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Este homem, Jair Messias Bolsonaro, foi vítima de um complô arquitetado por todas as forças de esquerdas encasteladas no poder político. A cilada foi armada pelo PDT e executada pelo TSE. |
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Falhas do goleiro abecedista Simão (com a camisa do Operário/PR) vem desde o Estadual/Foto: RPC |
O repórter certamente concluiu como favas contadas a derrota do rubro-negro do Centro-oeste para o ABC, pois o alvinegro havia aberto o placar de pênalti aos 38 da etapa complementar.
Em seguida um defensor local é expulso. Dez minutos depois, nos descontos, ocorre o gol visitante e milésimos de segundos adiante o árbitro encerra a partida.
Como é comum, para ganhar tempo e agilizar o processo de fechamento da reportagem, pela internet, o texto é desenvolvido com a passagem dos acontecimentos.
Apesar de anunciar que o Atlético tropeça no lanterna da Série B, esqueceu de modificar o subtítulo e propaga o resultado como a quarta derrota atleticana.
Da mesma forma não se lembrou de consertar o primeiro parágrafo da reportagem sobre o resultado no apagar das luzes.
A "barriga" da mídia da capital goiana é detectada ás 21h9 e permanecia no ar pelo menos até as 4h55 da manhã seguinte.
José Vanilson Julião
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Desembargador Tomaz Salustino |
E, esporadicamente, a emissora de Educação Rural (Caicó), fundada em 1963 e ligada a Igreja Católica.
O locutor da rádio currais-novense, Eliel Bezerra da Câmara (falecido em 2021 na cidade de Jardim do Seridó), enchia o peito de ar e estufava para emitir, com voz mais ou menos estridente:
"Estamos falando direto da cidade Princesa do Seridó", ou para dar mais ênfase a principal atividade econômica do município, "Capital da Xelita".
Lá de Caicó, cujos locutores não lembro bem, pelo explicado anteriormente, para não ficar atrás, com orgulho: "São nove horas na Rainha do Seridó".
E nunca dei importância a esses codinome das principais cidades seridoense em número populacional, financeiro e econômico.
Achava até uma petulância.
Anos depois Cerro Cora me aparece como a "Suíça do Seridó", pelo frio no município, com o fim de promover o turismo.
E Lagoa Nova aparece de uns dois ou três para cá como "capital da Serra de Santana".
Pergunto: - Sobrou alguma coisa para Florânia, São Vicente, Santana do Matos. Tenente Laurentino e Bodó, estes dois últimos os mais novos municípios dos citados?
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O professor Herivaldo Gomes, o "Veto", o quarto em pé, no Ferroviário de Fortaleza em 1967 |
Em reportagem anterior publicamos uma história envolvendo o Garrinsha haitiano e mais dois Garrincha, o carioca e o do Rio Grande do Norte.
Na ocasião é citado um ex-jogador que ensina um cerro-coraense a passar a bola. Como matou-se a cobra tem que se mostrar o pau sobre a partipação dele no futebol cearense.
A confirmação aparece pelo falecimendo de Pelé (no final de dezembro do ano passado) no site "Almanaque do Ferroviário".
Quando publicou um texto remorando um jogo contra o Santos (0 x 5 - 7/11/1967) no Estádio Presidente Vargas.
O blog consulta o "Correio do Ceará", que enaltece o único gol de Pelé, resultado de uma tabelinha com Coutinho, contra o "Tubarão da Barra".
O Peixe voltaria a enfrentar o clube (0 x 0 - 4/8/1968) na comemoração do título estadual invicto.
O que há de interessante no primeiro jogo é a participação de Herivaldo Gomes, o "Veto", aquele mesmo, o professor de Educação Física do Ginásio Ágricola de Currais Novos.
Ferroviário: Miltão (Pedrinho), Veto (Vadinho), Luiz Paes, Gomes, Carlindo (Barbosa), Edmar, Coca-Cola, Ademir, Marcos do Boi (Peu), Facó (Paraíba), e Alísio (Piçarra).
