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sábado, 30 de novembro de 2024

"Cláudio Falcão pode colocar a Taça ao lado da outra!"

Luiz Henrique comemora primeiro gol que abre vitória épica do Botafogo/Vitor Silva 


O editor do blog "DataFogo" agora deve acatar a sugestão do leitor assíduo. Adicionar a imagem da Copa Libertadores ao lado da Copa Conmebol, a primeira conquista continental botafoguense (1993). A seguir os comentários da quinta-feira, 31 de outubro de 2024. (JVJ)

BFR Números

- Por fim, resta a dúvida: será que o caro editor do estimado DataFogo alterará a imagem do troféu de 1993 na página caso venha a ser campeão da Libertadores dia 30 de novembro?

Jornal da Grande Natal

- Como a imagem da Taça de 1993 é "fina" bem que podem ficar os dois "canecos" se o segundo for conquistado. Oremos...

Datafogo

- Obrigado pela sugestão. Vamos torcer...

Jornal da Grande Natal

- Ficaria massa. Tapa o "vácuo" e ocupa o espaço vazio!

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Imagem rara do América pela Copa do Brasil

América na Região Norte pela segunda maior competição nacional. Mas o goleiro se atrasou para o "clic" do repórter fotográfico ou este se "apressou"/VIPFESTAS

América: Dida, Norberto, Índio, Edson Rocha e Renatinho (Bruno). Fabinho, Ricardo Baiano, Daniel e Cascata, Netinho (Índio Oliveira) e Itamar (Gláucio)

Jota Valdeci

Especial

Na rede o curioso torcedor do América/RN pode encontrar fotografias dos times desde os anos 10/70 até a atualidade.

Inclusive com imagens raras ou pouco divulgadas. Em amistosos, torneios e jogos oficiais por competições domésticas e nacionais.

A maioria feita por repórteres fotográficos avulsos ou vinculados a imprensa potiguar de cada época.

Como fontes principais fora do RN podem-se ser enquadrados sites ou blogues diversos. Por exemplos: "Anotando Futebol" e "Zé Duarte". Ou fontes locais, como o "No Ataque".

No entanto ainda se acha imagens não disponíveis nas fontes locais ou que não foram feitas por profissionais da imprensa do RN.

É o caso da fotografia acima. Do time que entrou em campo, fora de casa, contra o Ji-Paraná (10 de abril de 2013).

Jogo pela primeira fase da Copa do Brasil. Quando o alvirrubro elimina o clube da Região Norte por 1 a 0 (lá e cá).

Na segunda fase o América é desclassificado pelo Atlético Paranaense com uma sonora goleada (2 a 6) no Estádio Manoel Dantas Barreto (Ceará-Mirim).

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Fotografia rara do River/PI com "Tidão II"

River Atlético Clube/PI (1967): Giri, Loloca, Lobato, Vilmar, Mário, Dino, Nonato, Gildo, Tidão, Tassu e Aluísio/Acervo: Mário Bandeira

Além da imagem do atacante e zagueiro potiguar Tidão no Calouros do Ar (Fortaleza) também é encontrada na rede outra raridade de foto com ele no River Atlético Clube (Teresina).

O registro no Estádio Lindolfo Monteiro (12/11/1967), antes do empate de 1 a 1, pelo campeonato estadual, contra o Flamengo (também da capital piauiense).

A foto foi publicada na capa do volume cinco da Coleção Severino Filho Memória do Futebol Piauiense e reproduzida no Site do Buim (Severino Filho), no sábado (28 de agosto de 2021).

Depois do ABC no currículo primeiro a passagem pelo Ferroviário da capital cearense, Calouros e Ceará Sporting.

 

FONTES/IMAGEM

Museu da Pelada do Piauí

O Gol

Site do Buim

Zero a Zero

"Pagamento" do passe de "Tidão II" é amistoso

"Tidão" no   Calouros do Ar com imagem  da arte  produzida pelo  blogueiro especialista Zé Duarte

"Jorge II confirma ida do mano Tidão para o Ferroviário". Foi uma das duas chamadas de cabeça de página do "Diário de Natal" (quinta-feira, 4/4/1963).

E no rodapé da mesma página é a fonte principal para Ribamar está na reserva e difícil de ser titular, diz o ex-abecedista Jorginho II.

