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quarta-feira, 30 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XXIII)

Acosta comanda o Najá em torneio antes de retornar ao Goiás

Boulanger F. e Silva

José Vanilson Julião

Depois de comandar o time no campeonato do Triângulo Mineiro (1952) e antes de retornar ao Goiás (abril/1953), Graciano Acosta Torres ainda treina o Najá durante os três primeiros meses do ano, período de duração do Torneio Boulanger Fonseca e Silva.

A competição de curta duração homenageia o primeiro dos 18 presidentes da Liga de Futebol de Uberlândia (fundada em setembro/1943) e depois também presidente do alviverde com o mesmo nome da cidade durante 11 anos (1948/59).

Com partidas no Estádio Juca Ribeiro (Uberlândia) e a participação do Fluminense (Araguari), Uberlândia, Najá e Olaria/RJ.

Jogos do Najá: 0 x 2 Olaria (5/1/1953), 2 x 2 Uberlândia (5/3), 0 x 4 Fluminense (5/5). O clube carioca é campeão.


FONTES

Arquivos do Futebol

Associação Comercial e Industrial de Uberlândia

Diário de Uberlândia

Futebol Nacional

Globo Esporte Triângulo

Jornal InterAção

 

terça-feira, 29 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XXII)

Parente do governador mineiro contrata Acosta para o campeonato

Por José Vanilson Julião

Governador mineiro é
sobrinho-neto de fundador
do Najá Futebol Clube

O presidente do Najá Futebol Clube entre 1951/52, "doutor" Armando Zema, tio-avô do governador de Minas Gerais, o empresário Romeu Zema Neto, 56, foi quem contratou o técnico Graciano Acosta Torres como reforço fora das quatro linhas para a participação no campeonato do Triângulo Mineiro.

O alerta sobre o parentesco com o dirigente, um dos fundadores do alvirrubro Nacional Futebol clube - do qual o Najá herda as cores e o acronônimo NFC - ao mudar de nome por força de decisão do Connselho Nacional de Desportos (criado pelo presidente gaúcho Getúlio Vargas), partiu de uma sugestão.

Portanto a pesquisa para averiguar a situação parte do meu irmão, o jornalista José Valdir Julião, a quem enviei a fotografia do elenco de jogadores, postada no artigo anterior. Pois o presidente do time de Araxá - no interior daquele estado - posa numa ponta e Acosta em outra.

A prova maior, além do sobrenome, é a naturalidade do político filiado ao Partido Novo, pelo qual foi eleito em 2018 com 4.138.697 votos (42,73%) contra o concorrente, o senador Antonio Anastasia (PSDB).

O governador é descendente do   bisavô Domingos Zema (filho dos imigrantes italianos Demétrio e Santa Marra instalados na capital paulista), fundador do grupo que empresarial que leva o nome da família, cujo embrião foram uma revenda Ford e um posto de gasolina no município de Araxá (1920/30).

O conglomerado hoje é composto por rede de lojas de varejo (eletrodomésticos), distribuição de combustíveis, concessionárias de carros, autopeças e serviços financeiros.

 

FONTES

Jornal Exempplar

Portal Zema

Revista O Trem da História

 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XXI)

No futebol mineiro pelo Najá do município de Araxá

A fotografia indica 1956, mas o treinador uruguaio Acosta dirigiu o clube mineiro quatro anos antes

José Vanilson Julião

Entre as idas e vindas pelas regiões Nordeste e Centro-Oeste Graciano Acosta Torres participa do Campeonato do Triângulo Mineiro (1952), organizado pela Liga Araguarina de Futebol (LAF).

Concorrentes: Araguari, Operário e Fluminense (ambos de Araguari), Ituiutabana e Ituiutaba, Uberlândia, Ferroviário (Ibiá), Uberaba, Independente e Sal Tropeiro (estes de Uberaba), Ipiranga e Najá (os rivais de Araxá).

Najá (Turno): 2 x 2 Ituiutaba (13/7), 3 x 1 Ferroviário (20/7), 2 x 2 Fluminense (3/8), 4 x 2 Sal Tropeiro (10/8), 10 x 5 Ferroviário (17/8), 0 x 2 Araguari (31/8), 3 x 1 Ipiranga (14/9), 4 x 2 Uberaba (28/9), 0 x 3 Uberlândia (5/10), 1 x 2 Ituiutaba (12/10) e 2 x 4 Independente (19/10).

