Consulta

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O xará do “professor” e pesquisador Everaldo Lopes Cardoso


Desde o começo do segundo semestre de 2016 e mais efetivamente a partir de janeiro do ano seguinte tenho dedicado quase todo o tempo que disponho a pesquisar sobre futebol com o objetivo de publicar, em um primeiro momento, três livros sobre o assunto.

Pelo menos duas pesquisas alternadas, e praticamente finalizadas, têm como alvos uma personalidade do esporte e um clube, recorrentes nas reportagens e notas que o jornalista Everaldo Lopes Cardoso publicou nos jornais Diário de Natal e Tribuna do Norte.

Devo explicar com justiça que ele dá o mote e procurei aprofundar detalhes, contingências e contextos dos dois assuntos, inclusive com dados e informações não esmiuçadas pelo experiente repórter e comentarista de longa carreira, testemunha presencial de uma época.

O incrível é que encontrei nas pesquisas o nome de um famoso, para época, xará do desaparecido pernambucano de nascimento e potiguar por adoção. Trata-se do jornalista e radialista carioca Everaldo Lopes – ou ‘Everardo’ em fonte diversa.

A primeira vez que li sobre o nome do profissional do Rio de Janeiro foi no jornal católico potiguar A Ordem, quando da passagem do Vasco da Gama pelo Aeroporto Internacional Augusto Severo, do então distrito de Parnamirim, que fazia parte do território da capital do RN.

Corria o ano de 47 e o elenco vascaíno dirigia-se para excursão no exterior e o repórter esportivo do jornal natalense procurou saber dos profissionais de imprensa que seguiam com a delegação pormenores da estadia de dois jogadores ainda amadores norte-rio-grandenses recentemente transferidos para a então capital federal.

Entre os representantes dos jornais e emissoras cariocas estavam Antonio Cordeiro (Nacional), Mário Provenzano (Tamoio) e Everaldo Lopes, sendo que este participara da delegação do selecionado nacional que participa da primeira Copa da França (1938).

Lopes entrara para o Jornal dos Sports como subsecretário de redação em 11 de outubro de 1931 e logo assume a secretaria com o deslocamento do superior para o quadro de redatores (“O Jornal dos Sports do Meu Tempo”, Waldemar Costa, Introdução, 3/5/2016).

O Lopes do Sudeste esteve como comentarista da extinta Rádio Mayrink Veiga, a PRA-9 de prefixo, com Oduvaldo Cozzi narrando, na trágica final do Mundial de 50. Falece em 13/10/65.

A reclamação do jornalista Everaldo Lopes Cardoso


O “professor” era um repórter nato.  A revista Placar, na edição de 25 de maio de 1987 (886), na seção “Cartas”, publica um puxão de orelha do jornalista: - Por que a Placar não abomina de uma vez por todas a expressão “divisões inferiores”? Melhor – e mais estimulante para a garotada – seria chamá-las de “divisões de base”.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A primeira passagem de Everaldo Lopes pela "Tribuna do Norte"


1947. Circulavam na capital potiguar três jornais. Todos vespertinos.

O “Diário de Natal”, surgido oito anos e já incorporado a cadeia de mídia Associada, fundada pelo jornalista paraibano de Umbuzeiro, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

“A República”, fundada em julho de 1889, pelo médico e político Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, que, com a queda da Monarquia, acabou no poder da província do Império transformado em estado como o novo regime.

E “A Ordem”, criado em julho de 35, pertencente ao Centro de Imprensa, ligado a Igreja Católica. A edição 3.586 (terça-feira, 9/12) noticia a chegada na cidade do jornalista carioca Carlos Lacerda, o achado de um diamante de 18 quilates em Goiás, o incêndio e queda de avião da FAB no Estado do Rio.

Além de outros assuntos, inclusive militares, e uma greve geral no Chile, a capa do impresso fundado pelo professor Ulisses Celestino de Góis dá espaço para informar sobre solenidade do encerramento do ano escolar no Teatro Carlos Gomes, atual “Alberto Maranhão”, com a presença do governador Sílvio Piza Pedrosa.

Mais abaixo, sob o título em duas colunas, “Bacharelandos do Ginásio 7 de Setembro”, a lista com os 28 estudantes concluintes, que iriam receber diplomas ou certificados na noite seguinte no auditório do estabelecimento particular de ensino, tendo como paraninfo o professor José Saturnino de Paiva.

São oito alunas. Entre os alunos Amauri Sampaio Marinho, depois bacharel em Direito, professou universitário, advogou para o industrial húngaro Imre Fried, dono da Movelaria Globo, e chegou a presidente do Conselho Deliberativo do clube homônimo que substituiu o América entre 60/64 no campeonato estadual de futebol.

E Everaldo Lopes Cardoso. Muitos crêem que ele surgiu na crônica esportiva na Rádio Poti, a “Pioneira”, implantada no começo da década de 40 como a Rádio Educadora de Natal, do famoso acrônimo REN.

O ex-juvenil americano e muito depois aposentado como funcionário da Previdência Social, começa na verdade no diário matutino “Tribuna do Norte”, fundado no meio do ano de 1950 pelo então deputado federal Aluizio Alves, tendo como um dos cotistas acionário o futuro governador Dinarte de Medeiros Mariz.

Na edição da quarta-feira, 24/2/57, com a coluna “Sal...picos”, Everaldo já demonstra a perspicácia do repórter que perdura por quase seis décadas.

Em 30 de junho do mesmo ano faz parte da equipe que publica edição especial da TN em homenagem ao aniversário de fundação do ABC. Está ao lado de Vicente Farache Neto, José Ubirajara Macedo, Jaime Vanderlei e Klaus Nóbrega.

Na quarta-feira, 3 de julho, publica o artigo assinado “Quem descerá?”. Sobre o rebaixamento de um clube no campeonato citadino.