A reportagem minúscula é ilustrada com foto do arqueiro em ação, na estreia pelo Ferroviário em amistoso contra o Nacional/CE.

Com a legenda: - Para Jorge II Ribamar dificilmente terá vez, pois o titular Zé Augusto está em grande forma.

Em seguida o assunto do subtítulo é o interesse treinador do tricolor da capital cearense, o conhecido pernambucano Edésio Leitão, saído do ABC recentemente, em levar o Tidão, um zagueiro vigoroso.

O ABC enfrenta o Riachuelo em amistoso (domingo, 21) e na terça-feira o jornal Associado noticia a chegada do presidente do clube cearense (Francisco Isidoro Pessoa) para acertar um amistoso como pagamento da transferência.

Na edição seguinte o Associado dá, ainda, o interesse do dirigente do Ferroviário pelo zagueiro alecrinense Manoel Carlos da Silva, uma indicação do diretor esmeraldino João Bastos de Santana.

Na primeira semana de maio quatro potiguares, incluindo Tidão, Ribamar e o ex-ponta-direita do América/RN e Calouros do Ar, Juarez, estreiam pelo tricolor em amistoso frente o Ceará.

E na última semana do mesmo mês o Ferroviário excursiona por Natal e paga o liberatório contra o ABC e ainda aproveita para retornar sem perder com vitória sobre o Riachuelo, o popular RAC.

Tidão II é contratado pelo Ferroviário de Fortaleza

Calouros do Ar (1966): Chinesinho, Tidão, Sebastião Neto, Osias, Gomes, Aracati, Mota, Gilson Puskas, Mendonça, Adonias e Raimundinho/Acervo: Elcias Ferreira/Diário do Nordeste

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois do inédito título como integrante da equipe principal em série de três jogos com o Globo (maio) o quinto consecutivo do ABC e um amistoso com o Riachuelo (abril de 1963) aparece a primeira oportunidade de vestir a camisa de um clube de um estado vizinho: o tricolor Ferroviário (Fortaleza).

Quem já se encontrava no futebol cearense era o irmão dele, o Jorge II ou Jorginho II, também cria do ABC. E as coincidências não param por aí. Assim como Tidão II, que encobre o nome verdadeiro, de batismo e certidão de nascimento, ocorre com aquele.

E as duas situações curiosas tem uma importante razão de existir. Assim como Tidão II retirou a alcunha do antigo ídolo João Tavares de Morais, o Jorge II se vale da idolatria pelo ainda em atividade ídolo alvinegro, o Jorge Tavares de Morais, irmão do primeiro Tidão, o mossoroense.

No futebol alencarino o segundo Tidão ainda veste as jaquetas tricolor (vermelha, verde e branca) do Calouros do Ar, passa ao Ceará Sporting e encerra a carreira no River Atlético Clube (1967), o tricolor (vermelho, preto e branco como o Ferroviário) da capital piauiense.

Xará, pelo apelido do antigo ídolo, é campeão!

Com licenciamento aneeicano o alvirrubro Globo aparece em cinco temporadas

TIDÃO II NA EQUIPE PRINCIPAL DO ABC PELA PRIMEIRA VEZ NO CAMPEONATO OFICIAL

José Vanilson Julião

Dez dias após o Torneio Inicio o atacante Tidão II xará pelo apelido do antigo ídolo João Tavares de Morais participa dos primeiros 90 minutos em jogo oficial pelo ABC (primeiro compromisso no campeonato estadual), no empate do Atlético (chegou a perder por três gols de diferença) nos minutos finais (gol contra de Piaba): 3 x 3 (quarta-feira 21/6/1961).

Depois entra mais uma vez contra o tricolor Ferroviário: 5 x 0 (domingo, 2/7). No ano seguinte volta a vestir a camisa alvinegra pelo aspirante. No primeiro jogo do turno extra (triangular), também com a participação do Atlético, que decide o campeonato da categoria pela temporada anterior. Oliveira marca o gol da vitória do Alecrim (domingo, 18/3/1962).

Na edição da quinta-feira (22) o Diário de Natal erra na manchetinha: ABC perdeu o hepta (devia ser octa, mas acerta na legenda de fotografia ilustrativa de uma dupla de jogadores abecedistas: Tonício, Francisco Freire de batismo, e Zeca). Fruto da derrota para o Atlético: 1 x 4 (na noite anterior no Estádio Juvenal Lamartine). O Alecrim acaba campeão pela primeira vez na história nesta categoria.