Returno: 3 x 2 Ituiutabana (9/11), 0 x 2 Operário (16/11), 2 x 1 Ipiranga (30/11), 1 x 1 Sal Tropeiro (7/12), 0 x 0 Fluminense (14/12), 2 x 5 Ferroviário (21/12), 1 x 1 Araguari (4/1/1953), 0 x 1 Ituiutaba (11/1), 1 x 1 Uberaba (8/2), 2 x 3 Uberlândia (15/2) e 5 x 3 Independente (1/3).

Acaba na terceira colocação: 27 pontos ganhos, 17 perdidos, 46 gols pró e 45 contra (saldo: um).

Histórico

O alvirrubro Najá, nascido Nacional, e o tricolor Ipiranga originam (1958) o alvinegro Araxá. O primeiro muda o nome na II Guerra por determinação do Conselho Nacional de Desportos. O segundo começa como Tiradentes e tambem muda de nome. (19/6/1945).

 

FONTES

Correio de Uberlândia

Gazeta do Triângulo/Uberaba

Lavoura e Comércio/Uberaba

O Árbitro/Araguari

História do futebol

 

domingo, 27 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XX)

Segundo técnico estrangeiro antecede Acosta na última passagem

José Vanilson Julião

O húngaro Steban Hory teria desembarcado na América do Sul pelo porto de Buenos Aires após a guerra (setembro/39 – agosto/45). E foi na recém fundada Associação Ferroviária de Esportes (abril/1950), de Araraquara, que começa no Brasil.

Dos 121 técnicos que trabalharam 16 jogaram pela “Locomotiva”. Foram oito estrangeiros. E oito araraquarenses.

Foi de surpresa a contratação do treinador húngaro Steban Hory (6/11/52) para comandar a AFE em lugar de Zezinho Silva, o primeiro comandante. A história contada pelo pesquisador AJ Moreira.

Zezinho comanda em 62 partidas e fora remanejado para outras atividades. 30 vitórias, 15 empates e 14 derrotas (três resultados sem registro). Nos 30 jogos oficiais (17 vitórias, sete empates e seis derrotas).

Hory dirige o time apenas numa partida em Olímpia (9/11/52). A diretoria contrata, dois dias depois, o argentino Abel Picabéa.

Após passar pelo Siderúrgica (Sabará/MG) no primeiro semestre de 1954 reaparece no Recife. Com direito a reportagem do “Diário de Pernambuco”.

Anuncia que o Santa Cruz pensa em contratar “um vice-campeão mundial, arqueiro reserva do selecionado magiar” na Copa do Mundo da França (1938). Assinaria por 40 mil cruzeiros. Hory nunca fora convocado. Tampouco centroavante do Ujpest na década de 20.

A cúpula engendra esforço para reaver a hegemonia perdida 53 para o ABC, com o detalhe do licenciamento alvinegro por uma temporada no segundo ano do bi americano. Com o insucesso Hory parte para o futebol cearense. Mas faz sucesso mesmo é com o rubro-negro Moto.

Pouco mais de uma década, após retornar ao Brasil em 10/1/1967, reaparece na última semana de fevereiro Steban Hory. A megalomania continuava a mesma e lista 125 participações.

Relaciona para o repórter do Diário de Natal, Everaldo Lopes Cardoso, o currículo, acrescentando Riachuelo, Corumbaense (MT), Internacional, Peñarol, São Lourenço de Almagro (Argentina) e Ferro Carril Oeste (Rosário).

Na manhã do sábado (25/2), o repórter do então diário vespertino sente-se a vontade para entrevistá-lo e até lembra que fora comandado pelo treinador no juvenil americano 55/56.

O longilíneo, pela altura e magreza, e falastrão Hory promete revelar, na segunda-feira, um dos dois clubes que pretendiam contratá-lo, pois o desejo era permanecer na cidade, que aprendera a gostar, além de Araraquara. O jornalista se engana. Em agosto de 1955 o andarilho está em Lages/SC.