Destaco que "Veto", que chegou a treinar o Potyguar Seridoense, enfrentou o combinado Ceará-Fortaleza (0 x 0 - 5/7/1967) como prepativo para o clube da Baixada Santista.
Na foto: Pedrinho, Gomes, Luiz Paes, Veto, Carlindo, Edmar, Miltão, Marcos do Boi, Facó, Coca-Cola e Alísio.
Veto está no amistoso Ferroviário 1 x 0 Messejana (8/7/1967): Miltão (Edilson José), Veto (Sátiro), Vadinho, Gomes, Gavillan), Roberto Barra-Limpa (Barbosa), Coca-Cola, Edmar, Ivanildo (Edilson), João Carlos (Dunga), Paraíba e Géo (Peu).
Entre os jogadores Carlindo (com passagens pelo Alecrim e América/RN) e Marcos do Boi (pelo Potiguar de Mossoró). Estes no começo dos anos 70.
FONTE/FOTOS
Almanaque do Ferroviário
Jornal da Grande Natal
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O reservatório de oito milhões de metros cúbicos de água, pelo menos diziam antigamente, no centro |
A foto, do outro lado do reservatório de 91 anos (começou a ser construído na seca de 32), mostra o casario da cidade, uma das únicas do Rio Grande do Norte a ter uma reserva hídrica na zona urbana.
O reservatório pode muito bem ser aproveitado como mais uma atração turística do município seridoense, a 190 quilômetros de Natal.
Aliás, Arijório também aproveitou o momento para testar a vara de bambu e pescar algumas piabas. Acredita-se que ele deixou algum peixe de reserva para o próximo ano. Mas há quem diga, Cássia Maria, de que o jacaré abocanhou o anzol...
No meu tempo de menino, além da pescaria com garrafa cheia de farinha, para atrair os peixinhos, os points do açude eram a "ponte" com o sangradouro, o "Catavento" (com a ruína da casinhola), o "Corredor" e a "pedra grande" do outro lado.
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A legenda de fonte impressa primária não inclui o jogador "misterioso" alvo deste artigo inédito |
Com ausência de datas dos jogos e sem placar para
comprovação as mídias replicam a suposta usurpação de cinco competições
dos anos 20 do século passado atribuídas ao ABC.
Essas duvidosas conquistas referem-se a 1920,
21, 23, 25 e 26. Destes dois anos certamente pertencem ao América (20 e 26) e um ao
Centro Esportivo Natalense (21)
Os demais, segundo pesquisadores gabaritados, não houve
campeonato ou torneio. No caso 1923 e o segundo 1925 atribuído ao Alecrim, a
exemplo de 1924.
É neste contexto fantasioso que aparecem uma antiga foto
(1920) com legenda posterior e um elenco (1921) para provocar uma legitimidade
falsa.
Este seria o “onze”: Carqueja e Fuentes (engenheiro civil
que esteve no selecionado da Liga no torneio do Centenário da Independência no
Recife), Waree e Jaime Wanderley, Antídio, Santos e Meira; Uruguai, Netto,
Barreto, Avelino e Pinheiro.
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Francisco Camilo Holanda |
“A UNIÃO” (quinta-feira, 18/10/1917) publica edital (15/10/1917)
assinado pelo secretário do estado Orris Eugenio Soares (Paraíba do Norte,
14/10/1884 – Rio de Janeiro, 11/2/1964).
O documento oficial chancelado pelo tio do humorista José
Soares, o “Jô” (também sobrinho-bisneto do governador paraibano), dispensa a WW
da função de vice-cônsul da Noruega, sendo substituído pelo dinamarquês Einar
Svendsen.
A primeira aparição de Waldemar Wraae na equipe alvirrubra do Cabo
Branco (fundado em 13 de dezembro de 1915) é notícia em “O Norte”, jornal
fundado pelo mesmo Orris Soares em conjunto com o irmão Oscar em 1908.
Os fundadores: Alfred Amstein, Waldemar Wraae, Alfredo Pinto
Filho, Samuel Norat, Mário Bandeira, Pedro Gamys, Armindo Stahel, Ruy Araújo,
Mário Araújo e Milton Lago.
