Deputado federal e aeronauta macaibense Augusto Severo de Albuquerque Maranhão: morte na Europa |
Quase quatro meses após o baile o balonista morre em queda do "Pax" na França
José Vanilson
Julião
Construtor Henri Lachambre |
Entre as personalidades de destaque da cultura e política norte-rio-grandense que compareceram ao casamento da filha do senador Pedro Velho - cerimônias civil, religiosa e baile receptivo – é sabido, estavam os amigos estrangeiros e convidados de outros estados, como o mencionado comerciante paraibano Trajano Pessoa.
No rol dos
visitantes também o químico pernambucano Domingos de Souza Barros
(Recife, 1865 – Rio de Janeiro, 1938), amigo da família Albuquerque Maranhão, e, principalmente, do balonista Augusto Severo (Macaíba, 11 de janeiro de 1864 –
Paris, 12 de maio de 1902), desaparecido na queda do “Pax”.
Domingos Barros,
inclusive, se não foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do
Rio Grande do Norte, pela condição de ser de Pernambuco, logo depois é admitido
como sócio na instituição genuína potiguar.
Ele acompanhou
Augusto Severo nas primeiras experiências para a construção dos balões
dirigíveis em um hangar da Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, por
encomenda do presidente da República, o marechal alagoano Floriano Vieira
Peixoto, envolto com o probleminha da Revolta da Armada.
“Entre o prédio e a
"linha do trem" é construído o "Bartolomeu Lourenço de
Gusmão" (Santos, 1685 – Toledo/Portugal, 1724) com 60 metros de
comprimento e duas hélices, com o acompanhamento do principal colaborador e
administrador, Domingos Barros.
Dirigível Pax no céu parisiense |
Eles trouxeram para orientar nos trabalhos o engenheiro francês Henri Lachambre (1846 – 1904), um dos maiores construtores de balões, que permaneceu por mais de seis meses na metrópole (1893).
Severo realiza a primeira experiência no Campo de Tiro (14/2/1894) sem êxito.
Sete anos depois
(5/10/1901) chega na capital francesa “com o projeto do segundo balão.”
(“Terras Realengas”, José Nazareth de Souza Fróes)
Domingos publicou livros
sobre o Rio Grande do Norte. E esteve também envolvido com as peripécias da
fotografia, ainda uma grande novidade no começo do século XX, ao lado do amigo
Manoel Dantas.
FONTES/IMAGENS
A República
Tribuna do Norte
Fatos e Fotos de
Natal Antiga
Instituto
Histórico e Geográfico/RN
Museu
Aeroespacial
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