Em 1958 ingressa no “Diário” e na bagagem leva o título da coluna que criara na “Tribuna”, conforme a edição da sexta-feira, 17 de outubro, no Associado.

A esta altura também atua na “Poti”, com o programa "Instantâneos Esportivos". Em 16 de agosto de 1960 assina a coluna “Galho de Urtiga”, no Diário, com o mesmo já diferenciado estilo de três anos antes.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Percentual positivo para governo do presidente Bolsonaro é igual ao número de eleitores que o elegeu


Enquanto a grande e tradicional imprensa da Região Sudeste torce de má vontade e colocando o carro na frente dos bois, critica o número de 20 ministérios a ser composto, na totalidade até o final de dezembro – e bem menor aos 49 da era Dilma Roussef, a maioria da população dá crédito.
Na contramão dos conglomerados de mídia – revista, jornal e televisão - a expectativa dos brasileiros em relação ao próximo governo é positiva para 57% dos entrevistados da  primeira pesquisa mensal sobre aprovação do governo e do Congresso divulgada na terça, 27/11, pela XP Investimentos.
Para 38% das pessoas o eleito presidente da República, Jair Messiais Bolsonaro, do Partido Social Liberal, fará um governo regular (18%) e péssimo (20%).
Com relação à montagem da futura equipe, principalmente no primeiro escalão, 63% dos entrevistados disseram aprová-la contra 26% que a desaprovam.
A consultoria, em parceria com o Ipespe, entrevistou 1.000 pessoas por telefone entre os dias 21 e 23 de novembro das cinco Regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Pesquisa ainda demonstra que 56% dos entrevistados acreditam que a corrupção vai diminuir (38%) ou diminuir muito (18%) nos próximos seis meses.
Os menos otimistas com o combate à corrupção, encarnado no futuro ministro Sérgio Moro, acham que o nível de corrupção do País vai continuar como está (23%), enquanto 9% acreditam que vai aumentar ou aumentar muito (8%).

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O terceiro ‘estrangeiro’ subirá a rampa do Planalto


Pela terceira vez consecutiva um descendente de nacionalidade estrangeira será empossado na presidência da República.

A constatação leva apenas em consideração os ocupantes do cargo pós Fernando Collor de Melo (o primeiro eleito pelo voto direto), Itamar Galtiero Franco (assume com o impedimento do primeiro) e Fernando Henrique Cardoso, eleito e reeleito.

A tendência é que o líder de todas as pesquisas eleitorais, no primeiro e segundo turno, o ítalo-brasileiro e deputado federal, o capitão Jair Messias Bolsonaro (Partido Social Liberal) seja o escolhido.

Somente uma carreta carregada de zebras favorecerá o ex-prefeito da capital paulista, o “libanês” e professor universitário Fernando Hadadd, representante do Partido dos Trabalhadores.

O eleito receberá a faixa do descendente de libanês Michel Miguel Elias Temer Lulia, o vice-presidente que alcançou o Poder Executivo nacional com o impedimento da “búlgara” Dilma Alana Rousseff, que, ao contrário dos demais, ocupou a cadeira duas vezes.

O último “português” a ocupar o cargo foi o presidiário e operário aposentado pernambucano Luís Inácio da Silva, o Lula. 5.073.774 brasileiros têm o sobrenome Silva, o mais comum no Brasil e em Portugal, onde teve origem.

A variação “da Silva” ocupa a 22ª colocação, com pouco mais de 1 milhão no Brasil. A origem é a mesma: toponímico (geográfico), deriva do latino silva, que significa “selva” ou “floresta”.

Com a presença dos romanos na Península Ibérica, lusitanos incorporaram Silva ao nome próprio. Séculos depois, grande parte carregava o termo quando chegou ao Brasil, engrossando os números com a abolição da escravatura.

Só para situar o eleitor, durante o regime militar dos cinco presidentes, dois tinham ascendência estrangeira, o “alemão” Ernesto Geisel e o antecessor, general Emílio Garrastazu Médici. E bem antes o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira.


Tática do futebol na política nacional


No começo dos anos 70 a antiga Televisão Tupi exibia o programa esportivo “Ataque e Defesa”, apresentado pelo famoso e falecido comentarista Rui Porto.

No futebol o líbero é o zagueiro central de sobra ou beque de espera. Vem do italiano e significa “livre”. O jogador se posiciona atrás da linha de defesa, controla as brechas e saí para o jogo com a posse de bola.

Portanto o recuo e o avanço é a tática do candidato a presidente Jair Messias Bolsonaro desde que recomeçou a campanha, interrompida com o ataque assassino acontecido no último dia da primeira semana de setembro.

A estratégia deve continuar nesta última semana até a véspera da eleição no segundo turno (domingo, 28/10).

Com 20 pontos de vantagem nas pesquisas a equipe de Bolsonaro (PSL) manterá o candidato “jogando parado”, de acordo com a movimentação do opositor Fernando Haddad (PT).

O cenário mantém a comunicação com o eleitor concentrada em redes sociais, com pouca exposição ao contraditório e o mínimo de saídas de casa, o que garante continuidade da recuperação e a segurança do candidato.