Na última semana de julho apita jogo da liga municipal, sendo o árbitro da final do torneio inicio. Inclusive aos 23 minutos marca o pênalti que resulta no segundo gol da vitória do time Aliados sobre o Vasco (3 x 1). No último parágrafo da cobertura relata o redator esportivo do Correio Lageano (17/8/55): - Ele esteve bem, com autoridade, reprimiu o jogo brusco.

Dias depois abandona a cidade após receber vales e encher o bolso de dinheiro, como assinala o jornal ainda em circulação na região serrana do estado barriga verde.

O blogueiro Cacá Medeiros Filho faz o artigo “De jornais, ginásio e um treinador húngaro” em que relata as notícias em questão na edição de lançamento (29/7/1954, quinta-feira) do depois semanário “O Poti”. O trigésimo jornal do consórcio de Assis Chateaubriand.

A primeira edição reporta a inauguração do Ginásio do Instituto de Educação pelo governador Sílvio Piza Pedroza. O pentagonal de basquete reúne Santa Cruz, AABB, Astreia (João Pessoa), Náutico/PE e Náutico (Fortaleza).

 

FONTES

A Cidade

O Imparcial

Afenet – força grená

Ferroviária em Campo

Museu do Futebol e Esportes

O conto de Hory – Memória Futebol

Tópicos do passado da AFE

 

 

 

sábado, 26 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XIX)

Entrevista de Steban Hory (centro) ao "Diário de Pernambuco"

A série de técnicos até a terceira e última passagem de Acosta

José Vanilson Julião

Com o término do triênio Graciano Acosta Torres – incluindo a curta estadia no Maranhão – e a não permanência de Orlando Braga começa a série de treinadores interinos e contratados.

O ciclo começa com o retorno do sargento Eugenio Vieira Barros, que permanece até o segundo semestre de 1950, quando é substituído pelo hoje desconhecido Francisco Caetano de Souza e logo em seguida assume o filho de alemão Hans Walter Lück (ver postagem anterior).

No mesmo ano o também sargento Orneles Neves Silva assume interinamente por uma partida até a chegada do ex-jogador do America pernambucano entre 1942/50, o mossoroense recém formado em Direito, Júlio Jésus de Carvalho, que permanece a frente do elenco pelo pelos menos até janeiro/fevereiro do ano seguinte.

Em seguida assume o gaúcho Álvaro Barbosa, com carreira no Recife e em Campina Grande, que termina levantando o terceiro bi-campeonato americano (51/52). Mesmo assim é substituído pelo jogador pauferrense Renato Santiago Magalhães, que, devido problema de relacionamento, é substituído pelo ex-jogador Francisco Canindé do Nascimento (Tico).

No segundo semestre de 1953 assume o pernambucano Jaime Guimarães, com passagem pelo futebol cearense, e que, no final do ano, abandona o cargo sem qualquer satisfação para trabalhar na capital paraibana, sendo preciso o presidente americano pedir providencias ao secretário de Segurança, general Ulisses Cavalcanti, para localizá-lo em João Pessoa.

Durante os primeiros meses de 1954 o alvirrubro permanece sem técnico até o segundo semestre, quando veio do futebol cearense o treinador Natal Jesus, posteriormente substituído pelo húngaro Steban Hory, o último técnico antes da terceira passagem de Acosta no segundo semestre do mesmo ano.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XVIII)

O treinador uruguaio Graciano Acosta Torres (último em pé à direita) no Goiás em 1951

A saga pelos clubes grandes da capital e interior de Goiás

José Vanilson Julião

Após 13 anos no futebol nordestino, como um autentico bandeirante, Graciano Acosta Torres desbrava o Centro-Oeste. A primeira façanha: o título que não valeu pelo Goiás (1951).

O cronista Hélio Rocha (Jornal Opção, 13/9/2020) revela que a véspera da decisão pela primeira vez o treinador Acosta sugere a concentração na Fazenda Capivara, imediações, hoje, do Campus II (Universidade Federal)

Empata e vence o Goiânia (13/1/52), que protesta pela melhor de três partidas e não de três pontos. O alvinegro perde na justiça desportiva, mas ganha recurso em instancia superior. Com a insistência do dirigente alvinegro, Joaquim da Veiga Jardim, em 1957, seis anos após, 2 x 3 Goiânia, de virada.

