Consulta

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Maiores clássicos regionais em número de jogos


Com o arredondamento numérico do principal clássico potiguar publico levantamento – sujeito a alterações – das rivalidades nas regiões Norte/Nordeste.
O paraense, por exemplo, refere-se, ainda, a fevereiro do ano passado. O "Repa", inclusive, é um dos maiores do mundo.
Deixo de colocar Sampaio e Moto Club contra o Maranhão. E Alecrim contra o ABC e América.

746 – Remo x Paysandu
610 – Sampaio Corrêa x Moto
566 – Ceará x Fortaleza
559 – Sport x Santa Cruz
549 – Sport x Náutico
530 – ABC x América
518 – Santa Cruz x Náutico
497 – CRB x CSA
489 – Bahia x Vitória
470 – Paysandu x Tuna Luso
464 – Remo x Tuna Luso
420 – Sergipe x Confiança
410 – Ceará x Ferroviário
405 – Campinense x Treze
399 – Botafogo x Treze
359 – River x Flamengo/PI
318 – Fortaleza x Ferroviário
305 – Botafogo x Campinense
259 – Sergipe x Itabaiana
236 – Bahia x Galícia
141 – Galícia x Ypiranga



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

O fundador do jornal em que Boechat inicia carreira


Orlando Ribeiro Dantas nasce em Ceará-­Mirim (11/2/1896), filho de João Ribeiro Dantas e Joaquina Vilar Ribeiro Dantas. Cursa o Ginásio Porto Carreiro e com a transferência da família para Re­cife (1907) estuda no Ginásio de Pernambuco.  No período trabalhar no comércio; à noite dedica-se à elaboração do jornal mensal O Colibri.
Viaja os Estados Unidos (1919) e torna-se agente geral para o Brasil das má­quinas de escrever Under Wood.  Retorna ao Recife e tenta a instalação de uma indústria de artefatos de borracha. Expõe o projeto ao governador de Pernambuco, Manuel Borba, dirigi-se ao Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde sendo recebido pelo ministro da Agricultura, Ilde­fonso Simões Lopes, e pelo presidente Epitácio Pessoa.  No entanto sofre oposição do Congresso e o projeto foi abando­nado.
Em 1922, no Rio, passa a diretor da Revista Comercial e Industrial. Em 1926 tornou-se diretor de publicidade de O Jornal, substituindo o norte-americano Fritz Siblon.  De volta a Recife, aí fundou o Diretório Co­mercial Brasileiro, 1927.  No ano seguinte, em São Paulo, fundou com Francisco de Assis Chateaubriand e Rubens do Amaral o Diário de São Paulo.
Devido a divergências retirou-se da sociedade e, em junho de 1930, fundou o Diário de Notícias, no Rio de Janei­ro. O novo jornal surgiu numa época de inten­sa agitação política, que sucedeu à eleição pre­sidencial de março de 1930, na qual Júlio Prestes, candidato apoiado pelo presidente Washington Luís, derrotou Getúlio Vargas, candidato da Aliança Liberal.
A proposta inicial do DN era lutar contra a estrutura oligárquica da República Velha. Embora não compro­metido com os partidos políticos, apoia as teses da AL, movi­mento oposicionista que reúne oligarquias dissidentes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, que reivindica o voto secreto, inclusive feminino, a desig­nação de magistrados para a presidência das mesas eleitorais, uma jornada de trabalho de oito horas, a promessa de anistia.
Com o Estado Novo (10/11/1937) foi preso.  Em dezembro de 1939 foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), chefiado por Lourival Fontes.  Dantas resistiu às tentativas do DIP de levá-lo a apoiar o regime.  O DN re­cusou a publicar, na íntegra, como sendo da redação, as realizações do Estado Novo.
Em 1940 o DIP passou a conceder subvenção à imprensa em troca de matérias elogiosas.  Em 1943 o DN desencadeia campanha pela altera­ção da concessão da Loteria Fe­deral. O concessionário, Peixoto de Castro, pleiteava a renovação de contrato, tenta entrar em acordo com o jornal ofere­cendo cem contos de réis, além da publicida­de.
Dantas não aceitou a propos­ta e recebia comunicação proibindo o jornal de fazer comentá­rios sobre a concorrência.  Em resposta dirigiu-se ao dire­tor do departamento, major Antônio Coelho dos Reis.
A 28/2/45 Vargas, no Ato Adicional, fixa o prazo de 90 dias pa­ra que fossem marcadas as eleições para os governos estaduais e para a Cons­tituinte.  Em abril foi decretada a anistia.
DN promete denunciar qual­quer tentativa de adiamento ou de suspensão e apóia o brigadeiro Eduardo Gomes pela União Democrática Nacional (UDN) em dezembro.  Vence Eurico Gas­par Dutra, pelo Partido Social Demo­crático (PSD), ex-ministro da Guerra de Var­gas.
Em 1948 Dantas recebe do ge­neral Dwight Eisenhower, reitor da Universi­dade de Columbia e futuro presidente dos Es­tados Unidos, o prêmio Maria Moors Ca­bot, um dos mais importantes do continente americano.
Dois anos depois viagem à Europa.  Interessado em escrever um livro so­bre a escritora norte-rio-grandense Nísia Flo­resta, na França recolhe material sobre as re­lações da conterrânea com o escritor Vic­tor Hugo e com Auguste Comte, o pai do po­sitivismo.
Faleceu no Rio de Janeiro (1/2/53). Era casado com Ondina Portela Ribeiro Dantas, com quem teve quatro filhos.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Ricardo Boechat começa em jornal criado por potiguar

