Jornal Associado anuncia e apoia demolição do “MLF” e construção da sede
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O América tinha o campinho
ao lado da sede, na Campos Sales, e com o encerramento do Mundial (1950) se ventilava
até 1955 a construção de moderno estádio para substituir o acanhado e
tradicional “Juvenal Lamartine”.
Era também o que se
discutia entre os dirigentes alvinegros. Mesmo com a desativação do “Maria
Lamas Farache” para dar lugar a sede, outro, com o mesmo nome, seria erguido em
terreno adquirido no Morro Branco.
Ainda sem adequação
necessária para um grande clube o “Diário de Natal” (sábado, 15/1) anuncia que
o elenco parte da “sede” da Rua Potengi, ao meio dia para amistoso contra o
Treze em Campina Grande.
Enquanto nada era definido
o América pensava na construção da sede náutica e o tricolor Santa Cruz Esporte
e Cultura já pretendia construir uma sede na Praia do Meio. Até o “Pâmpano”,
dos “pescadores”, pensava nisso.
A primeira menção
concreta do plano do ABC é veiculado na página dois (“Editoriais”) do então diário
vespertino “O Poti” (sábado, 2/4). Com o comentário “Um plano elogiável”.
Diz o primeiro parágrafo:
- Pretende o ABC demolir a sua atual praça de esportes loteando os terrenos que
dão frente para a rua Seridó afim de construir, na parte da rua Potengi, a sua
futura sede com jogos de salão, biblioteca, restaurante e outros setores
ligados as suas atividades...
Segue: - O produto a ser
apurado com as vendas dos lotes seria empregado na aquisição de outro terreno
de maiores dimensões para a praça de esportes com as dimensões regulamentares...
O que existe hoje é realmente um monstrengo que nem serve para a prática do
futebol e nem pode ser digno das tradições do clube.
Mais: - O ABC deveria ter
uma sede condigna e o local se presta para isso... Por outro lado não constitui
segredo para ninguém que é velho plano do governo utilizar parte do terreno
para o colégio estadual e essa medida só terá efeito se for demolida a atual
praça de esportes, que disso só tem o nome.
Ainda: - Agiram bem os
diretores do ABC quando na salvaguarda dos seus direitos que poderiam em futuro
ser discutidos, mandaram murar o terreno. Foi elogiável, também, a época, o esforço
feito para construir um local de treinamento...
“Hoje, porém, o
desenvolvimento da cidade, as construções residenciais, e a necessidade de uma
sede decente impõe a demolição do que foi feito com sacrifícios, mas que atualmente
está totalmente superado pelo progresso da cidade e pelas necessidades do próprio
clube”.
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