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sábado, 15 de novembro de 2025

"Recebi apenas R$ 500 pela fotografia com Hulk!"

A polêmica com o atacante Givanildo Vieira de Souza, o "Hulk" ainda rende...

A imagem "fala" por ela mesma

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Em tom de desabafo por não ter conseguido as mesmas oportunidades do coleguinha que se tornou famoso, foi o que disse, do título acima, o paraibano Jobson Bezerra Pedroza, em entrevista exclusiva ao JORNAL DA GRANDE NATAL.

O repórter relutou intimamente em tornar pública a declaração polêmica e inédita do ex-jogador do que seria a base do rubro-negro Campinense Clube, a “Raposa” de Campina Grande, no interior do Estado da Paraíba.

Como também achou por bem não tornar conhecidas as demais falas com tom de dramaticidade para preservar o personagem.

Pelo fato de a entrevista ter sido feita por meio de rede social e carecer do tom olho no olho para formalizar outras questões ou refutar respostas.

Jobson Bezerra Pedroza disse que recebeu a mencionada quantia pela cessão da imagem rodada em pelos menos três fontes (site, blog e página de rede social), na qual ele aparece na linha de ataque da “Raposinha”, como era conhecida a suposta base do Campinense.

A polêmica começa com a transferência do atacante Givanildo Vieira de Souza, o “Hulk”, para o clube Zenith de Moscou, capital russa.

O Campinense foi reconhecido pela CBF e recebe porcentagem do que foi pago ao Porto (Portugal), informação do então presidente William Simões.

R$ 189 mil foram repassados aos cofres do clube em 2013. Mas a assessoria do jogador garantiu que ele não defendeu o Rubro-Negro.

O Campinense dispõe de documentação comprovando que a CBF confirmou, junto ao clube russo, que Hulk passou pelo Campinense.

Simões: – Temos ampla documentação que comprova que o jogador atuou pela Raposinha.

 

FONTES

Blog do Campinense

Globo Esporte

Jornal da Paraíba

Mais PB

PB Agora

Veja

Memória Márcio Guerra

 

Livro resgata "Clássico dos Maiorais": "Galo" x "Raposa"

Multimidia Jilton Joselito de Lucena Ferreira e as "crias" que vão ser lançadas


O Museu de Arte Popular da Paraíba, conhecido como Museu dos Três Pandeiros, localizado às margens do Açude Velho, em Campina Grande, receberá um evento especial, dia 27 de novembro de 2025 (quinta-feira), às 19h.

O escritor, historiador e roteirista Jilton Joselito de Lucena Ferreira realiza o duplo lançamento “O Clássico dos Maiorais – 70 anos de memórias, rivalidades e tradição (1955–1990)” e a versão em quadrinhos “O Clássico dos Maiorais – uma história em quadrinhos”.

As obras resgatam os primeiros 35 anos do "Clássico dos Maiorais", o rubro-negro Campinense Clube x o alvinegro Treze, com episódios marcantes e personagens emblemáticos.

A versão em quadrinhos leva o leitor a uma experiência visual e lúdica, tornando acessível às novas gerações a rica história do duelo esportivo.

O roteiro e a narrativa gráfica destacam as cores, os símbolos e os sentimentos que fazem do Clássico dos Maiorais patrimônio imaterial da cidade.

O público também poderá conhecer a obra recém lançada: “Eu sou o Amigão – um estádio em quadrinhos”, adaptação do livro “O Colosso da Borborema”, publicado em março deste ano.

A obra apresenta o Estádio Ernani Sátyro como narrador da própria trajetória, conectando esporte, memória e identidade regional.

 

FONTE/IMAGENS

Se Liga PB

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

O Centro Esportivo Natalense (CEN) em atividade

Goleiro Edgar Pinheiro da Câmara jogou pelo
"Cerro Corá Clube" da Região do Seridó/RN

Imprensa local e revista semanal carioca dão o roteiro dos jogos oficiais e amistoso no campo da ARA ("Juvenal Lamartine")

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A ORDEM (sábado – 15/6/1940): Com arbitragem de Eugenio Silva e o professor Sílvio Tavares Ferreira como delegado se enfrentam pelo campeonato oficial ABC 3 x 1 CEN (domingo – 16), com gols de Albano (dois), Cesário e Robério. Na preliminar de segundo quadro: ABC 2 x 0 CEN.

