José Vanilson Julião
O redator é obrigado a
fazer um “flashback”, mais um, na série envolvendo,
agora, o “major” dinamarquês Felipe Leinhard pelo fato de
encontrar a data mais remota de que ele se encontra no Rio Grande do Norte.
O estrangeiro, um dos quatro que assina a ata da proclamação da República em Natal,
já está na província desde, pelo menos 1881, como atesta um anúncio publicado no jornal “Correio do Natal” (sábado, 26 de novembro).
O “Correio”, do redator João Carlos
Wanderley e endereço na Rua da
Conceição – “Periódico Político, Moral e Noticioso – veicula reclame (publicidade ou propaganda), de que
Leinhardt é representante
de uma fábrica londrina
de maquinismos a vapor.
No portfólio da empresa
inglesa: moendas e equipamentos – “Tachas a fogo nú e vácuo” de qualquer
tamanho e força e todos os
pertencentes para um completo estabelecimento de fabricação de açúcar.
Com o anúncio fica explicado o que ele fazia inicialmente na capital potiguar e que teria chegado, talvez, um pouco antes do que o cônsul americano Lyle Nelson.
Também demonstra que
está na cidade antes da lei “Rocha Fagundes” (1882), que
resulta na contratação dele
para implementar o serviço de
abastecimento de água.
Em 1888, antes da proclamação do regime republicano, é representante de uma firma importadora na praça do Recife.
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