O Yustrich orienta jogadores do Clube Atlético Mineiro/CAM (O Estado de Minas – 11/08/1951)
Cronista Mário
Filho explica as origens das alcunhas com os típicos e diferentes exemplos
JOSÉ VANILSON JULIÃO
"Gradim", pai, empresta apelido ao filho
O conteúdo das
sete crônicas do jornalista Mário Leite Rodrigues Filho para a revista semanal “Manchete
Esportiva”. A primeira abordagem numerada com 11 tópicos na edição 88 (27/7/1957).
Começa assim: -
Um dia qualquer vou escrever sobre apelidos. O assunto é interessante. Há
apelidos que realmente não significam nada, sendo, apenas, uma deturpação do
nome. Há apelidos, porém, que substituem os nomes.
Segue: - De tal
forma que a gente toma até um susto quando descobre que um sobrenome, como
Carreiro, não era sobrenome, era apelido. Tinha sido sobrenome. Acharam João
Batista de Siqueira* parecido com “Carreiro”.
Fato é que Mário
Filho não espera pela próxima oportunidade e acaba mesmo, nesta abordagem,
construindo um rosário de exemplos. Explica que o apelido as vezes passa de um
jogador para outro ou de pai para filho.
Daí diz aparecer
vários “Gradim”, o depois treinador Francisco de Souza Ferreira (Vassouras,
1908 – Rio de Janeiro, 1987), cujo filho, o treinador Ivan (nascido em 1934),
lhe toma o apelido.
Teorias e
exemplos fluem até chegar ao goleiro do Flamengo treinador Dorival Knipel (Corumbá,
1917 – Belo Horizonte, 1990), o “Yustrich”, pelo uso do boné como o arqueiro
argentino.
A pesquisa não
encontra a abordagem número dois, mas o tema na “três” com o mesmo número de itens
segue o mesmo diapasão (edição 90 – 10/8). Mário Filho cita o exemplo de “Garrincha”,
pelo cavalo de corrida “Gualicho”, e o espanto de “Pelé” pelo próprio.
O cronista
esclarece: - Jornal não bota apelido e muito menos rádio (há controvérsia e
posso dar vários exemplos. Inclusive no Rio Grande do Norte). O que um e outro
podem fazê-lo é divulgar, espalhar e apresentar aos que não conhecem... (nisto
tem razão)
*João Batista
Siqueira de Lima (Campos dos Goytacazes, 24/11/1924 – Rio de Janeiro, 9/5/1963),
atacante (ponta-esquerda), entre 1935/44 fez carreira no São Cristóvão, Fluminense,
Palmeiras e Peñarol. Serviu a Seleção.
FONTES/IMAGENS
Manchete
Esportiva
O Gol
Verdazzo
Terceiro Tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário