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domingo, 12 de novembro de 2023

Um judeu fundou o primeiro Globo potiguar? (V)

Pela primeira vez é publicada em alguma mídia natalense imagem do famoso imigrante

José Vanilson Julião

Ficha do  húngaro Imre Fried no consulado italiano

A II Guerra Mundial termina com a rendição incondicional da Alemanha (7/5) e Japão (2/9/1945).

Mas a nossa história começa mesmo com a ficha consular de qualificação – expedida em duas vias – para ser entregue à Polícia Marítima e à Imigração no porto de destino.

O cartão de imigração identifica o serralheiro Imre Fried (Miskólc/Hungria, 10/2/1928), solteiro, filho de Janos Fried e Carolina Frank Fried.

Esclarece que não tem residência no país de origem, a Itália, mas com endereço a Via Pandolfini, 25, Florença.

MinistroJoão Neves da Fontoura

O passaporte permanente 838 (12/7/1946) é expedido pela legação sueca em Roma, capital italiana com chancela do cônsul brasileiro em Livorno (21/10).

Na mesma data é deferido o passaporte 389 do irmão, o mecânico e jardineiro Zoltan, também solteiro, nascido um ano depois, coincidentemente no mesmo dia e mês da emissão do documento.

Hoje a pequena cidade, no nordeste húngaro, com pouco mais de 16 mil habitantes, distribuídos em 35,9 quilômetros quadrados, em um condado com 463.461 habitantes e 5.661 quilômetros.

O consulado de Livorno – cidade portuária na costa oeste da Toscana – havia sido criado pelo presidente e ditador Getúlio Dorneles Vargas em 3 de abril de 1946 (Decreto-lei 9.121).

E suprimido também pelo gaúcho – agora eleito pelo voto direto – em 27 de junho de 1951 pelo Decreto 29.716.

Assinado pelo ministro das Relações Exteriores, João Neves da Fontoura (Cachoeira do Sul, 1887 – Rio de Janeiro, 1963).


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