O Goiânia recorre a CBD dia 28/1/52. Dia seguinte Acosta treina o elenco goiano pela primeira vez visando o campeonato de Seleções. Em 12 de fevereiro envia carta ao presidente da Federação pedindo perdão para os jogadores Foca e Palhaço.

Dia 21 cogita deixar o cargo para cuidar de um comércio no bairro Campinas (capital). O presidente interino da Federação, José França, a continuar.

Pelo selecionado: 2 x 0 Mato Grosso (23/3/52) e MT 2 – 1 (30/3). Na prorrogação o selecionado do estado pantaneiro abandona o campo.

Chega ao fim o casamento com o alviverde (15/4) e o dirigente Luiz Gonzaga Contart o acusa de não devolver 21 mil cruzeiros emprestados. Depois envia carta aos jogadores manifestando interesse em voltar ao clube (18/7).

Em 24/9 o treinador Pão Duro deixa o Goiás. Cogitados Teodorico e Acosta. O gringo está no clube amador Najar, em Araxá/MG (31/1/53). Está próximo de selar o retorno (10/2). Estréia na vitória sobre a União (25/4).

O depois vice-presidente da Associação Goiana de Imprensa, de Ituverava/SP, Luiz Gonzaga Contart, foi fundador da Associação Brasiliense de Cronistas, sendo escolhido primeiro presidente na assembléia geral (25/8/1960).

Também funda um dos primeiros clubes brasiliense: o Planalto (1961). Foi diretor das rádios Alvorada e Independencia e diretor do Diário Carioca (Distrito Federal). Publicou livros. Faleceu em Goiania aos 76 (4/9/2001).

Depois de dois treinadores o presidente rubro-negro, Antonio Acioly, contrata Acosta, mas este abandona o barco. Contudo o Atlético termina campeão invicto (1957). Com o treinador Ziza (veio do mineiro Poços de Caldas). E o professor Nascimento (veio do Goiás). A entrega de faixa em amistoso contra o Botafogo (Buriti Alegre) no Estádio Antonio Acyolli (domingo, 26/1/1958).

Em 16/1/1958 se encontra no Ipiranga (Anapólis). Depois é contratado pelo América (Morrinhos).

Em 13/7/1958 o periódico publica enquete com 11 cronistas esportivos sobre a indicação do treinador para o selecionado goiano.

Entre os votantes profissionais das rádios, Anhanguera, Brasil Central, Clube (a pioneira Associada fundada em 1947) e Difusora, além dos diários O Popular e JORNAL DE NOTÍCIAS:

Baltasar de Castro, Luís Rótoli, Luiz Augusto, Luiz de Oliveira Machado, Cunha Júnior, G. P. Vasconcelos, Ovídio Inácio Ferreira, José Natal, Francisco Negrão de Faria, Hélio de Oliveira e Lisita Júnior.

Resultado: Carlos Ribeiro do Nascimento (seis votos), Graciano Acosta Torres (três) e Fidêncio Lobo (dois).

Apontados para auxiliar técnico: Chico Negrão (quatro), Nascimento (três), Fidêncio (dois) e Acosta (um).

5/12/1958 está no Goiás. Em agosto no Campineira da capital. O ex-treinador do Vila Nova deixa o clube em 8/10 e o diretor Antonio Rocha assume no lugar do "temperamental" Acosta.

 

FONTES

Jornal de Notícias

Jornal Opção

TV Candangão

 

 

quinta-feira, 24 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XVII)

Breves passagens pelo Santa Cruz natalense e na seleção potiguar

José Vanilson Julião

A primeira referencia sobre a saída de Graciano Acosta Torres ainda no final do mês é noticiada pelo DIARIO DE NATAL (15/9/1949).

Ele orienta o Santa Cruz no restante da competição: 6 x 1 Atlético (15/11/1948), 1 x 4 América (24/11).

É cancelado o jogo contra o Alecrim (22/12). O tricolor termina em quinto com duas vitórias, dois empates e duas derrotas

Ainda em novembro o presidente da Federação, tenente Carlos Miranda Bezerra, o indica para treinar o elenco potiguar para o Brasileiro de Seleções.

