José Rodolfo de Lima também jogou no América/RN em final de carreira
José Vanilson Julião
Urge esclarecimentos alguns
detalhes da importância documental do desabafo do antigo jogador dos alvinegros,
que se configura também importante pela participação dele na história do
futebol potiguar e paraibano.
O atacante Zé Rodolfo ou
Rodolpho (com peagá mesmo) está na relação de um selecionado da Liga convocado ás
pressas para participar de jogos amistosos nas solenidades do centenário da
Independência no Recife (1922).
Ao lado de alvirrubros,
como o desembargador João Maria Furtado (Taipu, 9/6/1904 – Natal, 4/4/1997), o
“De Maria” – pai do ex-deputado estadual Roberto Brandão Furtado – autor do gol
do Torneio do Centenário.
Seis anos depois está no
elenco que conquista o primeiro bicampeonato da segunda Liga (1928/29) e ainda,
pelo menos, conquista os três primeiros títulos da série do deca-campeonato
(1932/41).
Quanto a menção do
reconhecimento do América aos antigos jogadores há uma razão de ser. Em final
de carreira atua pelo clube no Estadual já promovido pela Associação
Norte-rio-grandense de Atletismo (ARA).
Nas temporadas de 1936/37
veste a camisa vermelha em torno de sete participações com pelo menos um gol marcado.
Como atesta uma das poucas fichas de jogos encontradas.
No rol dos jogadores
contemporâneos por ele citados todos tem participação nos dez títulos seguidos
do alvinegro.
Com exceção de um que
vale ser destacado. Trata-se do médio José Pedro, o “Pé de Ouro”, estivador morador do bairro das Rocas, craque dos
primeiros campeonatos. Com o detalhe que começa no futebol pelo rival América.
Na Taça Campeonato (janeiro/fevereiro de 1917), a primeira competição oficiosa do RN vencida pelo ABC contra América e Humaitá (o vice-campeão), e mencionada pela primeira vez no livro do falecido jornalista José Procópio Filgueira Neto (foto da capa).
Uma promoção do jornal “A
Imprensa”, pertencente ao coronel e comerciante Francisco Justiniano da Câmara Cascudo
(pai do escritor Luís), e editado pelo jornalista Bruno Pereira.
Este mesmo atacante “Pé
de Ouro” está na lista dos quadros que selecionaria uma equipe local para
participar das festividades do centenário da Revolução Pernambucano (março).
Termina não viajando ao Recife.
O referido “scratch” tem
a convocação do presidente abecedista, Cícero Aranha, seria “apurado” pelo “referee”
(árbitro) Mário Severo e os “capitains” dos “teams”. Nota “Sport” em “A
Imprensa” (quinta-feira, 15/2/1917).
Atletas: Mendes,
Aguinaldo, Fernando, Gomes, Barreto, Deão, Bigois, Fred, Santos, Rocha e Leite
(quadro A); Pinheiro, Rosa, Jaime, Uruguai, Clínio, Alemão, Meira, Pé de Ouro e
Tavares (quadro B).
“Pé de Ouro”, que havia surpreendido os mais letrados por saber assinar o nome, é
confundido com Nezinho pelo falecido deputado federal e magistrado Gil Soares de Araújo (Martins,
10/11/1907) em depoimento para “O Poti” (11/9/1983) sobre os pioneiros do
futebol.
Quanto ao número de anos
em que Zé Rodolfo joga pelo Treze, cinco, tem fundamento total. O clube de
Campina Grande é fundado em 1925 e em 1930 já não está mais em atividade,
retornando ao noticiário local em 1937.
FONTES
A Imprensa
A Ordem
Diário de Natal
Diário de Pernambuco
Jornal Pequeno
Jornal do Recife
O Poti
Anotando Futbol
Camisas e Manias
Campeões do Futebol
Globo Esporte
Histórias do Futebol
Museu Virtual do Esporte
em Campina Grande
Portal Correio
Retalhos Históricos de
Campina Grande
Soesporte
Terceiro Tempo
Wikipedia
Treze Futebol Clube
"Treze 50 Anos de
Futebol (1925-1975)"
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