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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (VI)

América a partir de outubro sem Marinho (1985)Macarrão (massagista), Edson Camelinho, Luiz Antônio, Gilson Sergipano, Júlio César, Romildo Freire, Eugênio, Roberto (roupeiro), Celso (?), Sousa, Eusébio, Valério e Gilson Gênio

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na segunda participação com a camisa americana Marinho Chagas perde o único clássico contra o antigo clube na rodada dupla de abertura do returno.

O ABC vence por 2 a 1 (domingo, 11/8/1985) e o rival perde invencibilidade de 17 partidas na temporada, inclusas nove pelo primeiro turno do campeonato estadual.

As duas primeiras fichas técnicas e a mesma quantidade de fotografias com ele compravam inicialmente a participação em igual número de jogos oficiais.

Mas faltava confirmar pela última súmula a prova da terceira e última entrada em campo com a camisa vermelha.

Na abertura do segundo turno com empate sem abertura de contagem contra o rubro-negro Clube Atlético Potiguar (domingo, 20/8). Preliminar: Alecrim 1 x 0 Riachuelo.

A cobertura dos jornais no dia anterior a partida indica a escalação pelo treinador Hélio Lopes do Nascimento, mas pecam na edição subsequente ao não informar a súmula.

Foi na coluna “Numeradas”, de Everaldo Lopes Cardoso, o achado mais importante da pesquisa.

A nota na qual reclama que Marinho Chagas poderia ter tido mais empenho na partida. O “Diário” até noticia que ele teria pedido rescisão contratual (terça-feira, 24/9/1985).

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (V)

Segunda fotografia do alvirrubro disponibilizada na rede com o famoso lateral-esquerdo Francisco Marinho Chagas. Em pé, o terceiro ao lado do médico Maeterlinck Rego, o antigo goleiro do Vasco da Gama, Miguel de Lima

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A repercussão da estreia de Francisco das Chagas Marinho no jogo América 2 x 0 Potiguar/Mossoró (domingo, 4/8/1985) – com preliminar ABC 2 x 0 Alecrim – pode ser resumida na nota de encerramento da coluna “Retranca” na “Tribuna do Norte” (terça-feira 6).

Escreve o realista editor Madson Fernandes: - Marinho não deixou de ser uma surpresa negativa para o torcedor. Apesar de todos conhecerem o seu potencial o craque deixou muito a desejar e vai ter que dar duro se quiser relembrar os velhos tempos. No futebol ninguém vive do passado.

Na coluna “Jogo Aberto” Franklin Machado é mais contundente: - Marinho parado e sem dividir pra seu ninguém não agradou. Foi, por sinal, a partir de sua entrada, com a camisa 10, que o time perdeu ritmo no meio de campo. Está o loirão mais para cabeça de área do que para meia-esquerda. Mas aí tirar Gilson Sergipano seria injustiça...

O mais curioso: a conquista antecipada do primeiro turno do campeonato estadual como inédito título oficial pelo treinador Hélio Lopes do Nascimento, médio alvirrubro nos anos 50, filho do antigo médio do próprio América, ABC e selecionado do Rio Grande do Norte nos anos 30/40.

Participam da campanha da “Taça Cidade de Natal”: Eugenio, Jailton, Lázaro, Romildo Freire, Júlio César, Gilson Sergipano, Sérgio, Valério, Sandoval, Silva (fora da competição após quebrar a perna), Ramos (falecido recentemente), Luís Antônio, Edson Camelinho, Arié, Moura, Fernandes, Givanilson, Roberto, Celso (também contratações do empresário Flávio Rocha) e os estreantes Eusébio, Milton e Marinho Chagas.

A expectativa sobre a performance de Francisco das Chagas Marinho, portanto, continua para o jogo seguinte (domingo 11), no primeiro clássico em que ele atua contra o ABC, o clube de preferência dele, onde se destacou como campeão em 1970 depois de aparecer no alvo e azul Riachuelo Atlético Clube no campeonato estadual do ano anterior.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (IV)

América (1985): Artur Ferreira (preparador físico), Jailton, Milton Lima, Gilson Sergipano, Edson Camelinho, Romildo Freire, Eugenio, Aritana (massagista), Sandoval, Celso, Eusebio, Marinho Chagas e Ramos (recentemente falecido)

Empresário e ex-deputado federal
Flávio Rocha bancou contrato

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A especulação sobre a ida de Marinho Chagas para o Alecrim é noticiada no “Diário de Natal” (terça-feira, 18/6/1985). Uma novelinha que perdura uma semana.