Tidão II, que havia entrado como defensor contra o rubro-negro no encontro doméstico, permanece na defesa na abertura do Torneio RN PB contra o Botafogo de João Pessoa: 2 x 2 (domingo 25). E não se sai muito bem, segundo o noticiário.

E como se tornou freguês de carteirinha deste tipo de competição inaugural de temporada oficial entra em campo mais uma vez no Torneio Início (domingo, 1/7/1962). E coloca mais uma faixa caindo do ombro para a cintura. 2 x 0 no alvirrubro Globo.

1962 é o ano do crescimento e das oportunidades. Pois ele entra em quase todos os jogos, amistosos, torneios e oficiais. E no final de março de 1963 pela primeira vez é campeão estadual pelo elenco principal quinto consecutivo do ABC em decisão contra o Globo, o clube que tentou ser grande.

O xará pelo apelido agora é chamado de "Tidão II"

Empresário José Prudêncio Sobrinho (diretor de futebol), José Alfran (médico), Pedro Teixeira da Silva, o 40”,  (técnico) e Zózimo (massagista), que foi dos aspirantes do alvinegro/Acervo Ribamar Cavalcante

José Vanilson Julião

O curioso: na pesquisa, em telegrama da Agência Meridional vinculada aos Associados e reproduzido pelo Diário de Natal (sexta-feira, 1/7/1960), aparece um atacante Tidão no treinamento entre jogadores do selecionado nacional que não entraram em campo contra uma seleção chilena e os amadores que se preparavam para as Olímpiadas de Roma.

Já o xará do aposentado centroavante João Tavares de Morais, pelo apelido Tidão, o jovem que apareceu no juvenil em 1959 e entrou fevereiro de 1960 participando de uma das partidas decisivas do campeonato de aspirantes do ano anterior o sexto título na categoria do ABC também veste a camisa alvinegra na final do Torneio Início da temporada: 2 x 0 Alecrim (domingo, 17/7/1960).

Um ano depois aparece pela primeira vez como Tidão II no amistoso (2 a 1) contra o Alecrim (quinta-feira, 1/6/1961). A entrada com o número nove nos costados, a exemplo de Cocó, merece reclamação do depois vereador Luiz Sérgio Medeiros de Oliveira numa coluna para o jornal. Assim como os alecrinenses Orlando e Zezé, com uma três, cada, nas costas, perante a penumbra do JL.

O SÉTIMO  TÍTULO SEGUIDO NOS ASPIRANTES

Os desdobramentos da pesquisa sempre trazem surpresas. O Diário (quinta-feira, 8/6) publica nota da vice-presidencia desportiva do ABC em que convoca os campeões dos aspirantes e titulares de 1960 para compareceram ao Estádio Juvenal Lamartine (ao meio dia do domingo 11) para entrega de faixas, o desfile da abertura (a Seleção Fantasma de 1934 comparece) e o torneio início oficial da temporada.

A lista: Ribamar, Sansão, Bigode (goleiros), Biró, Osvaldo, Orlando, Cadinha, Danilo, Calado, Cahú, Cocó, Jorginho, China, Paraíba, Tarcísio, Mota, Sileno, Tiquinho, Luisinho, Zózimo, Toinho, Severo, Dé, Wilton, Tidão, Nino, Mano, Romildo, Ivanaldo, Montanha, Ednaldo, Domilson, Aluízio, Laercio, Amancio, Erivan, Peninha, Pingo e Chico. Além do treinador pernambucano Edésio Leitão.

Muitos continuam no imaginário do torcedor que viveu aqueles tempos do futebol romântico. A maioria o redator sabe dos nomes completos (inclusive as fontes diversas), e alguns pormenores das carreiras, mas ficariam muito extenso a citação completa da grafia de batismo (oportunidades aparecerão) para enriquecer ainda mais o texto.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

O hexacampeonato abecedista esquecido pela mídia

As estrelas em cima simbolizam os títulos nas quatro categorias na temporada 1954

JOSÉ VANILSON JULIÃO

É divulgado pelos quatro cantos do mundo que o ABC soma a maioria dos campeonatos estaduais do Rio Grande do Norte (52 e não 57 como alardeado).

Também é de conhecimento que entre estes títulos está os dez seguidos entre 1932/41 na fase do amadorismo marrom.

