Ponta carioca origina nome do comentarista potiguar (XIII)

Imagem da arquibancada do JL (1937), em dia de clássico, é evidência da plena lotação dos jogos envolvendo o Madureira

Chuvas de gols e a repercussão dos “analistas” de ocasião enaltecendo os derrotados pelo Madureira

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A cobertura em “A Ordem” e “Diário de Natal” – segunda-feira (18/2/1946) – disputa a preferência do leitor na cidade de 35 mil habitantes (censo demográfico/1940).

Bem suficiente para preencher todos os lugares disponíveis no “Juvenal Lamartine”, como diz Edmundo Eugênio em um site:

- A arquibancada em dia de clássico evidencia que na época ir ao estádio era participar de um grande evento social e esportivo...

O público certamente não se arrependeu. Presencia uma chuva de gols (15), (sábado 16 e domingo 17) nos jogos do América e ABC (3 x 6 e 2 x 4).

No primeiro o alvirrubro comandado pelo misto de jogador, o centromédio pernambucano Clóvis Lavor Paes Barreto, não foi páreo para os cariocas. 1 x 1 no primeiro tempo, mas não impede a goleada.

Com as autorias dos seguintes jogadores: Bidon 28, 17/2, Tico 36, 38/2, Pirombá 3/2, Jorginho 20, 30, Godofredo 36 e Morais 41. No segundo marcam: Correia 15, 37, 39, Vicente 19, Badof 12/2 e Moacir.

Na domingueira o árbitro deixou de assinalar duas penalidades máximas em favor do ABC. Preliminar da categoria de aspirante: América 1 x 4 Alecrim.

E na mesma semana a crônica em “A Ordem” (sexta-feira 21) com o título “RESISTÊNCIA LABORIOSA”, de autoria do acadêmico de Farmácia Wladimir Limeira.

E o artigo laudatório do cronista calouro e futuro advogado Cleudo Pignataro: “Mesmo vencido reabilitou-se o ABC” (quarta-feira, 20/2/1946).

 

AS EQUIPES

América: Ernani, Aládio, Boca d’água, Hélio, Meninão, Lavor, Nelson (Natanael), Badof, Morais, Viana e Tico. Treinador: Lavor Barreto

Madureira: Veliz, Mário Brandão, Danilo, Arati, Spina, Castanheira, Pirombá, Bidon (Moacir) (Valdemar), Correia e Jorge

ABC: Edgar, Harri (Joãozinho), Gageiro, Nonato (Nezinho), Nonato (Nezinho), Ernani, Euclides, Albano, Badof, Lourival (Veiga) e Vicente

Madureira: Veliz, Mário Brandão, Danilo, Arati, Spina (Milton), Castanheira (Esteves), Pirombá, Bidon (Moacir), Correia, Moacir (Valdemar) e Jorge