José Vanilson Julião
Um dos poucos assuntos que ainda nao consegui confirmar, referente a multiplicidade de negócios do europeu Felipe Leinhardt – no Recife ou em Natal – é a participação dele como sócio majoritário numa fabriqueta de cigarros na capital pernambucana.
O fato é que o sobrenome
Leinhardt aparece na composição jurídica como proprietário, claro, seguido do “Companhia”,
da fábrica de cigarros Diamante, aquela que utiliza como matéria prima “fumos
superiores”.
Esta suposta novidade nas
atividades é revelada pela “Coleção Brito Alves”, com 1.252 rótulos de cigarros
na técnica litográfica, iniciada pelo comerciante Vicente de Brito Alves e
continuada pelo seu filho, o advogado pernambucano José de Brito Alves
(1887-1963).
Em 1964 a coleção foi doada
pela família ao então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais (Fundaj). É
raro e valioso patrimônio cultural e artístico.
Registra fatos históricos,
usos, costumes e aspectos da sociedade brasileira e particularmente da
pernambucana, no final do século XIX até as primeiras décadas do século XX.
O rótulo em questão foi um trabalho da Litografia Odom Macedo & Cia., em cores (azul), no tamanho 6,2 x 7,3 centímetros.
LEILÃO
Apesar da não
confirmação do personagem as circunstâncias indicam que seja a mesma,
provavelmente recém chegada ao Brasil.
Que atende
anúncio do “Diário de Pernambuco” (segunda-feira, 20 de junho de 1870).
O reclama chama
para leilão marcado para o dia 31 do mesmo mês. Com endereço na Travessa São
Pedro.
“O agente Pontual,
competentemente autorizado venderão em leilão a armação, utensílios, papel de
seda, cigarros, ponteiras, cachimbos, fuzis e fósforos de segurança,
pertencentes a fábrica em lote ou diversos, dependendo da vontade dos
licitantes.”
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