Ainda mais agora com o cancelamento do debate que seria realizado nesta quinta-feira, 21, pela Rede Globo de Televisão.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Editorial do 'Estadão' desmonta reportagem do concorrente


Desespero
Consciente de que será muito difícil reverter à vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT decidiu partir para seu "plano B": fazer campanha para deslegitimar a eventual vitória do oponente, qualificando-a como fraudulenta. É uma especialidade lulopetista.
A ofensiva da tigrada está assentada na acusação segundo a qual a candidatura de Bolsonaro está sendo impulsionada nas redes sociais por organizações que atuam no "subterrâneo da internet", segundo denúncia feita anteontem na tribuna do Senado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que lançou o seu J'accuse de fancaria.
"Eu acuso o senhor (Bolsonaro) de patrocinar fraude nas eleições brasileiras. O senhor é responsável por fraudar esse processo eleitoral manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet através de esquemas de WhatsApp pagos de fora deste país", afirmou Gleisi, que acrescentou: "O senhor está recebendo recursos ilegais, patrocínio estrangeiro ilegal, e terá que responder por isso. (...) Quer ser presidente do Brasil através desse tipo de prática, senhor deputado Jair Bolsonaro?"
Como tudo o que vem do PT, nada disso é casual. A narrativa da "fraude eleitoral" se junta ao esforço petista para que o partido se apresente ao eleitorado - e, mais do que isso, à História - como o único que defendeu a democracia e resistiu à escalada autoritária supostamente representada pela possível eleição de Bolsonaro.
Esse "plano B" foi lançado a partir do momento em que ficou claro que a patranha lulopetista da tal "frente democrática" contra Bolsonaro não enganou ninguém. Afinal, como é que uma frente política pode ser democrática tendo à testa o PT, partido que pretendia eternizar-se no poder por meio da corrupção e da demagogia? Como é que os petistas imaginavam ser possível atrair apoio de outros partidos uma vez que o PT jamais aceitou alianças nas quais Lula da Silva não ditasse os termos, submetendo os parceiros às pretensões hegemônicas do demiurgo que hoje cumpre pena em Curitiba por corrupção?
Assim, a própria ideia de formação de uma "frente democrática" é, em si, uma farsa lulopetista, destinada a dar ao partido a imagem de vanguarda da luta pela liberdade contra a "ditadura" - nada mais, nada menos - de Jair Bolsonaro. Tudo isso para tentar fazer os eleitores esquecerem que o PT foi o principal responsável pela brutal crise política, econômica e moral que o País ora atravessa - e da qual, nunca é demais dizer, a candidatura Bolsonaro é um dos frutos. Como os eleitores não esqueceram, conforme atestam as pesquisas de intenção de voto que expressam o profundo antipetismo por trás do apoio a Bolsonaro, o PT deflagrou as denúncias de fraude contra o adversário.
O preposto de Lula da Silva na campanha, o candidato Fernando Haddad, chegou até mesmo a mencionar a hipótese de "impugnação" da chapa de Bolsonaro por, segundo ele, promover "essa campanha de difamação tentando fraudar a eleição".
Mais uma vez, o PT pretende manter o País refém de suas manobras ao lançar dúvidas sobre o processo eleitoral, assim como já havia feito quando testou os limites legais e a paciência do eleitorado ao sustentar a candidatura de Lula da Silva. É bom lembrar que, até bem pouco tempo atrás, o partido denunciava, inclusive no exterior, que "eleição sem Lula é fraude".
Tudo isso reafirma, como se ainda fosse necessário, a natureza profundamente autoritária de um partido que não admite oposição, pois se julga dono da verdade e exclusivo intérprete das demandas populares. O clima eleitoral já não é dos melhores, e o PT ainda quer aprofundar essa atmosfera de rancor e medo ao lançar dúvidas sobre a lisura do pleito e da possível vitória de seu oponente.
Nenhuma surpresa: afinal, o PT sempre se fortaleceu na discórdia, sem jamais reconhecer a legitimidade dos oponentes - prepotência que se manifesta agora na presunção de que milhões de eleitores incautos só votaram no adversário do PT porque, ora vejam, foram manipulados fraudulentamente pelo "subterrâneo da internet".


quinta-feira, 18 de outubro de 2018

"A maior humilhação da história da mídia"


Ivo Faria – Jornal Expresso
O cara num estúdio improvisado consegue fazer ‘lives’ para 250 mil pessoas filmadas de um celular 4G e tem audiência maior que muitos canais de TV. Bolsonaro, com uma campanha sem dinheiro, vai se eleger presidente. A Dilma gastou 1,5 bilhão e perdeu a eleição em Minas para o senado.
Não é só isso. Toda mídia contra. Fizeram de tudo para o derrotar. Punham o Lula nas pesquisas até quando deu. Mentiram que o Lula tinha 44%. Quando por força de lei excluíram o Lula puseram a Marina empatada com ele. Depois disseram que todos ganhariam dele no segundo turno. E foram inventando mentiras e mais mentiras.
De repente artistas inconformados fizeram um movimento “Ele não”, mas de nada adiantou, pois, agora Bolsonaro vence entre as mulheres. Não deram vaga para ele num grande partido, somente o desconhecido PSL 17 ofereceu oportunidade.
Fez seu partido saltar de oito para 52 deputados, sendo que, muitos deles, com votação acima de milhão. Candidatos ao governo fugiam dele, agora são 15 governadores declarados ao seu lado. Ele se limita a agradecer, não vai pedir votos a nenhum deles.
Tudo o que ele fala a mídia distorce. Agora o Haddad vem toda segunda visitar o Lula na cadeia, mas a matéria é “Haddad vem a Curitiba visitar Lula”. O chamam de burro, grosseiro, fascista, nazista, racista e muitas outras coisas. Não o aceitam.
Agora imaginem quando o Bolsonaro estiver subindo a rampa presidencial com a faixa no peito. Quando ele chorar ao ouvir o Hino Nacional. Ah, aí esse pessoal vai se desesperar, porque tudo que fizeram não deu certo.
Se você estiver vivo para ver isso conte essa história para seus filhos e netos. O dia em que a grande mídia, o dia em que os grandes grupos de comunicação, o dia em que os grandes políticos se curvaram para um soldado do exército brasileiro.
E esse soldado só chegou lá porque você acreditou nele. Porque você compartilhou informações, porque você fez campanha. A vitória do Bolsonaro é a nossa vitória!


terça-feira, 9 de outubro de 2018

Site 'Agora' monta parque gráfico na Zona Oeste


Depois de completar o número 400 da versão impressa o grupo de mídia capitaneado pelo site “Agora” acaba de adquirir uma impressora offset, comprada na cidade de Bauru, no interior paulista.