Everaldo Lopes Cardoso, na coluna “Numeradas” (quinta-feira, 27), estranha a demora e falta de interesse do trio ABC, Alecrim e América.

O namoro com o alvirrubro acaba se concretizando e no final do mês os jornais da capital noticiam ao lado de mais dois reforços recém contratados no Recife.

No caso o centroavante Eusébio, egresso do Sport, e o zagueiro Milton Lima, ex-jogador do Clube Náutico Capibaribe.

O loirinho ainda rendia assunto e audiência. Sendo alvo de uma reportagem do jornalista Osair Vasconcelos para o “Globo Esporte” (sábado 27) do canal afiliado do Recife.

A estreia da dupla pernambucana acontece no mesmo dia do astro Marinho Chagas. Contra o Potiguar (Mossoró) no Estádio Castelo Branco (domingo, 4/8).

É o jogo principal da rodada dupla noturna com preliminar de ABC x Alecrim apenas cumprindo tabela para um dos dois escapar da lanterna do quadrangular final do turno.

Os comandados do treinador potiguar Hélio Lopes do Nascimento vencem o alvirrubro mossoroense (2 x 0).

E o time vermelho da capital é campeão antecipado e garante vaga na decisão do campeonato estadual.

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (III)

Machado recebe o título de Cidadão
Natalense do vereador Klaus Araújo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O primeiro passo para se chegar ao número exato de partidas do jogador potiguar Francisco das Chagas Marinho (1952 – 2014) pelo América de Natal foi levantar as fichas técnicas da temporada de 1985.

Até aí nada demais, pois a pesquisa faz parte de um projeto muito maior, formalizar todos os dados possíveis das súmulas dos jogos do alvirrubro da capital potiguar desde a fundação em 14 de julho de 1915.

Em um primeiro momento a visualização dos jogos seguida das coletas das informações específicas, adversário, placar, data (dia e mês), competição. estádio, cidade, árbitro, público, renda, gols e escalações, seguiam normalmente na referida temporada.

Até chegar as ultimas semanas de julho e as primeiras de agosto, quando o noticiário esportivo das duas fontes principais impressas, os diários matutinos “Tribuna do Norte” e “Diário de Natal” – além do semanário “O Poti” – começa a focar em Marinho Chagas.

A “TN” (quinta-feira, 12/7) noticia os finalmentes entre o presidente Jussier Porto Santos, o empresário Flávio Rocha e o jogador, que teria sido rejeitado pelo ABC e Alecrim. O competente editor de esportes, Madson Fernandes, cutuca na coluna “Retranca”:

- Marinho no América é uma boa pedida? A pergunta gira na boca dos torcedores e acho que a resposta só poderá ser dada após a estreia contra o ABC. Talento o garoto tem e poderia estar numa boa noutro clube de renome. Mas vamos ver como ele se comporta...

Praticamente um ano antes Marinho havia jogado a primeira partida pelo Fortaleza (14/8/1984). Depois de sair do Bangu. E para entrar em forma novamente está entregue ao preparador físico Artur Ferreira, o popular “Arturzinho” do futebol de salão.

O veterano comentarista Franklin Roosevelt Machado, na época com a coluna “Jogo Aberto” na “Tribuna’, somente veio opinar em notinha na edição dominical (21) no tópico “Fim de Papo”:

- O Marinho Chagas não tem nenhum complicador para registro do contrato e “por falta de condições” fica sem estrear. Está sendo o “contrato de risco” mais demorado da história do futebol.

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (II)

O loirinho com a primeira faixa de campeão: o Estadual potiguar pelo ABC (1970)

Marinho: segunda fila no Cosmos (1979)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Durante um assunto polêmico um torcedor americano comentou em um blog há alguns anos que Francisco das Chagas Marinho (1952 - 2014) havia participado de apenas um jogo pelo alvirrubro da capital potiguar.

A pergunta do título acima foi feita em um buscador na rede e a IA (inteligência artificial) sapeca sete partidas (número fictício provavelmente reproduzido e retirado de um site), com a ressalva de que os dados fornecidos no tópico poderiam ter erros.

Portanto o repórter – com os dados concretos na mão – nem tão acima, tampouco não muito baixo, não poderia ir na onda dos artifícios das fontes infiéis.

Mas para adiantar o serviço dos números do loiro mais famoso do Rio Grande do Norte o blog relaciona o primeiro levantamento (existem divergências em alguns dados).

A totalização indica 566 jogos oficiais (111 gols) na carreira, sem o somatório com os jogos pelo Ferroviário natalense, Riachuelo e ABC (frutos de pesquisa inédita do editor do blog).

