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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

"A campanha contra os apelidos dos craques" (XI)

O jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues (paletó escuro) com o irmão Mário Filho

Os nordestinos pagam o pato pela suposta maioria dos apelidos no futebol brasileiro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A sétima e última crônica tem como destaque a constatação de que a recomendação do Conselho Nacional de Desportos, nos estertores do governo Vargas, não pegou.

Mário Filho ainda diz que a moda dos apelidos estava em decadência, mas décadas depois a situação mostra que estava enganado na afirmação.

Chega à conclusão, antecipada pouco mais de uma década antes pelo locutor Ary Barroso, de que a reprimenda do CND não era o melhor caminho.

Era melhor deixar o barco correr, diz. Foi o que realmente ocorreu desde o segundo quinquênio dos anos 40.

É o que veremos a seguir. Com a pesquisa sendo voltada para a imprensa paulista. Pois, até agora, a série teve como alvo a imprensa carioca e a repercussão no Nordeste.

Cuja região era o alvo principal do preconceito, bode expiatório e de desculpa para a existência da maior parte das alcunhas esquisitas.

Talvez com alguma razão o cronista Mário Filho, considerado o suprassumo das “humanidades”, assim discorre no final do artigo final:

- ...A civilização não é muito de apelidos... Quem lesse a escalação do ‘scratch’ do Pará ou Ceará haveria de ver o que é raro o nome que se recebeu na pia batismal...

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