José Vanilson Julião
Ela não é enorme. Começa
tímida. Sem pretensão nenhuma. Pelo acaso. É minha pequena "coleção"
de revistas e livros com assuntos sobre futebol.
Começo a juntar as
publicações ao herdar, sem planejamento, a "Revista do Esporte"
(1959/70), fundada por Anselmo Domingos.
O impresso carioca
portanto vem dos tempos de menino. Em Cerro-Corá (Região do Seridó), a 190
quilômetros de Natal.
Eram compradas semanalmente pelo meu pai, o comerciante e vereador José Julião Neto, provavelmente, não sei, em bancas de Currais Novos ou da capital potiguar.
Fora ele, na cidadezinha
interiorana, somente conheço outro comprador da "RE", o amigo dele, o
comerciante, dono de bar, Arian Félix, hoje aos 90 e poucos anos.
Além das "Revista do
Esporte", ainda devo ter, no amontoado do quartinho dos fundos, uma quase
desconhecida "Futebol e Outros Esportes", também dos anos 60.
Também da herança paterna
deve estar lá, ainda, no cubículo referido, os primeiros livros adquiridos por
Zé Julião, torcedor botafoguense desde 1948, tempos do cachorro
"Biriba".
"Subterrâneos do
Futebol", de João Saldanha, onde ele conta as peripécias dos jogadores
botafoguenses quando foi técnico do "Glorioso" na campanha do título
carioca (1957).
"A Hora e a vez de
João Saldanha" (1969), agora treinador do selecionado nacional, de Pedro
Zamora, fundador da "Editora Gol', uma das primeiras especializadas em
literatura esportiva.
Em 1970 passei a
colecionar, ai sim, por vontade pessoal e do meu irmão, José Valdir Julião. A
revista semanal "Placar" (Editora Abril), lançada em março de 1970.
E tenho algumas da
"Manchete Esportiva" da década de 70, da Bloch Editores, após a
segunda fase de meados de meados dos anos 50.
A "Placar", na
fase mais gloriosa, até os anos 80 (antes de passar a mensal e retornar
semanal), era adquirida em Natal, toda terça-feira.
A religião era aguardar
meu pai retornar na noite daquele dia, da capital, para onde viajava com
passageiros na Kombi verde.
Quando trazia, também, os
rolos de filmes para o Cine Canário, em latas de zinco apropriadas, retiradas
numa distribuidora no primeiro andar da antiga estação ferroviária da Ribeira.
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