Consulta

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

A turma da ‘Xuxa’ americana

A modelo, atriz e apresentadora de televisão Maria das Graças Meneghel (Santa Rosa/RS, 27/3/1963), a “Xuxa”, tornou o apelido conhecido nacionalmente.

A loira, que posou nua para uma revista masculina e tem em comum com o futebol um caso com Pelé, provavelmente influencia nos apelidos de pelo menos três jogadores, dois aposentados e um em atividade. Certamente pela cor do cabelo e pele clara.

Com a estréia na derrota para o Coruripe (1 x 0 – sábado, 6/11) – no jogo de ida pela segunda fase da Série D (quarta divisão nacional), o ponta-direita Gustavo “Xuxa” Simon Vertuoso (Quilombo/RS, 22/2/1993), torna-se o quarto jogador, com alcunha isolada ou acoplada ao nome, a atuar pelo América desde os anos 60/70. Soma 18 times.

A gaúcha certamente não influencia no primeiro atleta com o famoso apelido. Tem cinco anos quando o potiguar Ailton Laurindo (17/1/1948), então com 20, no tricolor Ferroviário, desfila pelo gramado do Estádio Juvenal Lamartine em1968.

No ano seguinte o meia-atacante estréia no alvirrubro no amistoso contra o ex-clube (1 x 0 – 12/1). E atua pela última vez em outro amistoso (1 x 1 Alecrim – 8/11/70). É o que joga mais vezes (27).

O segundo é o meia Cássio Luís Rissardo (Garulhos/SP, 31/8/1981) atua em 2006, com nove jogos. Inicia a carreira no Flamengo paulista (2000) e termina no paranaense Operário Ferroviário (2019). São 22 agremiações profissionais.

O terceiro é o também meia Diógenes Alves de Miranda Júnior (Garanhuns/PE, 12/3/1984), o Júnior Xuxa, com oito jogos e dois gols em 2012 (janeiro/junho). Começa no Vitória (2003). Encerra no alagoano Murici (2017). Com 20 clubes no currículo.

Transcrito do site “Navegos” (12/11/2020)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Titular do blog estréia coluna esportiva neste sábado

Reprodução da entrevista para o site "Navegos"

Vanilson Julião é jornalista graduado em Comunicação Social, turma de 1980, da Universidade Federal. Na adolescência chegou a participar da fundação do "Correio Estudantil", mimeografado, em Cerro Corá, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, onde nasceu.
Aos 62 anos, especializou-se em pesquisas esportivas, sobretudo do futebol potiguar. Antes de ingressar na Faculdade de Jornalismo, já tinha passado por outra experiência na cobertura esportiva, como plantonista da antiga rádio Nordeste AM, na equipe de Aldir Frazão Doudement (77/78), ao mesmo tempo que cursava o ensino médio na Escola Técnica Federal.
A carreira jornalística iniciou-se em 1982, na editoria de Polícia da "Tribuna do Norte", onde depois atuou como repórter de geral. Depois passou pelo "Diário de Natal", semanários "Jornal de Natal", "O Grande Natal" e há 16 anos editor do mensal "Correio Potiguar". 

O que caracteriza o futebol do passado em relação ao atual?
A essência do futebol que e a busca incessante do gol e a mesma desde a invenção do futebol no fim do seculo 19 pelos ingleses. Independe do desenvolvimento tático: a posição dos jogadores no campo de jogo, seja do WM, o famoso ferrolho suíço, 4-2-4; 4-4-2 ou 4-3-3 com as variações de hoje. A prova disso é que os resultados mais comuns são os placares apertados e continuam raras as goleadas.

No que mudou com o tempo essa prática esportiva?
Além das questões técnicas e táticas e mais o desenvolvimento da preparação física, passando pelos métodos franceses, tipo a calistenia ou o Cooper americano, as diferenças também passam pela aplicação da moderna medicina esportiva, como a avaliação dos jogadores a partir do biorritmo e técnicas de TI no diagnóstico de lesões proporcionando uma mais rápida recuperação, sem se falar no uso dos equipamentos esportivos, bola, uniforme, chuteira, e nas alterações e adaptações das regras pela International Board.

O que o levou a se interessar por futebol?
Todo moleque se interessa por futebol, que pode ser praticado até numa calçada de rua e num terreno baldio, coisa rara hoje em dia. O interesse jornalístico tem base na leitura de publicações como a "Revista do Esporte", "Futebol e outros esportes" e "Placar", nos anos 60 e 70, e acompanhar narrações pelas emissoras do sul.

Quais são os grandes nomes do passado?
A lista é extensa, mas não tem como deixar aqueles que estão na boca do povo e na memória dos cronistas esportivos há décadas. Entre 10 e 20 reinou o paulista, filho de alemão e uma mulata, Arthur Friedenreich. Nos anos 30 e 40, foi a vez do carioca Leônidas da Silva, artilheiro da Copa de 1938, e que chegou a dar nome ao chocolate Diamante Negro. Entre o fim dos anos 40 e meados de 50 o apogeu do craque Zizinho, que, por sinal, era o idolo do maior de todos, que surgiu logo a seguir, Pelé, além de Manoel dos Santos, o Garrincha. 

O futebol do RN deve a quem?
O futebol potiguar deve, principalmente, aos pioneiros: Fernando Gomes Pedroza, que trouxe a primeira bola em 1903 como presente dos estudantes ingleses de Liverpool; Alberto Roselli, estudante na Suiça, conhecedor das regras do futebol. Num segundo momento, a partir de 1910, aparece a atuação de Salomão Filgueira, que havia concluído a Faculdade de Direito em Recife, quando passa a ser repórter em Natal no jornal "A República". Responsável pela cobertura da inauguração da estação de trem de Taipu, ainda encontrava tempo para redigir as notas esportivas sobre a fundação dos primeiros clubes de futebol na capital do Rio Grande do Norte entre maio e junho de 2010  - o Natal Sport Club e o Potiguar, inclusive, fez parte da diretoria de um deles ao lado do nunca citado dentista Nizário Gurgel. Somente cinco anos depois é que surgiram o ABC, América e Alecrim, sendo que alguns fundadores desses clubes, aparecem como atletas do Natal SC e do Potiguar. Também é importante o papel do governador Juvenal Lamartine de Faria, que construiu e inaugurou em 1928 o estádio da Liga de Desportos Terrestres, que hoje leva o seu nome.