Resultados: 2 x 2 (8/1/1950) e 0 x 2 Paraíba (15/1). Os paraibanos perdem para os pernambucanos.

Já o paulista Orlando Braga orienta o elenco americano em três jogos restantes de 1949, mas não permanece para a próxima temporada.

Retorna em maio de 1956 para um período de experiencia e acaba assinando contrato de um ano, quando abre caminho para o terceiro bi-campeonato.

Na casião em que teria passagens pelo Jabaquara (antigo Hespanha de Santos), Juventus (capital) e futebol cearense.

Posteriormente treina o extinto Associação Campineira de Esportes (Goiânia) em pelo menos um jogo do campeonato goiano (1958).

Fundado como Associação Bancária (1946) disputou o campeonato até 1963. Foi campeão do torneio início (1959 e 1961).

 

FONTES

Futebol de Goyas

O Povo

 

 

  

quarta-feira, 23 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XVI)

Abandona elenco para assumir Santa Cruz (RN) e a seleção potiguar

José Vanilson Julião

Treinador Orlando Braga

A
temporada começa com jogos-treinos 2 x 2 (sábado, 19) e 3 x 3 Atlético (quarta-feira, 23/3/1949) para os amistosos 4 x 3 Sport (domingo, 3/4) e 0 x 8 Olaria (quinta-feira, 7/4).

Na segunda quinzena de abril começa a crise eleitoral na Federação com a dissidência do ABC, Santa Cruz, Potiguar (do então distrito de Parnamirim emancipado em 1958) e Juventus, de um lado, América, Alecrim, Atlético e Riachuelo do outro.

O Conselho Regional de Desportos (CRD) intervém com solução conciliadora, designando um presidente "neutro", mas o impasse persisite. Mesmo assim é realizado o Torneio Início (domingo, 1/5): América 1 x 1 Alecrim (4 x 3 tiros livres), Atlético 2 x 0 Riachuelo e a final América 2 x 1 Atlético.

Em seguida estréia no Estadual 2 x 2 Riachuelo (domingo, 15/5). Perde os pontos pela irregularidade do jogador José Pereira de Araújo (Gorgônio). Depois o amistoso 2 x 3 América/PE (segunda-feira, 23/8).

E mais outro jogo-treino 3 x 1 XVI Regimento de Infantaria (quarta-feira, 1/6), atual Batalhão de Infantaria Motorizado, localizado na Avenida Hermes da Fonseca (Tirol). E o amistoso 1 x 1 Santa Cruz/PE (domingo, 5/6)

Retomado o campeonato local: 8 x 1 Atlético (quarta-feira, 8/6) e 7 x 0 Alecrim (domingo, 19/6). E encerrado devido a crise administrativa na Federação Nortegiograndense de Futebol (FNF).

Para preencher disputa a Taça Social (Sociedade de Construção Civil) no amistosos 5 x 2 Riachuelo (domingo, 7/8). E amistoso 4 x 1 Santa Cruz/RN (domingo, 14/8) e mais um amistoso: 2 x 2 Atlético (domingo, 21/8).

Só então começa para valer o Estadual (turno único com jogos de ida e volta). América bi-campeão após 18 anos: seis vitórias, um empate, 22 gols pró e cinco contra. O ABC, vice, com seis vitórias e uma derrota.

Resultados: 4 x0 Atlético (25/9), 4 x 0 Potiguar (13/10), 4 x 1 Alecrim (23/10), 2 x 2 União/Parnamirim (13/11), 4 x 1 Santa Cruz (24/11), 3 x 1 Riachuelo (11/12) e 1 x 0 ABC (2 2/12).

Acosta fica até o jogo contra o União e passa ao tricolor. Orlando Braga estréia contra o Santa Cruz e orienta nos dois últimos. No meio o amistoso 1 x 1 Sport (domingo, 14/12).

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Datatrindade

História do Futebol

domingo, 20 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XV)

Título estadual no segundo semestre encaminha campanha para o bi de 1949

Prefeito Sílvio Pedroza compareceu à
inauguração do América F.C

José Vanilson Julião

O quinto e último jogo pelo Torneio Municipal (América 3 x 1 ABC - domingo, 27/6/1948), provavelmente ainda sobre o comando técnico do sargento do Exército Eugenio Vieira Barros.

