José Vanilson Julião
Jackson do Pandeiro (1972)
Este é o tipo do assunto
que se pode parafrasear com a letra “Como tem Zé na Paraíba”, do cantor/compositor,
jornalista e pintor pernambucano Manuel Pereira de Araújo (Cabo de Santo Agostinho,
1910 – São Paulo, 1993), o “Manezinho Araújo”, e do cearense Carlos Galindo (São
Benedito, 1923 – Fortaleza, 1984), o “Catulo de Paula”, lançada em 1962 e
sucesso de vendas de LP pela voz do paraibano José Gomes Filho (Alagoa Grande,
1919 – Rio de Janeiro, 1982), o “Jackson do Pandeiro”, conhecido também como o “Rei
do Ritmo”.
Ou então se valer do jargão
ou slogan da Rádio Jornal do Comércio do Recife: - Pernambuco falando para o mundo!
Com o objetivo de demonstrar o quanto a inclusão de três membros da família
Wanderley entre os 110 convidados do casamento civil, religioso e a recepção na
casa de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão é apenas uma pequeníssima fração do
clã – incluindo os ascendentes até aquela época e os descendentes que vieram a
partir dos séculos XIX e XX – espalhados por este País de norte a sul.
Os descendentes do
teuto-holandês Gaspar Van Der Lei (vamos deixar assim, aportuguesado e abrasileirado
por enquanto), um sargento-mor de cavalaria a serviço do príncipe Maurício de
Nassau, durante o domínio dos Países Baixos ("Nederlands") no entorno do Recife e
Olinda, inicialmente, com expansão por quase toda a região nordestina de hoje (incluindo
vários estados, parte da Bahia e exceto o Maranhão, se não erra o redator),
estão também espalhados por Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul,
etc.
Manezinho Araújo em 1942
Podemos dizer que, com o
casamento do Gaspar Wanderley com a portuguesa Maria de Melo, o grupo familiar
se constitui numa verdadeira multinacional responsável por espalhar o DNA por
um território muito maior que a Alemanha, Holanda e Portugal juntos, sem deixar
de anunciar que também tem sangue africano e indígenas na jogada com a
miscigenação genética.
Eu até pensei que para
dar continuidade ao artigo anterior não seria necessário uma pesquisa mais
elaborada, assim como também acreditava que o tema não poderia ser tão longo.
Mas para tirar as dúvidas as consultas preliminares apontaram imediatamente uma
riqueza e variedade de fontes: blogues, sites, genealogias, crônicas, comentários,
artigos e livros.
Preciso esclarecer, ainda,
que, antes mesmo de começar a pesquisa, o jornalista Minervino Wanderley – neto
de outro Minervino Wanderley (nome de rua no Açu) – para deixar logo o redator
a vontade e com o estopim inicial, logo disparou o nome europeu que deu origem
a famosa parentela potiguar e, pode-se dizer, genuinamente nordestina!
O cearense Catulo de Paula
FONTES/IMAGENS
A República
Assu na Ponta da Língua
Família Wanderley/Facebook
Jornal da Grande Natal
Migalhas
G1/Pop & Arte
Rádio Jornal do Comércio
SCRIBD
Biblioteca Nacional Digital
Laboratório de Imagens/LABIM-UFRN
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