O depois funcionário público estadual Rodolfo e companheiros do bicampeonato 1928/29
VANILSON
JULIÃO
Na
reportagem do semanário “O Poti” e não “Diário de Natal”, com foi dito
anteriormente, após arrazoado do repórter Everaldo Lopes Cardoso sobre os
variados estilos de camisas do alvinegro (assunto interessante a ser abortado
posteriormente), no quarto parágrafo aparece o que interessa de momento.
São
os nomes ou apelidos dos jogadores do ABC que se tornaram bicampeões pela
primeira vez depois do América conquistar também dois bicampeonatos (19/20 e 26/27),
conforme atesta o famoso e antigo Almanaque Laemmert, sequência repetida
(30/31, 48/49, 51/52, 56/57 e 74/75), só quebrada com o tetra de 1979/82.
Até
então o ABC havia conquistado a Taça Campeonato (1917) frente ao Humaitá (vice)
e América (lanterna), competição oficiosa promovida pelo jornal “A Imprensa”.
Vitórias de 8 a 1 e 3 a 0 respectivamente. Em 1932 abre o caminho para o deca-campeonato.
Pela
ordem da desfocada fotografia que ilustra a reportagem do jornal da cadeia
midiática dos “Diários e Emissoras Associados” reproduzida pelo site “Histórias
do Futebol”, do jornalista Sérgio Melo (“O Fliminense”, “Jornal dos Sports” e benemérito
do Bonsucesso):
-
Ubá, veio transferido do Rio Grande do Sul. Boa estatura, vigoroso, fraturou
depois o nariz; Augusto Crise (dos três jogadores irmãos); Júlio Maciel,
mossoroense, atacante de qualidade, vinha as vésperas dos jogos (residia no Recife
na época da reportagem), trazido pelo treinador Vicente Farache Neto;
Arhur
Martins, centroavante, oficial reformado, residente em Natal (forma trio com Maciel
e Cabo João); Mário Crise, ponta-esquerda, o melhor da família, fez parte da “Seleção
Fantasma do Nordeste” semifinalista do Campeonato Brasileiro/1934; nosso herói Zé
Rodolfo (funcionário do IPASE), tinha ótimo chute e corria bastante;
Jonatas,
goleiro, major da ativa, mora no Rio de Janeiro; Poti Crise (o menos brilhante
dos manos), , não teve carreira longa, mecânico em Campina Grande; Dorcelino,
zagueiro-direito, defendeu o ABC por anos, entrando pelo “deca” (companheiro de
Manoel Francisco da Silva, o Nezinho I), morreu na explosão de uma caldeira;
Manoel Joaquim, médio-esquerdo, arrojado e abnegado.
A
formação real: Jonatas, Dorcelino, Poti, Ubá, Mário, Manoel, Rodolfo, Cabo
João, Arthur, Maciel e Augusto.
O
Cabo (João Accioli), atacante ou meia-esquerda, torcedor do América, esteve no
segundo bicampeonato americano. Depois foi conselheiro e árbitro. Era do selecionado
semifinalista do Brasileiro de Seleções eliminado pela Bahia fora de casa.
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