Primeira diretoria: Waldemar Wraal
(presidente), Milton Lago (secretário), José Barbosa (tesoureiro) e Henrique de
Souza (capitão).
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Orris Eugênio Soares, tio do "Jô" |
o bacharel em Direito e delegado auxiliar João A. Camello de Albuquerque
e os auxiliares de comércio "desta praça" Trajano Chaves, Alfredo
Pinto Filho e Waldemar Wraae.
Os três últimos, coincidentemente, atletas do Cabo Branco. Em “O Norte”
(quinta-feira, 29/3/1919) aparecem em posterior nota na coluna “O Dia Sportivo”.
A última aparição esportiva na edição da quarta-feira, 27 de agosto, que
o relaciona na delegação que viaja para Campina Grande para enfrentar o América
Sport Club.
O “Diário Nacional” (domingo, 3/7/1932) o coloca na ribalta em nota
sobre o exame da Faculdade de Comércio Pedro II (Praça da Sé, sobreloja, na
capital paulista) com a lista dos aprovados da décima-quinta turma de
guarda-livros.
O Dicionário Caldas Aulete define a
antiga função: funcionário encarregado da escrituração de livros, registros da
contabilidade de empresas e comércio.
FONTES/FOTOS
A União
O Norte
Diario Nacional
Diário de Pernambuco
Jornal da Paraíba
ABC FC
Fundação Getúlio Vargas
Futebol Nacional
Globo Esporte/PB
História do Futebol
Jogos Perdidos
Paraíba Criativa
Pauta PB
A História do Futebol Paraibano –
Walfredo Marques (1975)
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O haitiano Garrinsha, na certidão de nascimento, em homenagem ao famoso atacante botafoguense |
Desde 2021
o haitiano Garrinsha Esthinfile – com "s" mesmo e nome de batismo
numa homenagem do pai ao Garrincha com "c" – tem sido personagem da
imprensa brasileira.
O jovem
(21 anos) do país da América Central – na ilha do mar do Caribe que divide o
território com a República Dominicana – praticamente inicia carreira no Rio de
Janeiro.
Depois de
passar pelo Pérolas Negras e Esporte Clube São Bernardo nos últimos três dias
voltou a ser alvo do noticiário na rede pelo empréstimo ao Sampaio Corrêa
(Saquarema/RJ), para disputar a Segunda Divisão carioca, e que pensei ser o
clube de São Luís.
Com isso
me lembrei que a minha cidade natal, Cerro Cora (Região do Seridó), a 190
quilômetros de Natal), também tem o seu Garrincha.
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Garrincha e Toinho revivem infância |
O
Garrincha do Rio Grande do Norte hoje reside na cidade de Brejinho, no Agreste
potiguar, e continua batendo bola com a turma de veteranos local.
A última
vez que o encontrei para uma conversa informal foi no encontro dos veteranos de
Cerro Cora, em dezembro do ano passado, quando o mote principal foi o futebol
da garotada.
Na ocasião
Luiz Bezerra da Costa Junior, o filho da professora dona Ritinha, apesar de um
exímio meia, tanto na direita quanto na esquerda, revelou com exclusiva
espontaneidade que deixou de ser fominha e carregar a bola no ginásio agrícola
de Currais Novos em meados dos anos 70.
Foi nas
peladas do estabelecimento de ensino da vizinha cidade que o professor
Herivaldo Gomes Pereira, o "Veto", o ensinou e deu a paternal dica de
que precisava passar a bola para os companheiros, sempre que necessário e
oportuno, para um melhor desempenho técnico dele mesmo e para o desenvolvimento
positivo do jogo.
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Herivaldo Gomes Pereira, o Veto, terceiro em pé; o primeiro agachado é Alberto Quirino Costa |
Dificilmente
se encontra uma imagem de Veto na internet, mas achei uma o ano passado e
guardei.
Chegou a
oportunidade de usá-la para ilustrar este artigo.
Na foto,
do Blog Riacho Doce (Povoado Cruz) ele está entre os alunos. Em pé (o
terceiro). Na ponta direita da fotografia, de 1970, se encontra outro
cerro-coraense, Alberto Quirino Costa, filho do falecido vereador Germínio e de
dona Amália.
O professor de Educacao Fisica "Veto", já falecido,
nascido em 13 de agosto de 1940, para quem não sabe antes de baixar em Currais
Novos, foi jogador de futebol rodado, de posição lateral-direito.
No currículo:
América de Fortaleza (1958/59 e 70), Ferroviário cearense (61/62 e 66/68),
Nacional cearense (63/66), Quixadá (68), Calouros do Ar (69) e River de
Teresina (69).
Finalmente
o Garrincha potiguar é o sétimo, na fila de baixo, no veteranos do Grêmio
Presidente Kennedy, o famoso GPK de Cerro Corá, que era alvinegro e jogou com
uniforme igual ao gaúcho Grêmio.
A foto
registra derrota de 2 x 3 para o master do ABC de Natal. No Estádio Othon
Osório. Sábado, 27 de junho de 2019.
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Quase que não cabe no flagrante os 20 atletas do Grêmio, o famoso GPK, com a novidade "tricolor" |
FONTES/FOTOS
Cerro Corá
News
Escrete de
Ouro
Globo
Esporte
O Gol
O Tempo
Riacho
Doce
Súmulas
Tchê
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Os irmãos Arijorio, Arijoy, Ariomar, os três primeiros em pé, demais familiares, com dona Ana e Arian |
Josenildo
Pinheiro/Aildo Silva Bernardo
Casado com
a Senhora Ana Medeiros da Silva há anos, pai de 08 filhos, Arian Félix da Silva
é natural de Cerro Corá, nascido em 15 de junho de 1938. Filho de José Félix da
Silva e Afra Félix da Silva, ele pouco saiu da terra natal, ao contrário de
seus pais que vieram de Caicó/RN e na cidade serrana se estabeleceram em 1936.
A vida profissional do biografado se inicia no comércio, mas em 1º de março de 1970 ele engaja no funcionalismo público na Prefeitura Municipal de Cerro Corá como coordenador de limpeza pública, cargo que exerceu, e esse blogueiro e amigo teve o prazer de acompanhar e trabalhar com ele em gestão do então prefeito João Batista.
Quanto ao
ingresso na vida política, tratou-se da aceitação de um convite feito pelo
saudoso José Julião que, considerando as estabelecidas relações de amizade que
o Sr. Arian sempre teve com a população, achou oportuno colocar o nome à
disposição para o cargo de vereador. Naquela época uma cadeira no Poder
Legislativo quase não era concorrida, ademais Seu Arian não tinha nenhuma
pretensão política, inclusive a única pessoa da família que até aquele momento
havia enveredado pelos rumos da política fora um primo seu, o Sr. João Félix
Sobrinho.
Entretanto,
mesmo sem muito entusiasmo, participando muito timidamente da campanha, vence o
pleito eleitoral e passa a assumir o mandato que deveria durar de 1977 a 1983.
Sendo um político da situação vigente, pois se elegera pelo PDS, Seu Arian
afirma que “era muito fácil ser vereador”, pois não existia o assistencialismo
exacerbado e as relações de amizade prevaleciam na hora de conquistar o voto do
povo. Por outro lado, o trabalho do vereador era muito incipiente, de forma que
ele trabalhava muito pouco.
Em sua
passagem pelo Poder Legislativo foi presidente da Casa por dois anos, embora
tivesse apenas escolaridade correspondente ao atual 6º ano, sua gestão decorreu
sem grandes acontecimentos.
Considerando
que a família de Seu Arian somava um total de 10 pessoas e a oferta de emprego
estava muito difícil aqui no município, ele muda-se com os familiares para
Patos/PB em busca de melhores oportunidades de trabalho.
Com a
mudança do vereador a participação a participação das sessões ficou
comprometida, pois não podia está presente em todas elas e isso acabou gerando
um conflito com os demais vereadores; embora Seu Arian tomasse o cuidado de não
se ausentar pelo número máximo de sessões permitidas, de algumas ele não
participava por não ficar a par das informações e isso gerou insustentável
situação que acabou culminando com sua renúncia ao cargo após 4 anos de
mandato. Os dois anos restantes foram assumidos pelo seu suplente, Francisco de
Assis Guedes.
Com a
renúncia de Arian ao cargo de vereador, a aliança com o partido foi quebrada e
ele logo se filia ao PMDB. Devido a experiência como vereador não ter sido
agradável, nunca mais quis retomar a carreira política.
Com essa
sinopse do meu amigo Josenildo Pinheiro, presto minhas homenagens ao amigo
Arian pela passagem dos seus 85 anos, e digo, felizes aqueles que podem
celebrar tal feito ao lado dos familiares, parabéns.
*Dj Aildo
e filhos.
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Eternizado primeiro na taça (2016) |
A literatura
é uma arte. E escrever biografia de qualquer personalidade em ramos diferentes
da atividade humana é uma arte mais difícil ainda. É preciso ser um bom
contador de história para prender o leitor.
E neste
patamar posso dizer que estão os biógrafos do jornalista paraibano Francisco de
Assis Chateaubriand Bandeira de Melo e dos jogadores Manoel Francisco dos
Santos e do uruguaio Danilo Nuñes Menezes.
Os
jornalistas Fernando Morais, autor de "Chatô, o Rei do Brasil"; Ruy
Castro, escritor de "Estrela Solitária, um Brasileiro Chamado
Garrincha"; Rubens Manoel Lemos Filho, o exemplo potiguar, que estreia com
"Danilo, O Último Maestro".
E sem qualquer indício de bajulação tenho que incluir o jornalista
Kolberg Luna Freire Lima, já autor de "45, um tempo de futebol e um
poema" (crônicas e memórias sobre o Estádio Castelo Branco/João Machado).
Esta
conclusão se deve a biografia do ex-jogador, militar reformado e memorialista
da bola, o macauense José Ribamar Cavalcante. "Ribamar", simplesmente
o título da obra, reforçada pelo subtítulo "O Guardião da Memória do
futebol potiguar."
A capa do livro (uma foto com texto complementar), as frases da "orelha", a apresentação do professor João Maria Fraga, a "Palavra do Autor" e a contracapa assinada pelo jornalista Rubens Lemos Filho - "O melhor de Ribamar Cavalcante é saber compartilhar" - resumem perfeitamente a personalidade do biografado.
Pelo que acompanhei o lançamento da biografia foi uma das mais divulgadas dos últimos tempos, em praticamente todas as mídias da capital, interior e até em blogs do Rio Grande do sul. E com sucesso de bilheteria e um best-seller, guardadas as devidas proporções em relação a grandes filmes e romances famosos, está esgotado.Devo dizer
que tive o privilégio de ser um dos primeiros a divulgar com exclusividade o
pré-lançamento desta incrível iniciativa da Editora Primeiro Lugar,
especialista norte-rio-grandense em literatura esportiva, e que engrandece tudo
com uma edição primorosa do jornalista Rafael Morais, assessorado por Karine
Nascimento (revisão) e Carol Palomo (capa).
Praticamente
acompanhei os bastidores desta biografia escrita em tempo recorde depois de ser
encomendada ao escritor Kolberg Freire, que soube narrar com maestria uma
história de vida ligada a fatos históricos que, aparentemente, não tinham ou
não tem nada a ver com as peripécias do personagem real.
O leitor pode ler o
desenrolar dos acontecimentos em capítulos alternados, sem qualquer prejuízo, pela clareza e sequencias dos detalhes, concebidos como "flashbacks" em uma novela real.
Eu conhecia alguns detalhes da vida do biografado, por uma rápida entrevista que não acabou escrita, e pelo que me deparo sobre ele em pesquisas nos jornais dos a
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José Ribamar de Oliveira, o "Canhoteiro" |
Mas
desconhecia a passagem envolvendo o jovem jogador e um treinador. É de morrer
de rir...
