lembrança mais uma vez da façanha alvirrubra é causa suscitada
pela declaração ao repórter, do veterano jornalista e enviado especial da PLACAR,
José Maria de Aquino, de que guarda a placa da homenagem recebida pela
diretoria do clube natalense.
“SAUDOSISMO” – Foi o que também revelou o corrrespondente,
recordando o feito potiguar no Campeonato Brasileiro de Seleções (1934), quando
eliminou os selecionados cearense e pernambucano para ir a semifinal da competição
nacional contra a Bahia.
Na ocasião a imprensa de Salvador apelida a
Seleção do Rio Grande do Norte (apesar da derrota): “Fantasmas do Nordeste”.
Pois o elenco foi considerado campeão regional, pois na época o Estado da
Bahia, na divisão geográfica e territorial da nação, pertencia ao Sudeste.
Rosaldo Aguiar até relaciona alguns
jogadores daquela conquista: João Acioli da Silva (Cabo João), americano; o
atacante cearense Francisco Rodrigues dos Santos, o “Xixico”, ABC; e Antônio
Acácio do Nascimento, pai do futuro zagueiro e treinador Hélio Lopes.
Erroneamente cita como do elenco
norte-rio-grandense o atacante Demóstenes César da Silva, que depois do América
e ABC, segue para o Botafogo do Rio de Janeiro e ao futebol
colombiano. Não poderia: só começou a aparecer em 1936/37.
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