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terça-feira, 20 de junho de 2023

Cerro Corá também tem o seu Garrincha!

O haitiano Garrinsha, na certidão de nascimento, em homenagem ao famoso atacante botafoguense

José Vanilson Julião

Desde 2021 o haitiano Garrinsha Esthinfile – com "s" mesmo e nome de batismo numa homenagem do pai ao Garrincha com "c" – tem sido personagem da imprensa brasileira.

O jovem (21 anos) do país da América Central – na ilha do mar do Caribe que divide o território com a República Dominicana – praticamente inicia carreira no Rio de Janeiro.

Depois de passar pelo Pérolas Negras e Esporte Clube São Bernardo nos últimos três dias voltou a ser alvo do noticiário na rede pelo empréstimo ao Sampaio Corrêa (Saquarema/RJ), para disputar a Segunda Divisão carioca, e que pensei ser o clube de São Luís.

Com isso me lembrei que a minha cidade natal, Cerro Cora (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal), também tem o seu Garrincha.

Garrincha e Toinho revivem infância

O Garrincha seridoense, amigo de infância e das peladas de rua e no campo de terra batida, nem precisa ser esperto no assunto para entender, ganhou o apelido pelas pernas meio tortas, como o célebre ponta-direita botafoguense Manoel Francisco dos Santos.

O Garrincha do Rio Grande do Norte hoje reside na cidade de Brejinho, no Agreste potiguar, e continua batendo bola com a turma de veteranos local.

A última vez que o encontrei para uma conversa informal foi no encontro dos veteranos de Cerro Cora, em dezembro do ano passado, quando o mote principal foi o futebol da garotada.

Na ocasião Luiz Bezerra da Costa Junior, o filho da professora dona Ritinha, apesar de um exímio meia, tanto na direita quanto na esquerda, revelou com exclusiva espontaneidade que deixou de ser fominha e carregar a bola no ginásio agrícola de Currais Novos em meados dos anos 70.

Foi nas peladas do estabelecimento de ensino da vizinha cidade que o professor Herivaldo Gomes Pereira, o "Veto", o ensinou e deu a paternal dica de que precisava passar a bola para os companheiros, sempre que necessário e oportuno, para um melhor desempenho técnico dele mesmo e para o desenvolvimento positivo do jogo.

Herivaldo Gomes Pereira, o Veto, terceiro em pé; o primeiro agachado é Alberto Quirino Costa

O professor Veto, oriundo do Ceará, inclusive, chegou a treinar o Potyguar de Currais Novos em uma ou duas temporadas (anos 70/80) pelo campeonato estadual.

Dificilmente se encontra uma imagem de Veto na internet, mas achei uma o ano passado e guardei.

Chegou a oportunidade de usá-la para ilustrar este artigo.

Na foto, do Blog Riacho Doce (Povoado Cruz) ele está entre os alunos. Em pé (o terceiro). Na ponta direita da fotografia, de 1970, se encontra outro cerro-coraense, Alberto Quirino Costa, filho do falecido vereador Germínio e de dona Amália.

O professor de Educacao Fisica "Veto", já falecido, nascido em 13 de agosto de 1940, para quem não sabe antes de baixar em Currais Novos, foi jogador de futebol rodado, de posição lateral-direito.

No currículo: América de Fortaleza (1958/59 e 70), Ferroviário cearense (61/62 e 66/68), Nacional cearense (63/66), Quixadá (68), Calouros do Ar (69) e River de Teresina (69).

Finalmente o Garrincha potiguar é o sétimo, na fila de baixo, no veteranos do Grêmio Presidente Kennedy, o famoso GPK de Cerro Corá, que era alvinegro e jogou com uniforme igual ao gaúcho Grêmio.

A foto registra derrota de 2 x 3 para o master do ABC de Natal. No Estádio Othon Osório. Sábado, 27 de junho de 2019.

Quase que não cabe no flagrante os 20 atletas do Grêmio, o famoso GPK, com a novidade "tricolor"


FONTES/FOTOS

Cerro Corá News

Escrete de Ouro

Globo Esporte

O Gol

O Tempo

Riacho Doce

Súmulas Tchê

 

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