Mais o pentacampeonato (1958/61) e dois tetra (1970/73 e 1997/2000). Alem de dois tri e os bi. E avulsos.

Usurpa cinco da década de 20: 1920 (torneio vencido pelo América: há datas e placares), 1921 (Centro Esportivo Natalense), 1923 (sem ocorrência), 1925 (o Alecrim reclama) e 1926, pertencente ao América (com todas as fontes exibindo datas e placares).

A série de seis título dos aspirantes começa na temporada de 1954. Quando ABC, além da faixa do elenco principal, ganha as taças do juvenil e infantil. São estes quatro troféus numa mesma temporada que são lembrados no escudo e bandeira: as estrelas amarelas.

Mas há uma façanha pouco conhecida ou bem menos divulgada: a conquista dos seis títulos seguidos na categoria de aspirantes, objeto da manchete desta inédita reportagem.

A histórica sequência na competição que envolvia suplentes ou reservas (extinta em 1964) era assunto guardado a sete chaves para uma pauta exclusiva.

E finalmente chega o momento de expor o tema. Causado pela pesquisa sobre o veterano João Tavares de Morais, o "Tidão", que recentemente completou 99 anos.

No levantamento também apareceu um juvenil abecedista com o mesmo apelido e posição (atacante) do antigo craque que veio de Mossoró e esteve no futebol maranhaense.

O jovem e novato "Tidão", ao participar de pelo menos uma partida nas três decisivas, pode e deve ser considerado dono de faixa.

As finais aconteceram entre o tricolor Santa Cruz (vencedor de dois turnos) e o ABC (ganha o terceiro).

O Santa Cruz então perde a partida final: 0 a 2 (sábado, 13/2/1960). Provocando a série com uma vitória tricolor e duas derrotas.

 

Clone no apelido ("Tidão") coloca faixa no peito

Globo (1961): Zózimo (massagista), Dico, Candão, Damião, Cuca, Zé Rodrigues, Jácio Salomão, José Djalma, o “Tenente” (técnico), Poti (veio do Santa Cruz para o clube fabril), Talvanes, Buru, Oliveiro e Ferreira

DECISÃO DO CAMPEONATO DE ASPIRANTES DE 1959 ENTRE O ABC E O SANTA CRUZ/RN

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Como foi dito antes o juvenil com apelido e posição do antigo craque João Tavares de Morais, o novato “Tidão”, além da competição da categoria no ano anterior (vencida pelo América/RN com decisão no ano seguinte), começa participando da decisão do campeonato de aspirantes.

Ele entra no primeiro jogo das finais, com vítoria do tricolor pela contagem mínima, gol de Wilton (quinta-feira, 18/2/1960). O alvinegro vence a segunda da série, também por placar magro, marcando Jorginho II (sábado 20).

Nesta segunda partida o alvinegro forma com Bigode, Piaba (Osvaldo Carneiro), Orlando, Oliveira, Miro “Cara de Jaca”, Aluízio, Tidão, Jorginho, Romildo, Ivan e Paulo Isidro; o tricolor: Castilho, Aníbal, Toninho, Hugo, Wilton, Bebeca, Poti, Dedé, Mano, Adeildo e Gilvan.

E ganha o terceiro (3 x 1): Tiquinho (Francisco Balbino da Costa), Bebeca (contra), Oliveira, descontando Poti, pai do futuro zagueiro americano e abecedista Sérgio (Quinta-feira, 25 de fevereiro de 1960).

Tudo isso em paralelo ao quadrangular final do campeonato de 1959 – turno e returno – envolvendo também o América.

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Blog No Ataque

Acervo José Ribamar Cavalcante

Juvenil com mesmo apelido e posição do veterano

O "velho" tricolor no "super - super" de 1959

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Enquanto o time dos veteranos, o “Milionários” não dá liga, o “misterioso” juvenil com o mesmo apelido e posição tem duas oportunidades no quadro de cima do ABC no campeonato da categoria.

Ainda no segundo semestre é aproveitado em dois jogos oficiais na principal competição oficial: 2 x 2 Alecrim (sexta-feira, 25/9/1959) e 6 x 0 Atlético (quarta-feira, 30).

Este segundo jogo pelo titular era um dos complementos do segundo turno. O América havia vencido o primeiro e o Santa Cruz já era campeão antecipado do returno.

