Mário Leite Rodrigues Filho
Famoso cronista
esportivo da época escreve sete artigos sobre os antigos apelidos e alcunhas
JOSÉ VANILSON
JULIÃO
Após a celeuma
inicial o “Correio da Manhã” e o “Diário de Pernambuco” ainda publicam dias
depois, ainda em agosto, algumas notas de diferentes agências de notícias sobre
o caso (o jornal recifense com a “Meridional”).
O diário carioca,
via “Asp” (18), uma observação dos meios esportivos do Estado de Minas Gerais
supostamente acatando a intempestiva e mal calculada decisão do Conselho
Nacional de Desportos.
E pelo correspondente
em Belo Horizonte declina os “cognomes ridículos” mineiros: Fuinha, Borracha,
Parafuso, Picolé, Dedão, Fogosa, Mexe-mexe, Mão de Onça, Selado e Juca Pato.
O jornal
pernambucano põe o título em cima do noticioso da agência (datado de 22 de
agosto): - “Contra a vulgarização dos apelidos pejorativos”. E o hoje
considerado ridículo textinho:
Capa da primeira fase da revista
- ...O CND deliberou que é dever das associações
contribuir para que os atletas incumbidos de representações nas competições não
se tornem conhecidos por meio de alcunhas que possam desmerecer a finalidade
educacional do esporte.
E a ressalva
para não estragar o objetivo final da medida: A vulgarização, quando baseada em
razões que não comprometam a moral dos desportos, deve submeter-se a princípio
inspirados nas melhores tradições esportivas.
Logo depois
percebe-se que, aos poucos e ao que parece, a decisão do CND cai, como por
encanto, no esquecimento. E a partir de 1946 e nos anos seguintes nada de novo
aparece sobre o confuso tema.
Mas uma década
depois pelo menos um importante cronista da época, sem reportar ao antigo
propósito oficial, retoma o assunto das alcunhas dos jogadores, a ponto de
escrever uma série de sete crônicas numa famosa revista semanal esportiva.
É o caso do
jornalista pernambucano radicado Mário Leite Rodrigues Filho (Recife, 1908 –
Rio de Janeiro, 1966), aquele mesmo que deu nome ao Estádio do Maracanã,
construído para a Copa de 1950.
O antigo dono do
“Jornal dos Sports”, Mário Filho – irmão do também cronista Nelson Rodrigues –
desde 1955 escreve uma coluna na “Manchete Esportiva”, que circula até 1958.
Como antecessora
da “Revista do Esporte”, de Anselmo Domingo, surgida em 1959 e resistente até
dezembro de 1970, frente a concorrência da revista semanal paulista PLACAR
(Editora Abril), publicação paulista lançada em fevereiro/março do mesmo ano.
FONTES
Diário de
Pernambuco
Correio da Manhã
Manchete
Esportiva
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