Realmente
"Zé de Hipólito" não é nome de jogador. Ribamar sim! Com este nome
tivemos dois famosos.
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José Ribamar Celestino, o "Maranhão" |
Para esclarecimento de todos e matar a charada retiro do “Dicionário de
Nomes Próprios":
"Ribamar:
Significa “acima do mar” ou “próximo do mar”. De origem portuguesa, formado
pela junção dos elementos riba, que significa “acima” ou “próximo”, e mar, que
também pode ser entendido como sinônimo de oceano.
Na onomástica
é considerado um nome toponímico, relacionado às pessoas que habitam regiões
próximas ao litoral.
No Brasil é
conhecido por São José de Ribamar, nome da terceira maior cidade do Maranhão e
do santo católico que é considerado o padroeiro deste estado.
É muito comum
o uso deste nome entre os brasileiros. As pessoas batizadas com este nome,
normalmente, recebem apelidos de amigos e familiares, como Riba ou
Ribinha."
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Contratação de Armando Evangelista faz imprensa goiana relembrar Graciano Acosta Torres |
Em reportagem sobre a
contratação do português Armando Evangelista, 49, que estava no lusitano
Arouca, o diário matutino "O Popular" (Goiânia) diz que ele é o
segundo estrangeiro a comandar o elenco do alviverde Goiás.
Evangelista (treinou o
Vilafranquense, Penafiel, Varzim e Vitória/Guimarães), chegou no dia 9 de junho
para substituir o interino Emerson Ávila, que havia substituído Guto Ferreira
em abril, retorna à função de auxiliar técnico.
A informação partiu do jornalista
Jorge Nicola. Ele chega após terminar o Campeonato Português em quinto lugar e
classificar o Arouca pela primeira vez para um torneio internacional, a Liga
Conferência, terceira competição mais importante, atrás da Liga dos
Campeões e da Liga Europa.
O PRIMEIRO
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Jornalista Jaime Câmara |
Graciano Acosta foi alvo
de uma série de reportagens (23 postagens) deste JORNAL DA GRANDE NATAL, na
qual é relatada os antecedentes dele no futebol uruguaio e brasileiro. Primeiro como
jogador (centromédio ou volante) com atuação no Grêmio, São Paulo, Santa
Cruz/PE e Ferroviário/CE nos anos 30/40.
No América Acosta passou
pela primeira vez em 1939/40, mas também jogou pelo menos uma vez, em amistoso
contra o Centro Esportivo em Mossoró. Retorna somente como treinador em 47/49.
A terceira passagem acontece no segundo semestre de 1954, quando substitui o
húngaro Steban Hory.
NA PARAÍBA
Depois que saiu do
alvirrubro natalense (terceira passagem) Acosta seguiu para o futebol paraibano,
quando fez trabalhos para o Auto Esporte (João Pessoa) e o Rio Tinto, do
município do mesmo nome na vizinhança da capital.
Em 23 de janeiro de 1955
ele é o treinador do alvirrubro Auto Esporte em amistoso contra a seleção de
Rio Tinto, famosa pela fábrica de tecidos da família Lundgren, oriunda da
Suécia, de onde sai o primeiro prefeito com a emancipação política.
Diz “O Norte”, surgido no
começo do século XX e na ocasião já pertencente aos Diários Associados, sobre o
uruguaio: - ... possivelmente já sobre a orientação deste formidável técnico, a
mais recente e sensacional conquista do futebol da Paraíba.
Dia 4 de fevereiro, como
um relâmpago, é anunciado pelo jornal como treinador do Rio Tinto para amistoso
contra o selecionado do município de Timbaúba. O quadro aurianil (amarelo e
azul) de Acosta vence por 3 a 0. Informa o correspondente José Waldemir de
Carvalho.
Ao que parece Acosta, inconstante, fica pulando de galho em galho, como “freelance”.
Dias depois está
treinando o Tabajaras (Mamanguape) 5 x 1 Portuários (Cabedelo), cidades
atualmente localizadas na região metropolitana pessoense.
