José Lucas da Costa: gráfico e músico |
Grupo é composto por poetas e músicos reconhecidos dos
anos 20 a década de 60
José Vanilson Julião
Em pesquisa
para a feitura do futuro almanaque do América/RN, aqui e acolá, alguns nomes me
chamam a atenção. Foi o caso do atleta José Lucas, mencionado pela imprensa na
delegação americana que se destina, em trem da “Great Western”, para amistosos
em João Pessoa.
Na capital
paraibana o alvirrubro enfrenta o Pitaguares (quarta-feira, 7/9/1938), no
feriado da Independência, e o Filipeia (domingo 11). Com uma derrota (5 x 2) e
vitória (3 x 1). Em disputa as taças “Germânia” e “Oliver Von Sohsten”,
empresário e cônsul holandês, que, como saxofonista amador, funda a renomada
Orquesta Tabajara, do maestro Severino Araújo de Oliveira.
O diário
vespertino católico “A Ordem” (4/9) relaciona os atletas com as respectivas
posições, colocando José Lucas como zagueiro. Três dias depois o jornal do
“Centro de Imprensa” enumera:
Oliver Von Sohsten: músico
Rossini
Azevedo (goleiro), Josias Medeiros, Álvaro Melo, Mário Fernandes, Afrânio
Pepini, José Lucas, Alcides (Siduca), Juvenal Portela, Garibaldi Boman,
Stephenson Medeiros, Renato Teixeira da Motta, Abelardo Fidélis da Silva
(Belinho), Demostenes César da Silva e Raimundo Canuto.
A
“embaixada” é chefiada ou presidida pelo médico Raimundo Xavier Fernandes,
acompanhado pelo professor Jeremias Pinheiro da Câmara Filho (ex-jogador e
diretor da Escola Técnica entre 1939/54), secretário Benedito Sampaio (gerente
da Standard Oil) e o tenente Jaime Machado (treinador convidado). Também seguem
os tenistas Humberto Nesi (futuro presidente) e Carlos Passos.
O jogo no
campo do “Paraíba Clube” tem transmissão da Rádio Tabajaras. Com a firma F.
Mendonça e Companhia, representante da montadora americana Ford, ofertando a
"Taça V-8".
O elenco
americano é reforçado pelos pernambucanos Boman, Belinho, Siduca (cedido pelo
Santa Cruz do Recife) e Portela. Entre os relacionados o famoso Demóstenes, que
saiu do Rio Grande do Norte para o Botafogo carioca e deste para o futebol
colombiano, na época da conhecida “liga pirata” ou “El Dorado”, no começo dos
anos 50.
De imediato
liguei o nome do jogador amador a família Lucas da Costa. E não lembro
exatamente de como partiu a origem da encomenda para contar a trajetória deste
personagem praticamente desconhecido como praticante do futebol na capital
potiguar.
Professor Jeremias da Câmara Pinheiro Filho: ex-jogador
Não recordo
se fui o primeiro a comentar alguma coisa com o articulador cultural, poeta e
contabilista Carlos Astral ou se foi este que deu o pontapé inicial. O certo é
que o insistente familiar agora tem a oportunidade de divulgar o pequeno
histórico deste parente.
A ligação
de José com os demais parentes se deu pela costumeira atitude de Carlos Frederico
de Oliveira Lucas da Câmara, o “Astral”, em divulgar reportagens antigas
publicadas em sites culturais e blogs diversos e já vistas quase a exaustão em
redes sociais.
Os
personagens em questão são o escritor e poeta Joaquim Lucas da Costa (1886 –
1925), autor de um único livro (“Disfarçados”) e os músicos João Lucas da Costa
e Genardo Lucas da Câmara, pioneiro do ensino do violão em território
norte-rio-grandense.
José Lucas,
futebolista nas horas de folga e nos finais de semana, foi gráfico em “A
República”, como atesta reportagem de “O Diário” (ainda não acrescentado o “de
Natal”, na qual reporta sobre uma série de três jogos entre funcionários dos
dois jornais (história contada na próxima postagem).
FONTES
A Ordem
A União
Diário de
Natal
Gazeta de
Natal
Direitos Humanos
Net
O Ponto dos
Músicos
Papo
Cultura
Paraíba
Criativa
Tipico
Local
Arquivo de
família
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