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quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Minibiografia da patrona "Maria Lamas Farache" (III)

Vicente Farache Neto

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Com oito anos do novo regime, instalado em 1889, o jornal “A República” (5 de setembro de 1897), noticia a subscrição de donativos em dinheiro para os órfãos e vítimas da Guerra de Canudos, do místico cearense Antônio Conselheiro, no interior da Bahia (1896/97). Na lista o avô Vicente Farache ao lado de republicanos históricos:

Amintas Barros, Odilon de Amorim Garcia, Olímpio Vital, Afonso Magalhães (nome de rua em Petrópolis), Coronel Avelino Freire (pai dos meninos fundadores do ABC), os irmãos Vicente e Evaristo Leitão (proprietário do Hotel Internacional na Ribeira) e o austríaco Nicolau Bigois, um dos cinco ou seis estrangeiros que assinaram a ata do manifesto da Proclamação Republicana no Rio Grande do Norte.

Comunicado do casamento em 1902: José Farache (1876 – 1933), aos 27, e Maria Carmina (1884 – 1962), aos 19 anos, grávida, cujo anúncio de nascimento do menino é feito no mesmo periódico: Vicente Farache Neto (18/10/1902 – 1967).

Depois vem Carlos (1903 – 1952), José Farache Filho (1904 – 1919), Antônio (1906 – 1979), Júlio (1908 – 1909), Maria (1915), Ernani (1917) e Adalberto (1920 – 1973).

A mãe Carmina aparece como “protetora” em evento religioso ao lado de senhoras de famílias conhecidas: Lustosa e Cicco (por exemplo). Os aniversários dos dois primeiros até é noticiado no jornal de Pedro Velho também ainda em 1907.

Em janeiro de 1923 Vicente Farache Neto aparece fazendo exame na Academia do Comércio vinculada a Faculdade de Economia, no então Distrito Federal, recebendo o grau cinco, abaixo de outros rapazes até com grau sete.

No mesmo ano acompanha, ao lado de José Potiguar Fernandes, os cinco rapazes adolescentes do raide Natal – Rio de Janeiro, em visita à redação do periódico de Assis Chateaubriand, em agosto de 1923.

Mas as finanças e a economia ao que parece não era a praia do italianinho que foi ponta-direita do ABC até pelo menos a virada da década de 20 do século passado.

Em dezembro de 1925 está no terceiro ano do curso de Direito, numa lista de prova oral na Faculdade no Rio de Janeiro e dois anos depois aparece na imprensa carioca aprovado com distinção em todas as cadeiras (5/8/1927).

 

FONTES

A Ordem

A República

Diário de Natal

Jornal do Brasil

Jornal do Comércio

O Imparcial

O Jornal

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Pinto, Lauro – “Natal que eu vi” (Imprensa Universitária – 1971)

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