No mesmo mês surge o boato de que estaria de malas prontas para o Fluminense de Feira de Santana, interior baiano. Divulgação do cronista Otinaldo Lourenço (Rádio Tabajaras).
Posteriormente noticiário sobre retorno ao Auto com a saída repentina do Manoel Conrado do Nascimento (falecimento em 2011 no Ceará), o “Dengoso”. Nota “Última Hora” (3 de abril de 1956).
O vai e vem do
estrangeiro é confirmado pelo jornal no título e subtítulo de reportagem
sequencial: - O técnico Acosta está em experiência. “Já preparou quadros no
interior do nosso Estado.”
Na primeira semana de
agosto (9) ele, que se encontrava no Treze (Campina Grande), declina convite
para ser auxiliar técnico do selecionado paraibano segundo as manchetes: -
Infelizmente não poderei aceitar o cargo a que me indicam como ajudante
técnico...”
A entrevista sensacional
com a negativa em auxiliar o treinador titular, Eurivaldo Venâncio Guerra, o
“Vavá”, o quase eterno treinador do Botafogo paraibano entre os anos 50/60, é
concedida ao repórter Barbosa Gomes. Na última aparição de Acosta nas páginas
da mídia Associada.
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O centromédio Acosta é o sexto em pé durante excursão do São Paulo ao Nordeste em 1937 |
FONTES/FOTOS
Diario do Nordeste
O Norte
O Popular
Arouca
Cidade de Salvador
Bahia Notícia
Globo Esporte
Sao Paulo
Jornal da Grande Natal
Não gosto
de fotografia antiga ou histórica de clube, não importa a tradição, com a
reprodução "manchada" com o nome do jogador no corpo, a altura do
peito ou barriga.
Bem que o
pessoal que resgata essas fotos pela internet poderia fazer a arte como
antigamente.
Colocando
as identificações no "pé" da imagem.
Como
sempre foi e geralmente consta no original, no caso de revista e jornal, ou no
verso se for do acervo particular de alguém.
Mesmo não
apreciando esta modalidade de divulgação sei que as postagens são importantes
para quem gosta de rever ou conhecer os antigos elencos.
No caso da
foto ilustrativa deste texto resolvi fazer um esclarecimento destinado aos
torcedores potiguares por duas razões especificas e interessantes.
Na
tradicional e costumeira disposição dos atletas, os defensores em pé e meias e
atacantes agachados, dois atletas passaram pelo América de Natal no primeiro
lustro dos anos 70.
Estão no
Bonsucesso de 1969 o goleiro Ubirajara Dias Ribeiro (1947 - 2021) e o atacante
Gonçalves, indicados pelo treinador carioca Maurílio José de Souza (1918 -
1998), o "Velha".
O arqueiro
Ubirajara e o avançado Gonçalves vieram na leva de reforços para a tentativa de
evitar o tetra-campeonato do ABC em 1973.
Já o
técnico Velha vinha da campanha alvirrubra no campeonato brasileiro (Divisao
Especial) - uma espécie de segunda divisão da época - em substituição a
Francisco Freire, o Tonicio, campeão pelo juvenil e alçado ao comando com o
término do campeonato de 1972.
O
falastrao Maurílio José levou o time americano a inesperada quarta colocação na
competição nacional, mas não conseguiu impedir a concretização dos quatro
títulos seguidos do alvinegro.
Este
elenco do Bonsucesso, nas temporadas 68/69, aprontou contra o Botafogo e o
Flamengo.
No
primeiro ano venceu o rubro-negro por 2 a 0 pela Taça Guanabara nas últimas
rodadas.
A derrota
fez com que o Botafogo, em excursão no Centro-Oeste, retornasse as pressas para
o Rio e na final leva o caneco para General Severiano.
No ano
seguinte o 2 a 1 com o Glorioso prejudica a campanha da Estrela Solitária no
Carioca.
FONTES
Revista do
Bonsucesso
Acervo
Rubroanil
Almanaque
do Futebol Brasiliense
Folha
Rubroanil
Jornal da
Grande Natal