Diário de Noticias que muita gente citou, de norte ao sul, como o jornal no qual Ricardo Boechat começa a carreira, e ninguém lembrou – exceto este blog -, foi fundado pelo potiguar Orlando, irmão do jurista potiguar Heraclio Vilar Ribeiro Dantas.
A extinta mídia impressa carioca surge em 12/6/30 e circula até a década de 1970, sendo o quarto ou quinto com esse nome no Rio, além de outro em Salvador (pertencente ao condomínio Associado) e um em Porto Alegre, controlado por grupo local.
O primeiro, fundado por Clímaco dos Reis, circula em 2/8/1870, com tiragem de 6 mil exemplares e quatro páginas. Propunha “índole inofensiva” em relação às disputas políticas da corte.
O concorrente, pertencente a S. S. Paes Viana, é lançado em 21/3/1868. Republicano e civilista. Nele escreve Rui Barbosa (redator-chefe em 7/3/1889), dia em que circula com duas edições 1362, e desapareceu em 20/11, quatro dias após a proclamação da República.
Há registros de um DN 20 anos após a queda do Império, na campanha de Rui Barbosa em oposição a Hermes da Fonseca, este eleito presidente em 1/3/1910.
O jornal de Orlando Dantas apóia Getúlio Dorneles Vargas, ex-ministro da Fazenda do presidente Washington Luís, na Revolução Liberal (30) e adiante se alinha com o movimento pela assembléia constituinte que desembocaria na insurreição paulista de 1932.
No Estado Novo (37 – 45) rejeita os favores do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) do ditador gaúcho. Freqüentam a redação Otávio Mangabeira, Adauto Lúcio Cardoso e Eduardo Gomes.
Colaboradores: Mário de Andrade, Augusto Frederico Schmidt, Álvaro Moreira, Alceu Amoroso Lima, Luís da Câmara Cascudo, Afonso Arinos de Melo Franco, Josué de Castro, Sérgio Buarque de Holanda e Graciliano Ramos...
Nos anos 1950 o Diário confrontar-se com O Globo em debate sobre histórias em quadrinhos. A empresa de Roberto Marinho editava o Gibi e o Globo Juvenil com tiras importadas dos Estados Unidos. Dantas contesta o valor educativo dessas histórias.
A morte de Orlando (1953) não afeta logo a linha do jornal, que faz oposição ao governo do médico mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira e à construção de Brasília. Era o diário de maior circulação do Rio.
A viúva, Ondina Portela, escreve coluna sobre música com o pseudônimo “D'Or” e apelidaram-na de “marechala”. As decisões importantes passam pelo filho João.
Em 1957 João Dantas comprou o acervo de O Mundo, jornal dirigido por Geraldo Rocha e ligado a Juan Domingo Perón, presidente da Argentina deposto em 1955 e no exílio em Madri (Espanha).
Máquinas, uma revista em cores, Mundo Ilustrado, e um prédio de sete andares, na Rua do Riachuelo, 114 (a sede anterior era na Rua da Constituição, 11).
No ano seguinte o risco assumido foi ideológico e político: promoveu estudo sobre “a Revolução Brasileira”. O documento, publicado em 15 de junho, teve grande repercussão. Propunha reforma agrária, nacionalização de indústrias de base e das empresas de rádio e televisão e um programa de educação em massa.
Essa proposta foi apresentada ao candidato Jânio da Silva Quadros, com quem se encontrou em Bled, na Iugoslávia (hoje Eslovênia). Visitam a China, Japão, Índia, Paquistão, Irã, Egito, Israel e Líbano.
À France Press, em Pequim, como porta-voz de Jânio, Dantas defende o reconhecimento do regime de Mao Tsé Tung e o restabelecimento de relações com a Rússia.
O apoio tardio ao golpe de 1964 dá espaço ao discurso de Carlos Lacerda, a essa altura na oposição e caminhando para se recompor com Juscelino Kubitschek e João Goulart na construção de uma pretendida “frente ampla”.
O jornal, afogado por dívidas com a previdência social e bancos oficiais, é vendido por 500 mil dólares ao grupo TAA, do empresário pernambucano Fernando Rodrigues, representado pelo deputado Ricardo Fiúza, indicado pelo Ministro da Fazenda, Delfim Netto.
Esteve sob intervenção do governo (1970/73) com alguma descontinuidade de circulação. O último número, 14.747, circula em 10/11/76, desfigurado, com a manchete com release: “Ferroviário recebe novembro com aumento do Plano”.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Rádio esportivo patina na informação imediata e precisa


O radialista e blogueiro Marcos Trindade é um exemplo do contraponto aos repórteres esportivos em geral, em especial o local, que ainda não se adaptou a internet. Ficam na “oba-oba” do momento.

