O casamento da filha de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão

Augusto Lyra

O cotidiano social do "major" honorário Felipe Leinhardt na capital potiguar

José Vanilson Julião

Em 30 anos de estadia no Rio Grande do Norte o acontecimento de maior repercussão social em que Felipe Leinhardt aparece é o baile (terça-feira, 21/1/1902) após a cerimônia do casamento civil e religioso da filha de Pedro Velho e Petronila Florinda Tavares de Albuquerque Maranhão (Nazaré da Mata/PE – Natal, 27/12/1926).

O consórcio civil foi realizado, ás 18 horas, pelo juiz da comarca, Luís Manoe Fernandes Sobrinho (Caraúbas, 1856 – Natal, 1935), tendo como testemunhas o senador Joaquim Ferreira Chaves Filho (Recife, 1852 - Rio de Janeiro, 1937) e o desembargador Francisco de Sales Meira e Sá (Souza/PB, 1856 - Natal, 1920).

Sophia Eugênia

Segue o religioso, celebrado pelo padre José de Calazans Pinheiro (São Gonçalo do Amarante, 1866 – Natal, 1944), na capela da fábrica de Tecidos de Juvino Barreto (Ribeira).

Como testemunhas o governador Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão (Macaíba, 1872 - Angra dos Reis/RJ, 1944) e senhora, pela noiva, e o capitão João de Lyra Tavares Valente, pelo noivo.

O arguto e bom observador redator, de fazer inveja aos cronistas sociais Jota Epifânio, Paulo Macedo, Ana Maria Cascudo Barreto, Adalberto Rodrigues, J. Oliveira e Toinho Silveira, registra:

- Terminados os atos o imenso cortejo voltou a residência do senador Pedro Velho, cujos vastos salões, profusamente iluminados e extremo bom gosto, encheram-se literalmente de convidados.

Diz mais: “Ser-nos-ia impossível conservar à lembrança de todas as pessoas que ontem foram à residência do senador Pedro Velho levar a este, ao doutor Augusto Lyra e a sua gentil consorte a expressão de suas homenagens.”

E ainda: - Notava-se em todos os presentes o tom da mais apurada distinção e muitas senhoras ostentaram toilletes muito ricas e elegantes. Salvas muitas omissões de nomes, vimos nos salões... (No próximo capítulo)

Entre eles, Leinhardt, na lista do jornal “A República” (quarta-feira, 22) que desfilam serelepes no saguão de recepção ao nubentes, a senhorinha Sofia Eugenia (Natal, 21/1/1882 – Rio de Janeiro, 29/12/1964) e o deputado federal Augusto Tavares de Lyra (Macaíba, 24/12/1872 – Rio de Janeiro, 21/12/1858).