JOSÉ VANILSON JULIÃO
Cartaz da campanha de 1982 |
O leitor pode estranhar as fotos de uma vedete de teatro, cinema e televisão, um jornalista renomado e um governador estadual numa mesma reportagem.
Mas tem
uma explicação coerente para estas imagens aparentemente desconexas entre elas.
O começo
de tudo é a curiosidade sobre a origem de uma instituição beneficente. Como
também o nome do patrono.
A
intenção de escrever algo sobre o tema não era para agora. Em médio e longo
prazo. Mas uma intrigante informação de rede social detonou a pesquisa
imediata.
Depois
que o então ex-deputado federal e ex-governador potiguar, Aluízio Alves (MDB),
apoiou a reeleição do senador Jessé Freire (1978) pela Arena, passei a
acompanhar desinteressadamente um pouco a política local.
Jornalista potiguar Murilo Melo Filho |
Era a época do rádio e dos jornais como principais fontes. Veio a anistia do presidente e general João Batista Figueiredo (1979) e AA, que estava com os direitos políticos cassados desde 1969, entra novamente em cena.
Chega
1982 e Aluízio concorre pela segunda vez ao governo estadual, depois de ser eleito
em 1960, vencendo o deputado Djalma Aranha Marinho (avô do senador Rogério
Marinho), apoiado pelo então governador Dinarte de Medeiros Mariz.
Lurdinha Bittencourt |
Sendo derrotado, por 100 mil votos, pelo engenheiro civil José Agripino Maia (prefeito de Natal nomeado nos últimos momentos do regime militar). É por esta época que ouvi nos discursos e li nos artigos de AA a menção ao “Melo Mattos”.
Principalmente
a partir da primeira semana de agosto daquele ano, quando entrei como
estagiário de jornalismo no matutino “Tribuna do Norte” e anos seguintes tinha
acesso permanente a edição diária para ler a página de opinião.
E sempre
aparecia, aqui e acolá, o “Abrigo Juiz Melo Mattos”, quando AA rememorava o
começo da política do mais jovem deputado federal eleito para a Constituinte de
1946.
Para
reforçar companheiros das primeiras jornadas também mencionam a referida instituição
em artigos, caso do jornalista potiguar Murilo Melo Filho, natural de
Ceará-Mirim e com trânsito no eixo Rio de Janeiro – Brasília.
Como
também o jornalista e professor universitário Ticiano Duarte, um torcedor
americano “roxo” para reforçar o vermelho da camisa do clube da Avenida
Rodrigues Alves.
Para
colocar ainda mais lenha na fogueira, durante as minhas pesquisas sobre futebol
local, nos impressos de antigamente, li que o “Melo Mattos”, esporadicamente,
aparece com um time de futebol.
E para
detonar o estopim da bomba, como diz uma música popular de forró, aparece um
“Asilo Melo Mattos” como lar da artista Maria de Lourdes Bittencourt, famosa a partir da década de 30. E localizado
em Campinas, interior do Estado de São Paulo.
Foi isto
que me fez ‘ferver” os miolos da cabeça. E pensei: - Como pode duas
instituições com os mesmos nomes em duas unidades federativas diferentes?
Até então
pensava que o tal do “Melo” era uma personalidade genuinamente natural do Rio
Grande do Norte. Ledo engano, como diria o romancista...
FONTES/IMAGENS
Diário de
Natal
Tribuna
do Norte
Blog
Carlos Santos
Elenco
Brasileiro
Jornal
Opção
José Vanilson, Amigo, meu Pai foi funcionário do Estado do RN e trabalhou no Abrigo Melo Matos. Eu era criança e vi muitas coisas boas por lá. Verdadeiro projeto social do Gov Aluízio Alves. A História desse "Abrigo" merece ser conhecida por todos. Como faremos para reaver essa história. Sei muitas coisas de lá, mas eu era criança ainda.
ResponderExcluirA contribuição do blog está sendo feita com esta série, a qual ainda vai ser concluída, com a sequência da pesquisa. Bem que vc, mesmo criança na época, poderia escrever algo. Mas se desejar mande subsídios que tiver. Inclusive o nome de seu pai é a função que ele exercia no Abrigo. Agradeço pelo comentário. Sinal de a reportagem chama atenção dos leitores qualificados.
ResponderExcluirNome do meu Pai: Sebastião Teotonio de Melo, acho que a função Dele era de Inspetor de Alunos.
ResponderExcluirTenho curiosidades em saber se já algo pesquisado sobre o Abrigo Melo Matos.
O que tenho no momento é o que já saiu nestas postagens. Vou continuar a pesquisa e ver se acho alguma menção ao seu pai.
ExcluirGratidão. Vou acompanhar.
ResponderExcluirNa próxima semana recomeço a série. Estou pesquisando alguma coisa entre 1951/53 nos jornais antigos.
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