A máquina rotativa está sendo montada em um galpão localizado na Avenida dos Caicós (antiga Sete), no bairro de Nazaré. Próximo ao terminal rodoviário da Cidade da Esperança (Zona Oeste).

O gráfico José Meira é o responsável pela montagem do equipamento, com capacidade para rodar entre dez e 15 mil exemplares diariamente e em poucas horas.

Atualmente a redação fica no centro da cidade, mas poderá ser deslocada, por economia do aluguel, para instalações do prédio de dois pavimentos nos fundos do parque gráfico.

O “Agora”, atualmente, é impresso em gráfica local depois usar o serviço de uma empresa de João Pessoa, capital paraibana.

Antes de comprar impressora e deixar de terceirizar a impressão, o manager do “Agora”, jornalista Alex Viana, tentou viabilizar a máquina do desativado diário vespertino “O Jornal de Hoje”.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

O capitão é o marqueteiro dele mesmo


José Vanilson Julião
Jornalista

Ao longo das últimas semanas que antecederam ao pleito eleitoral o blog copilou e publicou quatro artigos ou comentários que procuram explicar o fenômeno espontâneo e de liderança em todas as pesquisas e aceitação popular do candidato a presidente Jair Messias Bolsonaro, o deputado federal, capitão reformado do Exército, paulista, filho de italianos.

Uma das preocupações é entender o marketing do candidato. A palavra inglesa, ao pé da letra, significa comercialização. Na área de propaganda ou publicidade, pode ser transfigurada em um processo mais complexo e com variáveis destinadas para o sucesso de um produto industrial ou serviço específico ao consumidor médio. O objeto final é compra e venda.

É mais ou menos o que fazem os marqueteiros políticos e agencias especializada. Com bens reais ou políticos. Neste caso transformam tristes figuras em cavaleiros errantes.

J. M. Bolsonaro foi e é o marqueteiro dele mesmo, pois soube captar os anseios de boa parte da sociedade. Principalmente durante o combate parlamentar contra as impopulares pautas esquerdistas.

Propositalmente ou sem perceber, criou o principal slogan da campanha: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.” Lema que casa com o colorido da Bandeira Nacional.
E o mais interessante: o apelido “mito”, gerado espontaneamente entre os simpatizantes, foi incorporada a campanha. O cognome surgiu de dentro do eleitorado jovem.

Também do eleitorado recebe o bordão que circula na internet e nas aglomerações: - É melhor já ir se acostumando... um trocadilho com o nome do candidato representante da direita nacional.

Além disso, ganha vinhetas ou musicas de artistas populares. Uma delas, de um venezuelano, narra “o mito chegou...”


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Ida de Bolsonaro ao 'Ratinho' esvazia debate da Globo


O veterano jornalista catarinense radicado na capital gaúcha Porto Alegre, Políbio Braga, revela em seu blog que roda na rede a informação de que o candidato a presidente, Jair Messias Bolsonaro, não comparecia ao último debate político na TV Globo.

Segundo o conceituado comentarista, na noite da quarta-feira o líder de todas as pesquisas seria entrevistado no Programa do Ratinho, no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), do grupo Sílvio Santos. Mas o comparecimento do “mito”, em uma ou outra emissora, depende de parecer médico.

A coordenação da campanha Bolsonaro não fala sobre o assunto. Entretanto a batida do martelo esvaziará o debate “global”. Uma jogada de mestre. Até para a audiência da concorrente.

sábado, 29 de setembro de 2018

Editorial de jornal paulista diz o que o petismo pretende

"Um regime autoritário pode se instalar da maneira clássica, por meio de um golpe, ou como resultado de um paulatino processo de captura do poder por um determinado grupo político, que assegura sua hegemonia a partir do aparelhamento do Estado. De um modo ou de outro, o resultado é sempre o mesmo: a submissão do Estado - e da Nação - aos interesses de quem o controla, o exato oposto de uma democracia. É precisamente isso o que o PT tentará fazer se esse partido conseguir vencer a eleição presidencial.
Para os que ainda concedem ao PT o benefício da dúvida, enxergando naquele partido credenciais democráticas que a sigla há muito perdeu - se é que um dia as teve -, recomenda-se a leitura de uma entrevista que o “companheiro” José Dirceu deu ao jornal El País.
Na entrevista, o jornal pergunta ao ex-ministro, deputado cassado e réu triplamente condenado se ele acredita na possibilidade de que o PT seja impedido de assumir a Presidência caso vença a eleição - ou seja, se pode haver um golpe. José Dirceu considera essa hipótese “improvável”, pois significaria colocar o Brasil na rota do “desastre total”, uma vez que “na comunidade internacional isso não vai ser aceito”. Mas então Dirceu, condenado a mais de 33 anos de prisão por corrupção no âmbito da Lava Jato, deixa claro que, para o PT, as eleições, afinal, são apenas uma etapa na tomada do poder. “Dentro do país é uma questão de tempo para a gente tomar o poder. Aí nos vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, explicou o ex-ministro.
Não é preciso grande esforço para perceber o projeto antidemocrático petista nessas poucas palavras. Quando diz que “tomar o poder” é diferente de “ganhar uma eleição”, significa que o poder pode ser conquistado e consolidado à margem ou mesmo a despeito do natural processo democrático - que, justamente, tem como um de seus fundamentos a alternância de governantes, para evitar a cristalização de um determinado grupo político-partidário na máquina estatal.
Ao afirmar que é apenas uma “questão de tempo” para que o PT efetivamente tome o poder, Dirceu dá a entender que esse processo já está em curso. Pode-se dizer que os esquemas arquitetados pelo PT e seus associados para corromper o Congresso eram parte da estratégia, e só não foram mais longe porque houve um acidente de percurso - a Operação Lava Jato.
Mas há um aspecto menos escandaloso e mais insidioso nessa ofensiva do PT, que é a construção, passo a passo, da hegemonia do pensamento e da ação petistas em diversos setores da sociedade - e, para que essa estratégia insinuada por Dirceu seja bem-sucedida, é preciso contaminar de petismo também as instituições sobre as quais repousa a tarefa de garantir a democracia. Foi exatamente o que o chavismo fez na Venezuela, não à toa um modelo de “democracia” para os petistas.
Em resolução publicada depois do impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o PT lamentou não ter se concentrado na “construção de uma força política, social e cultural capaz de dirigir e transformar o País”, o que incluía a reforma do Estado para se contrapor ao que chamou de “sabotagem conservadora”, e disse ter falhado ao não “promover oficiais (das Forças Armadas) com compromisso democrático e nacionalista” - isto é, militares alinhados ao PT.
Mas, como constatou Dirceu, nem o impeachment de Dilma nem a prisão do máximo líder da camarilha petista, Lula da Silva, interromperam o empreendimento autoritário do partido. Ao contrário: a autorização dada ontem pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que Lula possa dar entrevistas na cadeia mostra o quanto as instituições basilares da democracia continuam permeáveis ao lulopetismo.
Para permitir que Lula, encarcerado por corrupção e lavagem de dinheiro, dê declarações com potencial para influir na disputa presidencial, tumultuando um processo já bastante confuso, Lewandowski invocou a “liberdade de imprensa”. Ou seja, recorre-se a um dos princípios mais caros aos regimes democráticos para garantir a Lula um privilégio - situação por si só incompatível com uma democracia, mas muito coerente com a “tomada de poder” pelo PT."

