Almirante Saldanha da Gama
Jose Vanilson
Julião
Estabelecido no
norte do país – a divisão como região nordestina somente viria quase na segunda
metade do século XX – desde meados dos anos 1870 e pouco mais de 20 anos depois
o dinamarquês Felipe Leinhardt recebe uma trágica notícia.
Após duas
décadas de prosperidade em negócios de importação de máquinas a vapor para
usinas de açúcar, dono de estabelecimento hoteleiro ou como concessionário de
abastecimento de água no Recife e em Natal, a vida corria tranquila.
Até neste
período tira uma sorte grande na loteria da vida ou existência terrena, quando
se recupera de um atentado a bala na capital pernambucana para dar continuidade
ao empreendedorismo sempre em mudança pelo espírito do tempo e audácia.
Passadas as
décadas de 70 e 80 do século XIX uma das surpresas do destino lhe é reservada
ou preparada pelo novo regime de governo no Brasil, o sistema republicano, que
ajudou a ser instalado com a deposição do imperador Pedro II.
Depois de
assinar a ata de proclamação da República em Natal, dois dias após a vitória do
movimento no Rio de Janeiro em novembro de 1889, passados quatro anos o regime
implantado passa por uma crise.
Um dos principais
personagens, o marechal e presidente Manoel Deodoro da Fonseca não estava mais
em cena.
O mandachuva
agora era o então vice-presidente que assumira o poder central, o também
alagoano Floriano Vieira Peixoto, o "marechal de Ferro".
Em setembro de
1893 estoura a Revolta da Armada a partir de um manifesto por eleições com a
assinatura de 13 oficiais de alta patente.
Incluso o diretor
da Escola Naval, contra-almirante Luís Felipe Saldanha da Gama (Campos dos
Goitacazes/RJ, 7/4/1846 – Campo Osório-Santana do Livramento/RS, 24/6/1895).
Em fevereiro do
ano seguinte acontece o combate da praia da Armação na Ponta da Areia em
Niterói.
Dias depois Leinhardt
recebe a notícia da morte de um ente querido, um parente bem próximo, em
combate, pelas tropas legalistas, contra os revoltosos.
Detalhes no
próximo capítulo...
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