O atacante goiano Túlio tomou "emprestado" o "Maravilha" do carioca Dario
Como não tive
acesso aos antigos jornais da década de 90 procurei algo na rede sobre o tema
dos apelidos dos jogadores de futebol no período.
E encontrei um
excelente artigo assinado pelo repórter Fernando Beagá para a já tradicional
revista “Placar” com o título: “Memória: os melhores apelidos dos anos 90”.
E a introdução:
- Relembre alguns jogadores do tempo em que, sem tanta influência dos
empresários e dos assessores de imprensa, o futebol brasileiro era mais
divertido.
O texto bem
humorado foi publicado em 21 de março de 2017 e atualizado em 21 d outubro de 2021.
(JVJ)
O comentário
original
Hoje é assim: o
garoto aparece e o primeiro contato com a imprensa já vem com o pedido para
chamá-lo pelo nome de batismo e o sobrenome em detrimento do tradicional
apelido de duas sílabas.
Coisa de
empresário, por afetação “gourmet” ou desconhecimento da cultura do futebol
brasileiro.
Essa cultura fez
Tchê Tchê sobreviver a Danilo Neves e Dentinho morder Bruno Bonfim. Nos anos 90
os apelidos davam de goleada nos nomes compostos.
Os campeões
mundiais de 1994 refletem a época: Cafu, Branco, Mazinho, Dunga, Zinho, Bebeto,
Viola… Até Müller é apelido – o ex-atacante se chama Luís Antônio –, e Zetti é
um pedacinho de Armelino Donizete.
E, pela primeira
vez, Ronaldão viu seu aumentativo estampado numa camisa, para diferenciá-lo do
menino Ronaldo, que Galvão Bueno insistia em chamar de Ronaldinho, mas depois
virou Fenômeno.
Fosse hoje, gastar-se-iam
linhas e linhas de comentários em redes sociais para debater apelidos como Juca
Baleia, goleiro do Sampaio Corrêa, ou Pirata, atacante do Náutico pela
assimetria dos olhos.
Sem os dentes da
frente quando chegou garoto ao Vitória, o baiano Vampeta (mistura de vampiro
com capeta) soube rir de si mesmo e se tornar um dos mais folclóricos
personagens do futebol brasileiro.
A sempre
criativa crônica esportiva deu sua contribuição ao folclore do futebol. O
Botafogo tinha o rápido Valdeir The Flash, campeão carioca em 1990. Super Ézio
era o herói do ataque do Fluminense e Valdir Bigode o do Vasco.
O centroavante
Paulinho McLaren comemorou um gol homenageando Ayrton Senna na véspera da
vitória em Interlagos, em março de 1991.
Outro rei da
autopromoção, Túlio Maravilha pegou emprestado o “sobrenome” de Dadá.
Nomes de guerra: - Um timaço que renega a certidão de nascimento: Dida; Giba, Tonhão, Caçapa e Piá; Pingo, Boiadeiro, Cuca e Macula; Tiba e Dodô.
Dario (agachado no centro) incorporou ao personagem real o "Maravilha", o "Rei Dadá" e o "Peito de Aço" quando fez sucesso nas Minas Gerais depois de aparecer timidamente no Campo Grande do Rio |
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