Formação alvinegra divulgada em jornal: Edgar Pinheiro Câmara, Dorcelino Pereira Dias (chamado de “Dorcé”), Nezinho I (Manoel Nascimento da Silva), Simão, Nezinho II, Vilarim, Xixico (Francisco Rodrigues dos Santos), Cesário, Albano Pereira, Hermes Marques Amorim e Motu;

O time do CEN: Zé Paulino de Souza (ferroviário pai do radialista e senador Carlos Alberto de Souza), Miguel, Morais, Felisberto, Teixeira, Lauro, Wilson, Toinho, Maranhão, Lulinha e Canuto (provavelmente um dos irmãos da família mossoroense ligada ao América/RN)..

A ORDEM (quinta-feira – 11/7): nota oficial do CEN (dia 10) declara aos associados e ao público que o time abandonou o campo no dia 7 em solidariedade ao diretor de esportes Humberto Gomes Teixeira, vítima de agressão por parte de um jogador do tricolor Santa Cruz/RN (licenciado em 1967).

A ORDEM (quinta-feira – 5/12/1940): terceiro aniversário da Liga Suburbana é comemorado com uma maratona, almoço oferecido pela diretoria do “Mar e Terra” e o amistoso Centro Esportivo Natalense 4 x 6 Força e Luz, com a preliminar “Madureira” x “São Francisco”.

RIO DE JANEIRO

A revista semanal carioca ESPORTE ILUSTRADO (2 de janeiro de 1941) exibe reportagem exclusiva, com várias notas, do correspondente natalense Wladimir Pedrosa: - Os sports no Rio Grande do Norte.

A que interessa no momento é “A TARDE ESPORTIVA” referente ao campeão suburbano de 1939 e ponteiro líder do campeonato do ano seguinte, o clube “elétrico” (não é o do mesmo nome também chamado Cosern dos anos 60/80).

- É de salientar, diz o correspondente W. Limeira, que o CEN jogou sem o melhor elemento, Zé Paulino, que se encontrava em Fortaleza, como reserva do escrete norte-ri0grandense derrotado pelo esquadrão cearense (10 a 0)...

 

FONTES

A Ordem

Esporte Ilustrado

Diogo, Júlio Bovi – “História do Campeonato Potiguar (1918 – 2020)”

 

Os homens do retorno do Centro Esportivo Natalense

Jornalista Luiz I. M. Filho

O
jornal diário vespertino católico A Ordem (30 de março de 1939) publicou nota, datada de 27, sobre a eleição da diretoria em sessão de reorganização do CEN, dia 1/3. Ficou assim:

Alfredo Lira (presidente de honra) e José Bezerra de Andrade (vice-presidente de honra). Conselho Superior: Abílio Xavier de Almeida (presidente), Raimundo de França, Abel Viana, Oton Osório, Epitácio Fernandes de Oliveira (conselheiros) e José Emerenciano (secretário).

Diretoria: Militão Chaves (presidente), Severino Finizola (primeiro vice-presidente), Aldo Noronha Filgueira (segundo vice-presidente), Giordano Lucas da Costa (secretário geral), Diógenes Ramiro de Carvalho (primeiro secretário), Antônio Coelho (segundo secretário), Luiz Ignácio Maranhão Filho (orador), Hermes Xavier (tesoureiro), Manoel Cerveira de Melo (adjunto de tesoureiro), Humberto Gomes Teixeira (diretor técnico), Armando Barros de Góis (vice-diretor técnico), Roberto Xavier (diretor de material), Heriberto Lopes dos Reis (vice-diretor de material) e Paulo Barros de Góis (diretor de organização e propaganda).

Comissão fiscal: Benedito de Souza Lobo, Braz do Amaral Andrade e Antônio Olsen Correia.