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Quarta análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro


Flauberto Wagner de Farias Fonseca

Não sei se é desespero, falta de respeito e até de medo da oposição que tem tudo custo feito o seu discurso vencido e carregado de ranço, mas acho que é chegada à hora de pararem com uso de subterfúgios e de meios escusos de tentarem desconstruir a candidatura de Bolsonaro, pois não suportamos mais tamanha agressividade e busca incessante de matérias jornalísticas e de outros assuntos já vencidos pelo tempo. Outra coisa, que já não suportamos mais é guerrilha das contra informações revistadas de mentiras e malícias tendo como pano de fundo a candidatura dele.
Não tem cabimento que a nós eleitores que por nossa livre vontade apontamos o nosso mais latente desejo de colocamos e termos uma cara nova e com pensamentos que nos fazer crer que é possível renovar e inovar, nos seja imputado através dos mais variadas meios nada ortodoxos, tendo o “medo” com características de coação e montado em cima de assombros e ameaças veladas que o eleitor brasileiro não pode mudar e muitos menos contrariar os interesses daqueles que há muito nos conduz sob os seus grilhões e por assim fazem e não querem que nada se faça diferente em detrimento aos seus engenhosos e pseudos direitos de domínio total do poder público, seja ele qualquer ente da federação.
É patente que os coronéis sem galões e porta baionetas, queiram a toda custa ser manterem de posse do poder, mesmo lhe custem descerem a até a sarjeta do submundo da difamação e do uso de expedientes chulos e baixos para preservarem os seus sistemas usurpadores do erário público, muitas das vezes praticando entre si o canibalismo político.
É notório que eles querem que o nosso povo seja manejado como uma boiada a caminho do abatedouro, pois só assim vão continuar prática da submissão e da distribuição da esmola como ação de governo e em contrapartida a dação de nossas riquezas edificadas com o nosso suor para uma gama de parasitas encostadas na máquina pública, outrora muito bem batizada de “viúva”.
É chegada à hora de mudar o país, ou se mudar do país, mas prefiro ficar aqui e lutar com a única arma que tenho que é o voto para mudar os políticos tradicionais em todas as esferas, e buscar as melhores condições para o nosso povo sofrido e iludido, sempre tratados com compromissas futuras que em lhe confiando o voto as coisas vão acontecer, portanto, ratifico aqui que para mudar a minha opção por aquele que mostra que o caminho e é o caminho...


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A poderosa máquina do cinema e do chocolate


Assim que vi um vídeo e depois uma fotografia na rede logo a identifiquei. Mesmo sem ser especialista em armamento.

A machine estava assentada, em posição de ataque, num carro da quadrilha que tentou assaltar um avião de transportes de valores na manhã da quarta-feira (26/9) em Salgueiro, no sertão de Pernambuco.

A arma tem poder de fogo para derrubar avião, helicóptero e furar blindagens de carro-forte. Trata-se de uma metralhadora Browning ponto 50.

Na semana anterior uma metralhadora do mesmo modelo foi apreendida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ela estava sendo negociada por R$ 200 mil para traficantes de uma comunidade da capital carioca.

O caso arremeteu a minha memória para os filmes ambientados na Segunda Guerra. Pois a Browning foi usada pelos americanos nos combates pela Europa contra o exército alemão.

A famosa metralhadora era o equipamento dos soldadinhos verdes que vinham de brindes nos frascos de vidro do não menos famoso chocolate Toddy, um produto alimentício introduzido no Brasil por meio de extensa campanha publicitária.

A metralhadora foi criada pelo inventor e projetista John Moses Browning (1855 – 1926) no final da Primeira Guerra. Foi usada na Guerra da Coréia (Ásia) e no Vietnam (sudeste asiático).