Restava ao alvinegro ganhar o terceiro turno para entrar na parada e foi o que aconteceu. Os três clubes decidiram o campeonato em janeiro/fevereiro de 1960.

O triangular final recebe a denominação de "super – super" e o alvinegro termina bicampeão (1958/59).

E também em paralelo o novo “Tidão” já entra em janeiro de 1960 no elenco dos aspirantes que disputa o campeonato dos suplentes da temporada anterior contra o tricolor Santa Cruz.

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Um craque potiguar no futebol maranhense (XXXI)

Montagem com o "Milionários" sulista

TIME DOS VETERANOS “MILIONÁRIOS” NATALENSE DESAPARECE DO NOTICIÁRIO LOGO DEPOIS DA ESTREIA EM PRELIMINAR

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Depois da estreia com vitória (5 X 1) e uma promissora e risonha entrevista do antigo centromédio do Santa Cruz, ABC e América, Antônio Acácio do Nascimento (pai do treinador Hélio Lopes), em que revela o desejo da compra do material, e a notícia de uma provável diretoria, o time de veteranos "Milionários" desaparece, como por encanto, do noticiário.

O redator acredita que o nome do time dos “endinheirados” antigos jogadores dos tempos áureos do amadorismo marrom ou do semiprofissionalismo tenha surgido como inspiração com o famoso clube homônimo da época da “liga pirata” ou “El Dorado” colombiano do final dos anos 40 meados da década seguinte, quando tinha no elenco conhecidos jogadores argentinos, como Alfredo Di Stefano, Nestor Rossi e Adolfo Perdeneras.

Até porque o conhecido “Milionários” dos anos 60/70 é fundado (1964) no Rio de Janeiro e transferido para São Paulo pelo fundador, um funcionário da TV Bandeirantes, o porteiro João Mendes Toledo. Com o falecimento deste assume o comando Marco Antônio Rodrigues (irmão do lateral da Portuguesa de Desportos, Corinthians e selecionado Zé Maria).

Marco Antônio como atleta passou pelo Timão, Paissandu, Noroeste (Bauru), Comercial (Ribeirão Preto), Internacional (Limeira) e Araçatuba, todos no interior do estado de São Paulo. Muitos craques de outrora desfilaram com o time na várzea. O mais famoso deles: Manoel Francisco dos Santos, o “Garrincha”.

 

FONTES

Diário de Natal

O Poti

Futebol das Antigas

História do Futebol

Um craque potiguar no futebol maranhense (XXX)

Aspecto da Avenida Rio Branco (anos 40): Cinema Rex e ao lado a sede da Cruz Vermelha

JOSÉ VANILSON JULIÃO

“MILIONÁRIOS” DOS VETERANOS ENTRA EM CAMPO E SE REÚNE PARA ELEGER DIRETORIA

Diferentemente do que anunciou o "Diário de Natal" o parceiro Associado – "O Poti" – informa que o adversário do time de veteranos, "Os Milionários", é uma equipe formada por componentes do quadro de árbitros da Federação Norte-rio-grandense de Desportos.

O time dos “endinheirados” inicialmente faria a preliminar do primeiro clássico do ano, mas foram substituídos pelos juvenis dos dois clubes (domingo, 22/3/1959). Assim fazem o “esfria sol” do segundo ABC x América do ano pela Taça Cidade de Natal (domingo, 29).

Os “Milionários” entraria em campo com a camisa do clube “suburbano” amador “Internacional”, mas acaba usando a tricolor do selecionado potiguar. A partida, no clima de saudosismo, tem antigos craques ou árbitros: como João Acioli da Silva (Cabo João), ex-atacante alvinegro e alvirrubro; o dirigente Alberto de Souza Cortez de Amorim; e o presidente da FND, Salatiel Silva.

No “time” dos sopradores de apito: Didico, Campinas, Amaral, Zé Moura, Raimundo Harry da Costa Ramos, José Augusto Machado, Zilson Eduardo Freire, Luís Meireles da Silva (o conhecido e falecido “cobra preta” foi inscrito como jogador americano no começo dos anos 50) e Jader Correia da Costa.

No segundo semestre os veteranos são convocados para comparecer à sede do time amador "Mercúrio" – anexo da FND – no "Grande Ponto" (Cidade Alta), no centro da urbe e confluência da Avenida Rio Branco com a Rua João Pessoa. O objetivo é eleger a diretoria do "Milionários" (terça-feira, 25/8).

