Consulta

domingo, 13 de junho de 2021

O treinador uruguaio do América (X)

Antigas fórmulas e intermediários antes da segunda passagem

José Vanilson Julião

Com a saída de Graciano Acosta Torres no final de 1939 para a virada do ano seguinte a pesquisa não detecta os treinadores do biênio 40/41, mas o América volta a solução caseira.

Porém, após duas décadas, novamente o funcionário público federal Arari da Silva Brito é orientador técnico (1942), permanece na temporada seguinte e comanda na decisão do campeonato: 1 x 2 Santa Cruz (9/1/1944).

Brito já era conhecido pelo envolvimento com o futebol. Entra na lista dos 32 fundadores do ABC e no rol dos 38 do América. Está em campo no primeiro jogo do ABC (20/9/1915) contra o alvirrubro Natal Futebol Clube (3 x 1), fundado em 1910 pelo estudante de Direito Alberto Roselli e pelo dentista Nizário Gurgel.

É o juiz de gol, ao lado de Sérgio Severo, no primeiro América 1 x 4 ABC (domingo, 26/9) na Praça Pedro Velho. E como jogador americano no primeiro campeonato estadual em 1918. Contra o alvinegro e o Centro Esportivo Natalense (CEN), surgido no mesmo ano para compor o trio competidor.

A competição é interrompida com o Centro – fruto da fusão entre o Flamengo e o Alecrim – líder devido à epidemia de gripe espanhola (“Influenza”). E no ano seguinte,

Logo depois assume o “diretor técnico” Odilon de Amorim Garcia, que permanece no cargo ou função até pelo menos maio de 1945.

Em junho o alvirrubro retoma a fórmula de contratar um jogador-treinador. A escolha recai no centro-médio pernambucano Clóvis Lavor Paes Barreto, oriundo da Associação Companhia Portela, no mesmo período em que Acosta treina o elenco portelense.

Conhecido principalmente como Lavor ou Clóvis I (para diferenciar do atacante Clóvis Melo e Silva e contratado em 11/7/1945) permanece à frente do quadro principal em 1946.

Portanto Lavor comanda a maioria dos jogos no título de 1946, que acaba com o jejum americano de 14 anos após o bi de 1930/31.

No período da entre safra o ABC soma dez taças e um bi: 44/45. No meio a competição não termina (1942) e o tricolor consegue o único troféu da história.

Nas duas temporadas de Lavor há indicio que o sargento do Exército, o também árbitro Tong Ramos Viana, é o “diretor técnico” no amistoso contra o Treze (Campina Grande) no Presidente Vargas (1 x 0 – domingo, 10/2).

Viana é transferido para o Recife e arbitra entre 49/50, ingressa na faculdade de Medicina e retorna de passagem a Natal como acadêmico (1954). Sobre ele ver postagem: “O personagem da fotografia” (16/1/2021).

Delegação: Epitácio de Oliveira Fernandes (presidente), Antonio Lamas (irmão de Carlos Lamas, um dos fundadores da Rádio Educadora de Natal, acrônimo REN, depois Poti ao passar para a cadeia Associada), Délio Otoni e Adalberto de Souza.

No começo do segundo semestre de 1946 o DIÁRIO DE NATAL noticia os entendimentos para o retorno de Acosta, confirmado pelo Associado e pelo jornal católico A ORDEM (fevereiro/1947).

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário