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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

O amigo no casamento da sobrinha do aeronauta Augusto Severo

Deputado federal e aeronauta macaibense Augusto Severo de Albuquerque Maranhão: morte na Europa

Quase quatro meses após o baile o balonista morre em queda do "Pax" na França

José Vanilson Julião

Construtor Henri Lachambre

Entre as personalidades de destaque da cultura e política norte-rio-grandense que compareceram ao casamento da filha do senador Pedro Velho - cerimônias civil, religiosa e baile receptivo – é sabido, estavam os amigos estrangeiros e convidados de outros estados, como o mencionado comerciante paraibano Trajano Pessoa.

No rol dos visitantes também o químico pernambucano Domingos de Souza Barros (Recife, 1865 – Rio de Janeiro, 1938), amigo da família Albuquerque Maranhão, e, principalmente, do balonista Augusto Severo (Macaíba, 11 de janeiro de 1864 – Paris, 12 de maio de 1902), desaparecido na queda do “Pax”.

Domingos Barros, inclusive, se não foi um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, pela condição de ser de Pernambuco, logo depois é admitido como sócio na instituição genuína potiguar.

Ele acompanhou Augusto Severo nas primeiras experiências para a construção dos balões dirigíveis em um hangar da Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, por encomenda do presidente da República, o marechal alagoano Floriano Vieira Peixoto, envolto com o probleminha da Revolta da Armada.

“Entre o prédio e a "linha do trem" é construído o "Bartolomeu Lourenço de Gusmão" (Santos, 1685 – Toledo/Portugal, 1724) com 60 metros de comprimento e duas hélices, com o acompanhamento do principal colaborador e administrador, Domingos Barros.

Dirigível Pax no céu parisiense

Eles trouxeram para orientar nos trabalhos o engenheiro francês Henri Lachambre (1846 – 1904), um dos maiores construtores de balões, que permaneceu por mais de seis meses na metrópole (1893).

Severo realiza a primeira experiência no Campo de Tiro (14/2/1894) sem êxito.

Sete anos depois (5/10/1901) chega na capital francesa “com o projeto do segundo balão.” (“Terras Realengas”, José Nazareth de Souza Fróes)

Domingos publicou livros sobre o Rio Grande do Norte. E esteve também envolvido com as peripécias da fotografia, ainda uma grande novidade no começo do século XX, ao lado do amigo Manoel Dantas.

 

FONTES/IMAGENS

A República

Tribuna do Norte

Fatos e Fotos de Natal Antiga

Instituto Histórico e Geográfico/RN

Museu Aeroespacial

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