Fachada do estadinho do Ferroviário/CE que começou a ser construído em 1967 |
José Vanilson Julião
Após a demissão em Currais Novos, aparentemente
sem justa causa, o treinador surinamês Roberto Rack retorna para Alagoas, mas sempre
especulado pela imprensa para ser técnico do América, ABC ou Alecrim.
Qualquer crise ou saída de técnico logo aparecia
o nome na imprensa. O “Diário de Natal” (quinta-feira, 10/7/1969): até concede
novo espaço ao profissional: “Rack, esse paquerador do futebol.”
Quando revela, e não poderia ser diferente, a
fluência dele em francês e inglês, mas ainda com dificuldade no português.
Ainda lembra uma rápida e meteórica passagem pelo
licenciado tricolor Santa Cruz (1966) e na seleção de Currais Novos.
Vira “caixa alta” no Centro Sportivo Alagoano, Clube
de Regatas Brasil e Centro Sportivo Estanciano: CSA, CRB e CSE.
Seis meses depois a insistente batida do martelo
dá resultado. Na primeira semana de 1970 é anunciado pelo Alecrim.
O semanário O POTI (11 de janeiro) até diz que
Natal vira a praça dos maiores treinadores nordestinos: - Em 70 será cobra
engolindo cobra...
E relaciona: Francisco Barbosa Gomes (Caiçara), Osiel
Lago de Souza, José Djalma (Tenente), Roberto Rack e Pedro Teixeira da Silva (“Quarenta”).
Entre os que estarão em atividade pelos
principais clubes no primeiro semestre, os dois primeiros pelo ABC e América.
Dirige com certo sucesso o elenco numa série de
amistosos, fora de casa, contra o Ferroviário de Fortaleza, no primeiro jogo do
Tricolor no Elzir Cabral em construção.
E no interior cearense, em Alagoas, e no “Juvenal
Lamartine”, mas na última semana de fevereiro é substituído pelo Astrogildo
Néri, o “Astrô”, conhecido em Pernambuco.
A gota d’água teria sido as substituições “descabidas” (segundo a “Tribuna do Norte”) na derrota (3 x 1) em amistoso contra o ABC (quarta-feira, 25) antes do torneio início.
Uma das formações do Ferroviário de Fortaleza no começo da temporada 1970 |
FONTES/IMAGENS
Diário de Natal
O POTI
Tribuna do Norte
Almanaque do Ferroviário
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