Santa Cruz (1965): Tertuliano, Zé Rodrigues (depois América), Manoelzinho, Moacir, Dos Anjos, Cadinha, Bagadão, Assis, Beto, Burú (de Currais Novos) e Rômulo Dias
José Vanilson
Julião
Na história do
futebol potiguar o mais badalado licenciamento é o de seis anos do América,
ocorrido no começo do primeiro semestre de 1960.
A segunda
retirada em importância – até hoje não muito bem esclarecida até pela imprensa –
é a do ABC, acontecida bem antes que a do alvirrubro, em janeiro de 1952.
A desistência
alvinegra se deu em decorrência de falta de “afinidade” com o presidente eleito
da Federação, Fernando Leitão.
Mas existe outro
"abandono" que causou um certo mal-estar na época. No mesmo ano do
licenciamento americano. No final do semestre.
O Santa Cruz
Esporte e Cultura, fundado em 1934, anuncia inatividade em 30 de junho de 1960.
Alega motivação de "ordem interna", segundo o “Diário de Natal Na
História” (2009).
Mas o jornal
Associado na ocasião, após entrevista do presidente Oscar Nogueira Fernandes (ex-jogador)
na Rádio Poti, o motivo real foi “debilidade financeira.”
E retorna ainda para
a temporada de 1962 esticada até 1966, quando aproveita alguns atletas com a debandada do antigo alvirrubro Globo.
Para entrar em
um segundo estado de letargia para nunca mais voltar com atividade oficial de
futebol (junho/1967).
A diretoria
reclama que somente havia dez pares de chuteira. Ainda ensaiou pelo menos um
retorno em 1970.
Nos anos 40/50
chegou a ser classificado como um dos "grandes". Período em que
conquistou o único campeonato estadual (1943) e pelo menos um vice (1950).
Posto que
somente o Alecrim conseguiu com o bicampeonato e o título invicto de 1968, pois
nas décadas anteriores sequer era mencionado como clássico.
A última grande
campanha do Santa Cruz aconteceu na temporada de 1959, quando venceu o segundo
turno.
O América havia
vencido o primeiro e o ABC o terceiro. Com isso o triangular final deu ares de
um "super" campeonato, decidido em fevereiro de 1960.
Após o
campeonato brasileiro de Seleções, quando o selecionado potiguar foi eliminado
pelo Rio de Janeiro com dois jogos em casa: uma derrota e um empate.
O Santa Cruz
natalense, o cube que quis ser grande, ainda conseguiu construir uma sede em
meados dos anos 50, hoje abandonada na praia do Meio.
No quadro de
dirigentes personalidades da sociedade natalense e abnegados como Evaldo Maia e
Euclides Lira.
Na história o
Santa Cruz contou com uma longa lista de craques, dos quais destacamos três:
Edmilson
1) O zagueiro e
médio Edmilson Silva Araújo (Natal, 19/10/1934 – Rio de Janeiro, 2008), o “Piromba”,
cria do Racing das Rocas, que atuou nos primeiros anos dos anos 50, esteve no
Náutico, passou para o ABC e fez sucesso no Fluminense e Internacional;
2) O atacante Rivaldo
de Oliveira Paulo (Santa Rita/PB, 1932 – 2001), o “Saquinho”, artilheiro três
vezes seguidas do Estadual pelo América (em torno de 140 jogos e 97 gols, 65
oficiais), andou no Fluminense, Náutico, Treze e encerrou a carreira no ABC
(1965);
3) O ponta-direita
João de Deus Gondim Teodósio (Areia/PB, 7/8/1948), o “Bagadão”, começou no
Tricolor (1964/65), seguiu para o América, no retorno do licenciamento (1966),
com mais de 220 jogos em dez anos pelo alvirrubro!
No Galo da Borborema dois ex-americanos: Gilvan (ponta-direita) e Saquinho (terceiro agachado) |
FONTES/IMAGENS
Correio do
Estado
Diário de Natal
O Globo
Tribuna do Norte
Blog no Ataque
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