A ORDEM (segunda-feira – 22/1/1940) ainda dá nota oficial: “A campanha para instalação e aparelhamento continuará até ulterior deliberação, ficando estabelecida a partir do corrente mês as cobranças das contribuições ordinárias e especial de acordo com dispõem o atual estatuto.”


NOTA DE REDAÇÃO
: Luiz Maranhão é irmão do jornalista e político Djalma de Albuquerque Maranhão, depois treinador e dirigente do sucedâneo do CEN, o rubro-negro Clube Atlético Potiguar (CAP).

Ambos foram filiados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na juventude. E ambos foram presos durante a ditadura imposta em 1964. Luiz foi preso, morto e o corpo desaparecido (1972).

Djalma, deposto da Prefeitura de Natal, faleceu durante o exílio no Uruguai (1971). Os dois foram deputados, o primeiro, estadual, o segundo federal.

A nova filiação do Centro Esportivo Natalense

4 de junho seria a data oficial da fundação do
Centro Esportivo Natalense e transformado em
Clube Atlético Potiguar em 1942, data posterior
ao anúncio do surgimento do CEN no jornal
"A Imprensa", edição de 2 de junho de 1918?

JOSÉ VANILSON JULIÃO

17 anos depois de entrar em estado de hibernação o tricolor Centro Esportivo Natalense dar o ar da graça, de teimoso, em nota do diário vespertino católico A Ordem (quarta-feira – 7 de junho de 1939), com a data retroativa (1/6), e não é mera coincidência, quando completa 18 anos da “maioridade”.

A nota é assinada pelo diretor de Organização e Propaganda, Pedro Rocha de Freitas, em lugar de Paulo Barros de Góis, que iria desempenhar, oportunamente, outra função na sociedade, tudo fruto da escolha por aclamação do primeiro em 24 de maio do mesmo ano.

O impresso do Centro de Imprensa Limitada, ligado à Igreja, veicula nova nota (terça-feira – 12 de setembro), agora assinada pelo secretário geral Paulo Barros de Góis, com a comunicação da realização da assembleia geral (27 de agosto) que elege a nova diretoria para mandado a terminar dia 4/7/1940!

A nova filiação do CEN, agora na Associação Riograndense de Esportes Atléticos (ARA), a terceira associação esportiva potiguar, não mais tão mambembe, acontece em 1 de janeiro de 1940, conforme expediente da entidade.

Entretanto com data do dia 8 do mesmo mês e reforçada com outra nota assinada pelo diretor de esportes Humberto Gomes Teixeira e publicada no mesmo dia pelo jornal vespertino.

Paulo Barros era remador do Centro Náutico Potengi, do acrônimo CEP, alvinegro rival do rubro-negro Sport Club de Natal, ambos dedicados ao remo e fundados no segundo semestre do mesmo ano (1915), mas depois do ABC e América.

 

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Jogador do Bangu veste a camisa do Atlético/RN

BAC (1946): Bilulu, Nadinho, Adauto, Mineiro, Robertinho, Julinho, Tiãozinho, Ubirajara, Wilson Cardoso, Menezes e Moacir Bueno

JOSÉ VANILSON JULIÃO

É sabido que o Centro Esportivo Natalense, fundado em 1 de julho de 1918, participa de competições oficiais, torneios e amistosos até 1922.

Neste período é o líder do primeiro campeonato da cidade que acaba inconcluso, vice no segundo e campeão no terceiro.

Com a participação do novo clube surgido da fusão Alecrim/Flamengo, mais o ABC e América, ambos de 1915, funda a segunda liga esportiva da capital potiguar (14/7/1918).

O primeiro campeonato da cidade, com turno totalmente realizado e o returno sem conclusão, faltando apenas ABC x América.

É interrompido pela epidemia da gripe espanhola ou “Influenza”, no segundo semestre daquele ano.

Em 1919 o América é campeão e o Centro vice com o ABC em terceiro. No ano seguinte acontece só um torneio preliminar, ganho pelo América.

Em 1921 o Centro é campeão. Em 1922 participa do Torneio do Centenário da Independência com o alvirrubro campeão.

Daí em diante encerra as atividades, sendo reorganizado a partir de janeiro de 1939. Conforme notas publicadas no diário vespertino católico "A Ordem".