Da mesma forma na inauguração do campo e sede da Rua Campos Sales, iniciada pelo presidente Humberto Nesi e concluida na administração José Rodrigues de Oliveira em conjunto com o diretor social Rui Barreto de Paiva.

A solenidade contou com as presenças do prefeito Silvio Piza Pedrosa com discursos dos dirigentes abecedistas, o engenheiro civil Gentil Ferreira de Souza, e o advogado Vicente Farache Neto.

O ponto alto da festa foi o amistoso (Taça Orestes Silva): América 6 x 2 ABC (domingo, 11/7). Na maior goleada do alvirrubro sobre o alvinegro.

Graciano Acosta Torres retorna da passagem maranhense entre junho/julho a tempo de assumir o elenco para o Estadual.

Turno: 11 x 3 Juventus (domingo, 1/8), 2 x 0 Atlético (quinta-feira, 12/8), 4 x 2 Potiguar (domingo, 22/8), 3 x 1 Santa Cruz (domingo, 29/8) e 1 x 2 ABC (sábado, 11/9). Campeão no desempate: 2 x 0 ABC (domingo, 3/10).

Returno: 7 x 0 Potiguar (domingo, 7/11), 3 x 0 Santa Cruz (domingo, 14/11), 1 x 2 Juventus (sábado, 4/12) e 2 x 1 ABC (sábado, 11/12). Campeão do returno e do Estadual no jogo extra: 4 x 0 ABC (domingo, 19/12).

Campanha no segundo semestre: 11 jogos (nove vitórias e duas derrotas). E continua para a temporada seguinte.

 

sábado, 19 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XIV)

Industrial César Alexandre Aboud
Rápida estadia no Sampaio Correa e retorno para a Rua Campos Sales 

José Vanilson Julião

O DIÁRIO DE SÃO LUIZ (quinta-feira, 6/5) noticia a estréia de Acosta no Sampaio Correa contra o Moto numa série de melhor de três pontos pelo II Torneio Triangular (2 x 1 - domingo, 9).
Na tarde do mesmo dia ele já treina o elenco "boliviano" para o clássico. A reportagem indica os números envolvidos na transferencia do uruguaio para o "mais querido":

- Por ocasião de uma sessão extraordinária com a diretoria (no dia anterior) assina contrato de um ano (luva de seis mil cruzeiros, 1,5 mensal, com direito a 100,00 por jogo ganho e a metade por empate).

O segundo jogo: Moto 7 x 2 (domingo, 16). Com "sururu" em campo e quatro expulsos. - Erro de ordem técnica foi um dos motivos da derrota do "esquadrão de aço".

O jornal aponta que o treinador deixou de substituir, ainda no primeiro tempo, um atleta lesionado.
Seis dias depois o amistoso contra o Maranhão Atlético Clube - do famoso acronimo MAC - que anuncia a estreia de outro uruguaio, Luis Comitante. Domingo, 23.

Comitante era treinador do selecionado maranhense (42 e 44), quando fora alçado ao comando do Moto pelo dirigente César Alexandre Aboud. Ambos responsáveis direto pelo heptacampeonato do rubro-negro.

O periodico Associado noticia (sábado, 5/6) que Acosta reclama reforços paraenses para o Sampaio: "Sem jogadores não podemos fazer nada."

Situação revelada antes do amistoso contra o América/PE (4 x 1 –quarta-feira, 9). Revanche 1 x 1 (quarta-feira, 16)

Depois desaparece do noticiário. Reaparece no clube anterior.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XIII)


Alexandria: nas pontas (em pé) o treinador Temístocles Marinho e o presidente Cleto Marques

Transferência para o Maranhão favorece Eugenio Vieira Barros

Por José Vanilson Julião

O América começa com Potiguar/Parnamirim pelo Estadual (2 x 1 – terça-feira, 6/1/1948). Depois disputa a Taça Amadeo Ghandi em homenagem ao encarregado de negócios italiano no RN e em prol dos patrícios castigados pela II Guerra: ABC 3 x 1 (quinta-feira, 15/1/1948).

