À memória de Ferreira Itajubá |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Durante a série curiosidade é despertada para personagens coadjuvantes, secundários ou momentâneos que aparecem durante as homenagens aos jogadores da “Seleção Fantasma”.
A ORDEM põe “ordem na casa” com o “doutor” bacharel em Direito Afonso Saraiva Júnior, suplente de secretário do Instituto da Ordem dos Advogados durante a presidência de Alberto Roselli em 1935 (aquele envolvido com futebol entre 1904/1920).
Em seguida é primeiro delegado auxiliar na capital (1936), quando assume o Departamento de Segurança com uma licença de 30 dias do chefe de Polícia, o advogado João Medeiros Filho.
Afonso trata-se do filho do “major” ou “coronel” macaibense Afonso Saraiva Albuquerque Maranhão, que parece pelo menos 20 vezes em A REPÚBLICA, entre os anos 90 do século XIX e 1907, inclusive como eleitor em Natal.
Afonso Filho, um dos sócios, em 1907, do Sport Club Natalense, surgido para corridas de cavalo no “prado”, onde, anos depois, é construído o Estádio Juvenal Lamartine.
Depois “fiscal do governo” junto a Companhia Força e Luz do Nordeste, exonerado em dezembro/1937, indo residir em Vitória da Conquista/BA. No “Diário de Natal” (1969) anúncio da missa de sétimo (Igreja do Galo).
A senhorinha citada refere-se a Anyole Pessoa Ramalho, vítima de tuberculose, aos 22 (julho/1939), explica o ex-reitor Daladier da Cunha Lima, em artigo para a TRIBUNA DO NORTE. Era irmã da estudante Noilde, futura diretora da Escola Doméstica.
Capa da obra poética |
Mário Barreto Sobrinho (30/7/1891 – 24/4/1961) tem suposto envolvimento com a Intentona Comunista. após passagem pela Amazonia atraído pelo ciclo da borracha, acaba absolvido. Ele é um dos 1.037 indiciados.
A obra literária: “Mármores” (1913), “Sombras e Telas” (1922), “Natura” (1923), “Os Meus angelus” (1927), “Orquestra Selvagem” (Tipografia Popular, Natal, 1929) e “Tuba Amazônica” (1934).
Está inserido em coletânea “Poesias e Poetas da Amazonia”, organização Tenório Telles e Marcos Frederico Krüger (Manaus, 2006). No livro incluídos poemas: “três garças... três graças...” e “Uirapuru”.
Publica soneto em memória no quarto ano da morte de Manuel Virgílio Ferreira ‘Itajubá’ (Natal, 1877 – Rio de Janeiro, 1912), reprodução na postagem. Abaixo um dos poemetos: “Conselhos”.
O jornal católico (quinta-feira, 17/10/1935) noticia circulação da “polyanthéa” com Carolina Wanderley, Henrique Castriciano, Segundo Wanderley, padre Luiz Monte, Barreto Sobrinho, Jaime Wanderley, J. Estevam e Damasceno Bezerra (colaborador na revista CIGARRA (1928/29).
Conselhos... Conselhos
Quando eu, aflito e desolado, faço
Um fervoroso apelo, aos que andam rindo,
E peço apoio a um poderoso braço,
Para acalmar o meu martírio infindo,
Dão-me conselhos... e se vão fugindo...
- "Tenha calma (diz um), este embaraço
Há de ter fim"... E alegre vai seguindo,
Desfrutando a fortuna, a cada passo...
- "Seja forte (diz outro), tudo passa"...
E eu, a ficar aqui, nesta desgraça,
No mesmo estado, no feral castigo!...
Só minha Mãe já não me dá conselhos!
Vendo de pranto os olhos meus vermelhos,
Inclina o colo e vem chorar comigo?...
FONTES
A Ordem
A República
Tribuna do Norte
Antônio Miranda
Fatos e Fotos de Natal Antiga
Direitos Humanos
Levy Leiloeiro
Literatura Potiguar
Obituário da Saudade
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