O perigo da 'venezualição' do país continental


O site “O Antagonista” (25/9) reproduz parte de artigo do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM/BA) publicado no jornal diário A Tarde (Salvador). Leia o trecho:

- Tão grave quanto calar-se diante da crise humanitária causada pelo socialismo bolivariano no país vizinho é ignorar a ameaça que nos ronda diante da possibilidade de uma eleição movida pelo ódio trazer de volta a face brasileira dessa mesma tragédia.
Movidos pelo populismo mais rasteiro, por uma fraude eleitoral praticada à luz do dia e pela incitação a um messianismo político de fazer corar o mais imoral dos estrategistas, o projeto de poder do PT assombra as bases de nossa democracia.
Para eles não é o futuro Brasil que está em jogo. É o revanchismo de um partido que se nega a reconhecer a culpa pela maior crise econômica de nossa história. Que se nega a admitir a cumplicidade diante da fome e da miséria provocada por sua ideologia.
O partido que mandou às favas qualquer resquício de dignidade política ao guiar-se em função de um culto personalista em plena democracia liberal do Século XXI.
É preciso sair de cima do muro do politicamente correto e se posicionar de forma firme em defesa dos valores humanistas que forjaram este e os demais países ocidentais. Não mais temer a histeria esquerdista ao se levantar em defesa da família, das instituições e da moral cristã que é a base de nossa sociedade.
Não se enganem: esta é uma luta por liberdade. Qualquer neutralidade neste momento faz parte da mesma fórmula da indiferença que faz ditaduras ser perenes. A Venezuela não pode, não deve e não será aqui.



quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Terceira análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro

Cibele Martins
A campanha de Bolsonaro é única, um fenômeno sem precedentes na história brasileira. Como uma campanha sem um único comitê central, sem marketeiro, sem material de divulgação, sem identidade visual definida e sem dinheiro consegue liderar com folgas a corrida presidencial?
O que aconteceu no último fim de semana ao redor do país, com carreatas e comícios organizados espontaneamente pelo povo e por alguns candidatos sem grande expressividade, é simplesmente impressionante. Pela primeira vez na história é o povo que está conduzindo o candidato ao poder. Não existe uma determinação partidária que indique as ações e manipule os militantes, mas apenas uma proposta, um pacto que une a todos (candidato e eleitores).
Desconheço um fenômeno tão claramente popular e tão descentralizado. Nunca um candidato representou tão bem os seus eleitores e nunca os eleitores foram tão decisivos para a vitória do candidato.
Se ainda existisse Jornalismo no Brasil, essa seria a pauta mais explorada durante as eleições.

Segunda análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro


Roberto Schwartz

Estamos presenciando um fenômeno eleitoral no Brasil. Quer você goste ou não da pessoa que está no epicentro deste furacão, o fato é incontestável!
Acompanhamos atônito, um candidato a presidente sendo recebido e ovacionado por multidões eufóricas em qualquer lugar deste país que ele chegue. E o mais incrível é o coro quase unânime e uníssono:

“Eu vim de graça”!

O cara não precisa fazer esforço nem gastos para arrebanhar multidões frenéticas em busca de uns “selfie” ou somente para demostrar sua disposição de votar nele.
Aí, vem o mais inacreditável ainda: Tudo isso, e muito mais, ocorrendo contra todo um sistema político e ideológico que vem comandando o Brasil há cerca de trinta anos!
Autoridades políticas rançosas e bolorentas, grande mídia encaixada no esquema, intelectuais e artistas adeptos e parasitas de verbas públicas, Universidades aparelhadas que não estão lá para ensinar e dialogar com as diversidades de ideias e sim para impor somente as suas…
Toda esta máquina enferrujada e cheia de corrupção, burocracia e fome de poder, com todos seus recursos lícitos e ilícitos, tentando, pelo menos, frear a ascensão do seu único concreto adversário.
Uns embasbacados, outros incrédulos, muitos irados, todos perplexos com a total impotência de seus ardis e ataques orquestrados contra um só homem, um reles deputado federal sem expressão nacional pregressa e sem apoio ou conluios espúrios com o “sistema”!
Será mesmo? Ele é tão perfeito assim? O que este homem tem de extraordinário e anormal?
A resposta é simples e clara: Nada!
E é exatamente este seu cacife. Ele é uma pessoa comum, com seus defeitos que cada um de nós carrega; com sua vontade de ver um país com menos corrupção, menos “esculhambação”, menos desinformação e menos bombardeamento da família etc.
O que seus adversários ainda não entenderam é que a questão não é o Bolsonaro; o problema é com eles!
O povo não está votando propriamente no Bolsonaro. O povo está “desvotando”, isto é, rejeitando, repugnando (no cearês: “Ripunando”) os demais!
Não é questão de escolher o mais culto, o mais “preparado”, o mais isso ou mais aquilo… É repulsa mesmo!
Contra o Sistema corrupto, apátrida e diabólico que nos encharca e causa náuseas.
O brasileiro não escolheu Bolsonaro; ele simplesmente está no lugar certo e no momento exato.
A maioria, mesmo inconscientemente, está votando em si mesmo.
Apenas se achegou a um porta-voz que ia passando e dizendo muito daquilo que você e eu queríamos dizer. Aquilo que estava engasgado há tempos.
Grande parte do Brasil está vomitando sobre os candidatos do Sistema todo o nojo desta classe política que nos deixou enojados de mentira, roubalheira, insegurança e medo.
E quanto mais bate no “porta-voz”, mais batem na honra de quem quer falar e reclamar pela boca dele. Colocam dez notícias pejorativas por hora contra ele, mas ao mesmo tempo, cada notícia de corrupção; cada vídeo de um assalto; cada latrocínio; cada dinheiro na cueca; cada escárnio contra a fé; cada doutrinação de imoralidade infantil; cada nome de blasfêmia… Torna-se uma propaganda gratuita deste perseguido “Porta-voz”!
Dizem que se conselho fosse bom não se dava, se vendia. Então vou vender um, “fiado”, pros políticos do Sistema: Deixem de bater no povo através do seu Porta-voz. Tentem se reinventar; a maioria já está enfastiada desta mesma conversa fiada que vocês estão oferecendo.
O brasileiro já desistiu de um inexistente “salvador da pátria”. Está resolvendo salvá-la numa união popular poderosa e voluntariosa jamais vista em nossa história!
Se “todo poder emana do povo”, basta só mais alguns acordarem pra esta união. Hoje está se entendendo a força que o povo tem. Sem comando de nenhum populista aproveitador, mas aproveitando-se de um ser “normal” que resolveu dar a cara à tapa… E a boca ao povo!”