Em seguida mais duas partidas oficiais: 2 x 1 Atlético (domingo, ½) e 8 x 2 Juventus (quinta-feira, 26/2). E o amistoso 3 x 1 ABC (domingo, 7/3). Mas fica de fora da decisão pela temporada anterior com melhor de três entre o alvinegro e o Santa Cruz (abril).

Ao acordar dois amistosos o tesoureiro do Alexandria, Cleto Marques da Luz, auxiliar de comércio das firmas M. Lobo & Cia. e Leão & Cia, informa que Acosta dirigiu o Portela na capital alagoana.

O DIÁRIO DO POVO de Maceió (26/2/1948) enaltece o presidente americano José Rodrigues pela construção da primeira sede.

O JORNAL DE ALAGOAS (4/3) destaca a derrota alvirrubra (1 x 2 – domingo, 14/3). O dirigente do time alagoano, que leva o nome da fábrica de tecidos, elege-se vereador (outubro/50). Reeleito (54/55).

O DIÁRIO DE NATAL (14/4) estampa negociação com o presidente do Moto Clube, o descendente de libaneses, industrial César Alexandre Aboud (Cruzeiro do Sul/AC, 23/2/1910 – São Luís/MA, 20/8/1996).

O depois deputado estadual Aboud, dono da fábrica de tecidos Santa Isabel, fez parte do Sírio, treinador do Maranhão Atlético Clube, fundador (1937) e presidente motense por 15 anos, é responsável pela mudança do verde e branca para o vermelho e preto por causa do Flamengo carioca.

Após seis jogos, amistosos (três) e oficiais (três), no primeiro trimestre (quatro vitórias e duas derrotas). Na negociação, envolvendo outra personalidade, Mederico Marçal dos Santos, Acosta acaba contratado pelo Sampaio Correia.

É substituído pelo sargento do Exército Eugenio Vieira Barros. Estréia 2 x 4 América/PE (domingo, 4/5) e último jogo 0 x 4 Potiguar/Parnamirim (domingo, 13/6).

Acumula pelo menos três vitórias e três derrotas. São dois amistosos e quatro partidas pelo torneio municipal. Pois há dúvida quanto a outros jogos.

Depois cede o posto para o uruguaio ao retornar em julho. No mesmo ano Barros chega ao quadro de árbitros.

 

FONTES

Diário de São Luís

O Imparcial

Campeões do Futebol

Centro Esportivo Virtual

Futebol Maranhense Antigo

 

quarta-feira, 16 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XII)

 

O primeiro título pelo alvirrubro e a continuidade do trabalho

Por José Vanilson Julião

Depois dos contatos para o retorno no começo do segundo semestre de 1946 somente em fevereiro do ano seguinte a segunda passagem de Graciano Acosta Torres é confirmada pelo noticiário.

O DIÁRIO DE NATAL e A ORDEM ainda não noticiam no comando americano em amistoso contra o Clube Náutico Capibaribe (2 x 4 – 5/1/1947). Porém o fazem no amistoso contra o Santa Cruz/RN (3 x 1 – 9/2).

Na estreia oficial (jogo extra) conquista o primeiro campeonato: América 5 – 1 ABC (domingo, 23/2), com arbitragem de Antonio Siqueira e gols de Tico (3), Ubarana (2) e Tidão. América: Amauri, Leônidas, Barbosa, Nonato, Reinaldo, João Augusto, Nelson, Natanael, Lavor, Ubarana e Tico. ABC: Abacaxi, Gageiro, Nezinho II, Roberto, Zé Leão, Acácio, Valeriano, Jorginho, Tidão, Petro e Albano.

A Copa Cidade do Natal – para inauguração da iluminação do Estádio Juvenal Lamartine – havia começado no ano anterior com a primeira fase (13 a 20/7/1946) envolvendo América/RN, América/PE, Treze e Fortaleza. A semifinal em dois jogos com o representante de campina grande (1 e 4/5/1947) e perde final em três jogos contra o clube da capital cearense (18 e 21/5).

Um dia após o aniversário de 32 anos do alvirrubro dirige 2 x 6 Flamengo (terça-feira, 15/7) na primeira apresentação do rubro-negro em Natal. Os jornais fornecem uma pequena biografia do elenco carioca: estado de origem (maioria carioca, um mineiro, um gaúcho, um paraense, um paraense e o paraguaio Bria) e idade (25 e 30 anos).