A pedidos de dois novos sócios, entre eles Paulo Barros de Góis (remador do Centro Náutico Potengi). A tempo de participa do campeonato estadual no ano seguinte.

Em 1942, como Clube Atlético Potiguar, reforçado com jovens cariocas que serviram em Natal na II Guerra. Entre os quais o atacante Wilson Cardoso (na foto acima).

Época em que o bacharel em Direito João Cláudio de Vasconcelos Machado, de retorno do Rio de Janeiro, passa a ser o mais famoso torcedor, influenciado pelas cores do Sport Club de Natal (do remo), do qual também era fã antes de se mandar para a Europa aos 18 anos.

Ao lado do jornalista Djalma de Albuquerque Maranhão, doublé de presidente e treinador do agora rubro-negro e antigo tricolor.


FONTES

A Imprensa

A Ordem

A Província (PE)

A República

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Esporte Ilustrado

Globo Esportivo

Jornal do Recife

Jornal dos Sports

O Poti

Tribuna do Norte

Bangu.NET

Federação Internacional de Estatísticas e História do Futebol

Arthur Pierre dos Santos – “O Futebol no Rio Grande do Norte – 1915/1930” (2025)

Everaldo Lopes Cardoso – “Da Bola de Pito ao Apito Final” (2005)

José Procópio Filgueira Neto – “Os Esportes em Natal” (1991)

 

Pesquisador conserta data da fundação do clube potiguar

Centro Esportivo Natalense no extinto semanário dominical "O Poti" (4/7/1982). O clube surge da fusão do Alecrim com o Flamengo. E participa, no mesmo mês, da fundação da Liga com o América e o ABC, para realização do primeiro campeonato, interrompido pela epidemia da gripe espanhola ou "Influenza". O CEN liderava.

JOSÉ VANILSON JULIÃO

É presumível que a maioria do torcedor do Rio Grande do Norte, em especial o da capital, sabe de cor e salteado que o Centro Esportivo Natalense se transformou no Clube Atlético Potiguar.

Mas quem se dedica atentamente as pesquisas, de vez em quando se depara com algum erro histórico referente aos clubes de Natal.

Foi o caso recente do pesquisador Arthur Pierre dos Santos Medeiros, autor de uma excelente plaquete.

Trabalho de longa pesquisa em que esclarece a inexistência de todos os campeonatos entre 1922 e 1925 e a correta não conclusão de dois: 1928/29.

É feliz quem tem contato estreito com estes aficionados na leitura de jornais e revistas de antigamente, as fontes primárias categóricas para se tirar qualquer tipo de dúvida e consertar erros das fontes secundárias.

Ao comentar internamente a reportagem sobre o lançamento do jornal esportivo O Atleta (na segunda semana de junho de 1938) Arthur Pierre não se conteve e foi enfático ao esclarecer o erro na data de fundação do Centro Sportivo Natalense (com S pela grafia da época).

Ao contrário do que é reproduzido pelos sites, blogs e pela imprensa em geral, o CEN (CSN) foi fundado em 1 de junho de 1918, uma segunda-feira, e não no dia 4, como divulgado à exaustão até agora.

- Procópio Neto errou a data ao confundir com a da publicação da notícia no jornal A República, edição de 4 de julho (quinta-feira), explicou Arthur Pierre.

E ele tem inteira razão: a mesma data também é a da correspondência do representante do Diário de Pernambuco em Natal, cuja notícia é inserida no dia 6 (sábado).

Além disso, a nota da fundação do Centro é também publicada no jornal A Imprensa – pertencente ao Coronel Francisco da Câmara Cascudo – na edição do dia 2.

Desta forma a referência da data errada pelo jornalista José Procópio Filgueira Neto, no livro “Os Esportes em Natal” (1991) induziu meio mundo ao erro.

Da mesma forma acontece com o jornalista Everaldo Lopes Cardoso no livro “Da Bola de Pito ao Apito Final” (2005).

Obras capitais, que não devem ser desmerecidas, mas são passíveis de lapsos como o apontado pelo pesquisador Arthur Pierre.