Segue o baile no aristocrático solar do século XIX

Casa de Pedro Velho/Acervo Instituto Tavares de Lira-Fatos e Fotos de Natal Antiga

José Vanilson Julião

Pedro Velho: o pai da noiva Sophia

Na segunda-feira (20/1/1902) o jornal “A República”, que reverberava tudo que envolvia o senador Pedro Velho de Albuquerque Maranhão – até por ser o fundador do impresso durante a campanha republicano em 1889 – já havia publicado uma nota sobre o consórcio da filha Sophia Eugênia com o deputado federal Augusto Tavares.

Dois dias depois relata em quase duas colunas os atos no civil e no religioso, assim como descreve com detalhes as cerimônias seguidas do baile na casa do então maior político do Rio Grande do Norte, quando o minucioso repórter entra em ação e relaciona os convidados antes de encerrar com mais descrições do salão e dos convidados em geral.

Em quatro parágrafos finais o jornalista detalha: - ...Estava servido um profuso e abundante buffet de doces, refrescos, bebidas e gelados, e seriam menos de oito horas quando começaram as danças, tomando os noivos parte na quadrilha de honra, que prolongaram até adiantada hora da noite.

Às onze horas, todos os convidados, formando um brilhante cortejo, acompanharam os noivos até a casa destinada para sua residência, fazendo-se ali os últimos cumprimentos.

Petronila: a mãe

Foi essa a descrição que podemos fazer, ao acaso das nossas reminiscências, da festa de ontem.

Terminando, A República cumpre o mais afetuoso dever, levando ao seu talentoso colaborador e eminente amigo, doutor Augusto Lyra e a excelentíssima senhora, dona Sophia Maranhão, a expressão das suas mais respeitosas e sinceras homenagens, e congratulando-se ao mesmo tempo com o seu querido chefe, senador Pedro Velho pela aliança honrosa que a sua distinta e nobre família acaba de contrair.