O meia Zizinho
É jogo 29 do Flamengo na temporada. Do total de 53. A Flapedia dá como adversário a seleção potiguar. Entre as atrações as maiores estrelas são o centroavante José Perácio Berjun (Nova Lima/MG, 2/11/1917 – Rio de Janeiro, 10/3/1977) e o meia-atacante Tomás Soares da Silva (São Gonçalo/RJ, 14/9/1921 – Niterói, 8/2/2002), o Zizinho.
José Perácio

A revista Esporte Ilustrado (485 – 24/7) traz reportagem da excursão. Iniciada em Salvador com Vitória (2 x 5), Guarani (1 x 2), Bahia (1 x 2); prossegue: Sport (1 x 5), na Ilha do Retiro lotada, com carros americanos estacionados ao lado do Field, e empates em um gol contra o Santa Cruz e Fluminense/RJ.

A cobertura do segundo ‘Fla-Flu’ fora do Rio, o primeiro em São Paulo (0 x 0 – 12/3/42), é do correspondente baiano Nino Guimarães, que viaja em um DC-3 (Douglas), cortesia do vice-presidente das Aerovias (José Cintra Gordinho), “amigo da crônica nacional”. O kick-off (pontapé inicial) foi do prefeito Clóvis de Castro. A estréia flamenguista contra o Sport fora coberta pelo enviado especial Antonio Almeida.

Entre amistosos (seis), Taça Santo Antonio (três), Copa Cidade do Natal (cinco) e o campeonato estadual (nove) chega dezembro com 24 jogos: 11 vitórias, quatro empates e nove derrotas. Sem contar um jogo-treino.

A temporada oficial se estende e o ABC retomar a hegemonia local em abril do ano seguinte numa melhor de três contra o tricolor Santa Cruz.

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (XI)

 

Time foi criado para recreação dos funcionários da fábrica de beneficiamento de trigo

Antecessor retorna ao futebol pernambucano para o time da fábrica

José Vanilson Julião

Uma das primeiras informações sobre Clóvis Lavor Paes Barreto consta em expediente burocrático de transferência para o Portela (Associação Suburbana) publicado no vespertino DIÁRIO DA MANHÃ (sexta-feira, 19/5/1939).

Estréia no alvirrubro pelo campeonato estadual: 5 x 3 Clube Atlético Potiguar (domingo, 8/7/1945). Na primeira temporada são sete jogos. Na segunda: 18. Terceira: dois jogos. Total: 27. A última no jogo extra do returno e pela decisão do Estadual da temporada anterior: 5 x 1 ABC (domingo, 23/2/1947). Já com Acosta no comando.

Pelo RN atua seis vezes no Brasileiro de Seleções: 1 x 3 Paraíba (15/9/1946), 6 x 0 PB (22/9), 1 x 5 Pernambuco (29/9) e PE 6 x 3 (3/10). Como treinador o capitão Dario Rufino dos Santos.

Após sair do América joga pelo Moinho Recife vinculado a empresa homônima e fundado em 31/1/1935. A indústria surgiu em 1914 para beneficiar trigo importado da Argentina e destinado as panificadoras. É incorporada a multinacional norte-americana no começo dos anos 30.

A agremiação, destinada inicialmente ao lazer dos funcionários e familiares, tinha sede na Rua São Jorge, 215. O Moinho participa de torneios amadores e amistosos durante uma década, quando resolve entrar no campeonato da segunda divisão, sendo bi-campeão (44/45).

No primeiro ano na divisão amadora vai a final do torneio início. Resultados: 2 x 0 Iolanda, 0 x 0 Estudantes (um escanteio a mais) e 0 x 1 Tacaruna. Compete pela divisão principal pela primeira vez em 1947, mas é eliminado no primeiro turno. É lanterna em seis jogos, com um empate na segunda rodada contra o rubro-negro Íbis (1 x 1 - 27/4).

Em 1949 chega a sexta colocação no turno com sete jogos: duas vitórias - 5 x 0 Flamengo (9/6) e 4 x 0 Íbis (26/6) - e cinco derrotas. Abandona a competição por dificuldade financeira. Clóvis está incluindo nos times bases: 47/49.

 

FONTES

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