No decorrer da transmissão de América 4 x 0 ASSU, ao invés de explicar a situação, o comentarista Ricardo Batatinha vociferava “pelo erro crasso” no regulamento, previamente acordado, por não incluir o confronto direto como quesito de desempate. Como se fosse obrigação.

Enquanto o narrador Aquino Neto duvidava, para depois concordar, com o esclarecimento do plantão, o qual teve de refutar que estava com o regulamento “na mão.” Isso tudo na Satélite FM (87).

Até mesmo a imprensa tradicional e redatores experimentados não informaram em cima da bucha a real situação.

A informação precisa, como quase sempre faz, parte de Marcos Trindade, que acompanha e faz anotações do Estadual desde 1991.

Logo depois do quarto gol do americano ele informa, pelo Twitter, que, se os jogos de América e ABC terminassem com o placar de momento, o primeiro lugar seria definido pela disciplina.

E revelou o placar dos cartões. Vermelhos 1 a 1 e amarelos 12 a 12. Ninguém deu atenção. Trindade constatou que alvinegro levou um e o alvinegro mais dois yellow card, como diria Hélio Câmara de Castro. E anuncia o primeiro lugar para o América com final na Arena das Dunas.

Na segunda-feira a Federação confirma. Trindade recebeu várias ligações e mensagens para saber sobre a situação. Inclusive de dirigentes. Pediam firmeza na informação. Uns até discordavam.

“Informar primeiro e correto. Esse é o valor das anotações do caderninho.” Desabafa o crível Trindade.

Encerro dizendo que, atualmente, o blog “Vermelho de Paixão”, é a única fonte de informação confiável para o torcedor americano.




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

BG dá o norte sobre a contínua manha do ‘petismo’


“Causou indignação de muita gente nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp a postura da governadora Fátima Bezerra que deixou claro que a prioridade dela sempre vai ser o PT, deixando o estado do Rio Grande do Norte em segundo plano.
Ela deixou de ir à reunião com o então presidente eleito (na época) Jair Bolsonaro com os governadores do Nordeste para tratar das demandas de cada estado. Ela faltou à reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com os governadores para tratar da Reforma de Previdência e de assuntos econômicos importantes.
Faltou à reunião do ministro da Justiça, Sérgio Moro, sobre o projeto contra a criminalidade sem sequer mandar representantes. Enfim, faltou à praticamente todas as oportunidades de conseguir algo para o Rio Grande do Norte ou de, pelo menos apresentar as reivindicações do Estado nas áreas da segurança pública e economia, assuntos da mais extrema importância nesse momento.
Mas, na primeira reunião do PT, para tratar da condenação do ex-presidente Lula e para tratar da orientação partidária acerca do projeto da previdência com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, Fátima se faz presente com a companheirada.
Em pouco mais de um mês de governo, Fátima Bezerra já deu o tom de como serão suas prioridades à frente do Governo do Estado, a de total falta de sintonia com o governo federal. Fátima começa a mostrar que o projeto do PT pode ser maior que o projeto do Rio Grande do Norte.”


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

O time do Baldo era o clone do famoso clube espanhol


“Real Madrid: um pega camisa que se torna celébre.” Eis o título da reportagem da Tribuna do Norte (sábado, 30/1/71), autoria do falecido Abmael Morais.

A origem precisa: Vila Lustosa. Treinador: Pedro Teixeira da Silva, o Quarenta. Empresário: o repórter policial Elitiel Bezerra, o Pepe dos Santos.

Desfilavam com o time amador nos amistoso pelas cidades interioranas os craques de então: Véscio, Bagadão, Assis, Pedrinho, Dão, Marinho, Maia...

O clube da Cidade Alta surge no começo dos anos 60. Na esteira da ascensão do homônimo conhecido como Merengue – pelo uniforme totalmente branco – da capital espanhola.

A agremiação européia tinha entre as fileiras os maiores craques da época: do argentino Alfredo Di Stefano ao húngaro Ferenc Puskas.

O player sul-americano, revelado pelo River Plate (Buenos Aires) fora contratado aos Milionários de Bogotá (Colômbia). O magiar sai do Honved para fugir do comunismo no leste europeu.

Um dos primeiros jogos do “esquadrão” resulta em vitória sobre o Botafogo do Alecrim. 4 a 1. No campo do Marista (domingo, 18/6/61).

Após o “pai” conquistar o bi mundial sobre o Peñarol de Montevidéu, capital uruguaia. Em setembro (domingo, 3) retribui visita ao representante do município de Monte Alegre.

E bem depois, na primeira semana de novembro/64 faz exibição em Currais Novos. Com transmissão da Rádio Brejuí.

A delegação comandada pelo presidente Maurício Sena viaja em ônibus especial. Entre os relacionados Bazinho e Carlos Jorge.