domingo, 23 de setembro de 2018

Alecrim soma seis pontos e lidera grupo na Segunda Divisão potiguar


Alecrim 1 – 0 Cruzeiro
Data: domingo, 23/9
Competição: Segunda Divisão
Estádio: Maria Lamas Farache
Cidade: Natal/RN
Árbitro: Suelson Diógenes de França Medeiros/RN
Gol: Paul 39/2
Alecrim: Geison, Richardson, Fabiano, Nego Potiguar (Madson), Ramon Gabriel, Edson Fernandes, Paul, Ronaldo, Igor Potiguar (Joas), Clayton (Anderson) e Juninho. Treinador: João Paulo
Cruzeiro: Damião, Cosme, Pedro, Rafael, Felipe, Fernando, Everaldo, Albert, Chapinha, André e Erick (Jeferson). Treinador: Sérgio Maria
No elenco ‘estrelado’ macaibense os gêmeos Cosme e Damião. O jogo começa com 18 minutos de atraso devido problema no policiamento. O repórter Helio Lopes (Satélite FM) entrevista o torcedor José Vicente, 64 anos, que veio de Recife assistir: "Sou Alecrim, Ibis e Sport (pela ordem) e sou simpatizante há 40 anos, quando visitei a antiga sede”. No estádio o coronel Sebastião Saraiva, ex-presidente.

sábado, 1 de setembro de 2018

Uma análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro

Por Walter Lirola Junior

O pré-candidato Jair Messias Bolsonaro pode ser perfeitamente definido como um fenômeno político extraordinário. Aclamado como mito por milhões de eleitores, o deputado tem sido alvo de críticas de 10 em cada dez veículos de comunicação e formadores de opinião. Jornalistas, artistas e políticos se desdobram para construir narrativas e críticas contra o parlamentar. Diante da dificuldade em apontar defeitos ou ilações, acabam apelando justamente contra suas qualidades.
Neste momento da corrida eleitoral, é perfeitamente cabível afirmar que o candidato, que desponta como favorito para as eleições de 2018, é o único candidato que se fez sozinho e sem contar com a estrutura de grandes partidos ou o apoio de grupos empresariais.
O que deixa seus rivais ainda mais enfurecidos é que Bolsonaro não tem nem marqueteiro, patrocinador ou militância de partido. O deputado é recebido por multidões em praticamente todos as regiões do país e saudado por milhares de pessoas, em manifestações genuínas e espontâneas de apoio à sua candidatura.
Tecnicamente, Bolsonaro reúne mais condições de governar o país que a maioria de seus adversários. Ainda que não fosse este fenômeno de popularidade, o deputado possui experiência na Câmara dos Deputados, está familiarizado com os problemas do país e possui boas relações com a maioria dos colegas. Aos 62 anos, o militar da reserva cumpre seu sexto mandato na Câmara dos Deputados sem ter enfrentado nenhuma denúncia de envolvimento em esquemas de corrupção ou recebimento de vantagens indevidas.
Seu histórico como parlamentar representa uma grande vantagem competitiva frente aos demais adversários. Bolsonaro é um bicho do Congresso e fala a mesma língua de seus pares, ao contrário dos alienígenas fabricados pela imprensa e por grupos econômicos que costuma descer de pára-quedas a cada eleição presidencial. Para governar um país como o Brasil, é mais recomendável que o candidato tenha experiência política do que popularidade. Bolsonaro reúne estas duas qualidades.
O pré-candidato costuma ser desafiado por jornalistas sobre seus conhecimentos sobre economia, como se os demais concorrentes fossem verdadeiros especialistas na área. Bolsonaro devolve e pergunta se ele precisa ser também o senhor da saúde, da educação e agricultura. Na verdade, um candidato precisa conhecer os problemas do país em linhas gerais e saber escolher os ministros responsáveis por cada área. É assim que funciona com os demais pré-candidatos, mas quando se trata de Bolsonaro, a imprensa sempre tenta exigir um pouco mais. Todos sabem que o "mito" pode convocar não apenas um ministro para cada pasta, como também uma equipe inteira de especialistas familiarizados com as questões mais urgentes para o país. Cabe ao presidente e sua equipe apontar as diretrizes, com base nas circunstâncias e desafios de cada área.
Sob o ponto de vista político, Bolsonaro é muito melhor qualificado que a maioria de seus adversários. Praticamente todos eles estão distantes de Brasília fazendo campanhas, enquanto Bolsonaro está lá há mais de 20 anos fazendo política e convivendo intensamente com os problemas reais do país. Sabe quem é quem no Congresso.
Esta peculiaridade é pouco observada pela população na hora de escolher seu candidato. A experiência com o presidente Michel Temer é um bom exemplo da importância da vivência política intensa como requisito fundamental para um bom governo. Apesar de suas baixos índices de popularidade, Temer conhece cada parlamentar pelo nome, sobrenome e histórico de vida. Esta característica o tem ajudado a aprovar medidas importantes para o país. Alienígenas como Collor, FHC, Lula e Dilma não tiveram a mesma facilidade de se comunicar com os bichos do Congresso. Os três últimos precisaram justamente de Temer para aprovar seus projetos de maior visibilidade.
Bolsonaro anda pelas ruas sem segurança, é saudado por muitos e raramente é desafiado por detratores, que temem sua língua afiada e capacidade de responder com extrema rapidez e eficácia as críticas de que é alvo. Mesmo que vez por outra crie polêmicas, costuma ser fiel às suas convicções.
Assim como os demais pré-candidatos, Jair Bolsonaro é um brasileiro apto a disputar a Presidência dentro das regras democráticas em vigor no país. Em um ambiente de civilidade, maturidade e responsabilidade, Bolsonaro merece o respeito de cada brasileiro, sobretudo dos meios de comunicação.
Seria mais proveitoso para todos deixar de enxergá-lo com os olhos do fígado. Como político, Bolsonaro é mais digno de ser candidato que a maioria de seus eventuais adversários. O papel da imprensa neste caso seria prestar mais atenção em suas propostas e permitir que os brasileiros possam tirar suas próprias conclusões. Bolsonaro não é um criminoso condenado.
Por mais que isso não agrade aos políticos, ao sistema viciado e os grupos dominantes que sempre tiveram grande influência no processo sucessório do país, Bolsonaro conseguiu sozinho um feito inédito ao se projetar como um dos favoritos para vencer as eleições de 2018. É um mérito ter conseguido captar o sentimento de boa parte de uma nação. Não se trata de um feito singelo. Bolsonaro teve sensibilidade de perceber que podia representar os anseios de milhões de brasileiros. Sem marqueteiro, sem dinheiro e sem partido. Fez jus ao apelido de "Mito"