Não existem contabilizados os dados do Los Angeles Heat da Califórnia (Estados Unidos da América) e do alemão Harlekim Augsburg.

Foto e legenda não ajudam pela "inflação" de loirinhos na equipe da Flórida 


NÚMEROS

Ferroviário: 2

Riachuelo: 15

ABC: 37 (4)

Náutico: 98 (12)

Botafogo: 183 (39)

Fluminense: 93 (39)

New York Cosmos: 30 (9)

Fort Lauderdale Striker: 19 (3)

São Paulo: 85 (quatro gols), com 46 vitórias, 16 empates e 23 derrotas).

Bangu: 1

Fortaleza: 14 (1)

Seleção Brasileira: 36 jogos (quatro gols), sendo oito amistosos, com 24 vitórias, nove empates e três derrotas.

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

O Poti

Tribuna do Norte

Amapafogo

Datafogo

Fernando Amaral Futebol Clube

Fundação Getúlio Vargas

Fundação José Augusto (Centro de Pesquisas e Estudos Juvenal Lamartine)

Lendas do Futebol

Futebol 80

North American Soccer League Players

Mundo Botafogo

Museu do Futebol

O Gol

Terceiro Tempo

Costa, Alexandre – Almanaque do São Paulo

Júlio Bovi Diogo, Marcos Avelino Trindade e Rodolfo Pedro Stella Júnior – Histórico do Riachuelo no Campeonato Potiguar (1949 - 1993)

Napoleão, Antônio Carlos e Assaf, Roberto – Seleção Brasileira 90 Anos

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Quantos jogos Marinho Chagas fez pelo América/RN? (I)

Marinho, o único loirinho no elenco do alvinegro, no Estádio Juvenal Lamartine

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O mundo todo sabe e quase todo mundo também, se não de cor e salteado, mas aleatoriamente, as peripécias e os pormenores da carreira do mais famoso futebolista oriundo do Rio Grande do Norte.

O começo no Riachuelo, a passagem pelo ABC com a primeira faixa de campeão (1970), a contratação pelo Clube Náutico Capibaribe do Recife, a ida para o Botafogo e o troca-troca com o Fluminense.

E no clube carioca da “Estrela Solitária” (1972/75) a convocação pelo selecionado e a escolha como o melhor lateral-esquerdo da Copa da Alemanha (1974).

A estadia no Cosmos de Nova Iorque, o time de Pelé, Carlos Alberto Torres, o alemão Franz Beckenbauer e o italiano Chinaglia no final dos anos 70

E na década de 80 os últimos clubes: São Paulo, Bangu, Fortaleza e América/RN, com o ocaso final em inexpressivo clube na Alemanha.

Um pormenor sempre me perseguiu desde a rápida passagem de Francisco das Chagas Marinho (Natal, 1952 – João Pessoa, 2014) pelo alvirrubro

Precisamente no segundo semestre de 1985. Nas duas primeiras semanas de agosto. Duvido que a torcida americana saiba exatamente quantos jogos ele fez.

Apenas no campeonato estadual, a única competição oficial que disputou pelo grêmio da Rua Rodrigues Alves.

A pergunta que serve de título da reportagem será explicada em mais uma série inédita.

terça-feira, 1 de julho de 2025

O goleiro americano presidente do Conselho Deliberativo (FINAL)

Aldemir Cândido e Luiz Meireles da Silva

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O panorama do único jogo do goleiro Carlos Roberto Coelho Maia é descrito pelo repórter Júlio Monteiro para “O Poti” (domingo, 20/9/1959).

O clássico contra o ABC, na noite anterior, é considerado uma das partidas mais fracas durante o turno e returno nas rodadas finais.

Monteiro enfatiza: - Imperou a pancadaria e o árbitro Luiz Meireles da Silva (Natal, 1949 - 2013) não teve pulso para agir (os auxiliares foram José Augusto Machado e João Nery Peixoto).

A reportagem mais compacta do ainda diário matutino e depois semanário “O Poti” poupa críticas ao jovem arqueiro Carlos Maia.

A edição vespertina do “Diário de Natal” (segunda-feira 21) traz reportagem mais detalhada e aponta falhas do goleiro nos dois primeiros gols, dos três do primeiro tempo.

A “Tribuna do Norte” no dia do jogo dá como provável arqueiro o experiente “Marçal”, com problemas de regularidade no contrato como amador (era militar da Aeronáutica).

Carlos Maia, estudante de Direito, de 1961 em diante continuou no esporte universitário...