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

‘Memória Viva’ com jornalista de Cerro-Corá tem reprise domingo


Apos a repercussão inicial, a entrevista com o repórter há 40 anos, com passagens pelo centenário A República e semanário Dois Pontos – ambos desativados – e com pouco mais de 20 anos na Tribuna do Norte, o jornalista José Valdir Julião, 60, o enfoque da noite desta quinta-feira (30), na estréia de mais uma fase do tradicional programa Memória Viva, da Televisão Universitária (canal cinco), terá reprise domingo, 2 (14h45). Como entrevistadores o também jornalista e irmão J. Vanilson e o ex-deputado estadual, ex-prefeito de Serra de São Bento e advogado Ionas Carvalho de Araújo Filho.
Sem ordem cronológica, falecidos e vivos, entre os entrevistados que passaram pelo prestigiado programa: Dinarte de Medeiros Mariz, Aluízio Alves, José Cortez Pereira de Araújo e Wilma Maria de Faria (governadores), escritor Luis da Câmara Cascudo, músico Oriano de Almeida, professor Paulo Freire, dom Helder Câmara, animador cultural Cornelio Campina, radialista Eli Morais, narrador Januário de Oliveira, futebolista Alberi José Ferreira de Matos e o professor João Bosco Teixeira.
Ainda: compositor Laélio Ferreira de Melo, reitor Belchior de Oliveira Rocha, político Afrânio Amorim, os irmãos Antonio e Franklin Capistrano (políticos), comunista Luis Carlos Prestes, escritor Ormuz Barbalho Simonetti, jornalista Arlindo Freire e a colunista Hilneth Correia, professor Levy Pereira, coronel-engenheiro (FAB) José Jorge de Mendonça, jornalista Osair Vasconcelos e professor Francisco Mariz. Além de Túlio Fernandes, Dalton Melo e Otto de Brito Guerra.
Mais: Vera China (agente de turismo), coronel Cicero Almeida (presidente da Federação de Futebol), cônego José Maria, pianista Arthur Moreira Lima, Francisco de Assis Medeiros (ex-prefeito de Caicó), Manoel Lopes da Silva (distribuidor de periódicos), Roberto Lima (esportista e bugueiro), Sebastião Cunha (fisicultor), médico Jamil Varela, José Tito Junior (educador) e o professor José Guará.
História
Pela cadeira de entrevistador-apresentador passaram os professores Carlos Lira, Tarcisio Gurgel e Nicolau Frederico de Souza. O programa elenca personalidades que marcaram a história do Rio Grande do Norte ou com repercussão nacional.
O “Memória” foi criado na gestão do reitor Diógenes da Cunha Lima no inicio da década de 80, com apoio dos pro - reitores Adilson Gurgel de Castro e Pedro Simões Neto nos primeiros anos.
O programa 400 teve como foco o cantor popular potiguar Gilliard Cordeiro, atualmente radicado na capital paulista, e que foi revelado, criança, no programa de auditório da mesma emissora, no começo da década de 70, apresentado pelo falecido radialista Carlos Alberto de Souza, eleito, sucessivamente, vereador, deputado estadual, federal e senador.
E-Book
Na mesma semana da entrevista áudio-visual o repórter Valdir Julião tem outro depoimento registrado, mas no livro eletrônico “Depoimentos Para Uma História da Imprensa Potiguar” (Coleção Jornalismo Potiguar).
Ao lado de outros profissionais entrevistados para a obra coletiva: os professores Albimar Furtado, Ana Maria Concentino, Cassiano Arruda Câmara, Emanoel Barreto, Graça Pinto, José Zilmar e Maurício Pandolphi e dos ex-editor geral do diário matutino Tribuna do Norte, Carlos Peixoto e Osair Vasconcelos, este também com passagem pelo desativado Diário de Natal, e os jornalistas Gerson de Castro e Tácito Costa.
O prefácio é de Emanoel Barreto. Organização da professora Maria do Socorro Furtado Veloso e do doutorando John Willian Lopes. Edição da “Tribo Máquina”.
O lançamento aconteceu na noite de quarta-feira, 29, no auditório do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do RN, no campus de Lagoa Nova.
O primeiro depoimento
A primeira entrevista de Valdir Julião que repercutiu entre seus pares foi feita pelo jornalista Roberto Homem, na seção “Sem Leriado”, para o site do “Jornal Zona Sul”, dos amigos Edson Benigno e Costa Junior.  A postagem na rede aconteceu na sexta-feira, 11 de outubro de 2013.
O hilariante depoimento, em alguns momentos, com o sugestivo título “O operário da notícia”, pode ser lida, também, no interessante blog “Super Pauta”, especialista em depoimentos de personagens contemporâneos.