Justamente no terceiro endereço da entidade esportiva, no terceiro andar do Edifício Melilo, de frente para o antigo Cinema Rex (Av. Rio Branco), a esquerda de quem segue pela avenida em direção ao bairro da Ribeira. Antes, neste mesmo trecho, ficou um tempo no casarão que servia de sede também para a Cruz Vermelha (ao lado do cine).

A imprensa divulga: Antônio Acácio do Nascimento, Jeronimo Felipe (Jerin), José Brígido Ferreira, Zé Moura, Artemio Gonçalves, Harry da Costa Ramos, Zé Lins Aranha, Jaime Ubarana, Pedro Humberto, Francisco Canindé do Nascimento (Tico), Albano Pereira Nunes, Pernambuco, José Pinheiro Veiga e João Tavares de Morais (Tidão), Abel, Tatá, Euclides, Djalma, Nivaldo, Freitas, Ivanaldo e Teodósio.

Um craque potiguar no futebol maranhense (XXIX)

Mário Dourado e o
ídolo Jorginho no
"Castelo Branco"

APARECE JUVENIL NO ABC COM O MESMO APELIDO E IGUAL POSIÇÃO DE JOÃO TAVARES DE MORAIS. OS BASTIDORES DA RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE JORGINHO

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após a participação no último clássico e vestir a camisa alvinegra pela derradeira vez em amistoso doméstico o apelido “Tidão” reaparece na imprensa durante a renovação de contrato, por três meses (dezembro de 1958), do irmão Jorginho, com a promessa de que seria aproveitado na futura “boite” do clube (como ocorreu com o mano).

Curioso: em janeiro de 1959, o América, como campeão juvenil da temporada anterior, vence um “selecionado” da mesma categoria de base, com um zagueiro apelidado de “Tidão” (depois aparece como “Tião” no título do torneio início da categoria em decisão com o ABC (10/5). Ainda na festa dos campeões de 1958 o ABC vence também um combinado. E também com o elenco principal.

Na última semana de março ocorre uma série de clássicos na decisão de uma “Taça Cidade do Natal”. A primeira partida tem como preliminar um encontro de veteranos, com um tal de “Milionários" enfrentando um amontoado de radialistas.

São mencionados Nenê, Jerin (goleiros), Zé Lins, Ubarana (zagueiros), Dão, Tidão, João Pinheiro Veiga (o coronel do Exército), Albano Pereira Nunes, e o ex-ponta-esquerda alvinegro e americano, com passagem pelo Sampaio Corrêa na época de Tidão no Moto, o “Tico” (Francisco Canindé do Nascimento).

O aparecimento de um jogador com o mesmo apelido e posição do antigo craque, também no ABC, toma nova forma no Torneio Início (domingo, 10/5/1959), quando entra numa eliminatória com esta formação: Canindé, Didica, Manoel, Vicente, Chico, Carlos, Chiquinho, Tidão, Ronaldo, Gelo e Bebel.

Um craque potiguar no futebol maranhense (XXVIII)

América (1957): Chico, Mauricio, Papagaio, Edvaldo, Marçal, Mauro, Gilvandro, Juarez, Cezimar Borges, Saquinho e Wallace Costa

APÓS TÉRMINO DA TEMPORADA 1957 ATACANTE “TIDÃO” SE DESPEDE DO ALVINEGRO EM AMISTOSO

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Disputa o último clássico América 2 – 0 ABC (domingo, 29/4/1956) em torneio quadrangular também envolvendo o Tuna Luso Comercial (Belém do Pará) e Riachuelo Atlético Clube, em disputa a “Taça Júlio César de Andrade.” Entra 1957 sem participar de jogos oficiais até maio por uma suspensão do Tribunal de Justiça Desportiva por incidentes na final do campeonato do ano anterior.

Também não está na decisão do campeonato estadual, quando se destaca o centroavante Rivaldo de Oliveira Paula, o “Saquinho” (dois gols), no terceiro título do treinador gaúcho Álvaro Barbosa (dois pelo alvirrubro e um pelo alvinegro) e uma criança ferida por um rojão na arquibancada do “Juvenal Lamartine”. São os detalhes principais escolhidos pelo pesquisador da final: América 2 x 1 ABC (domingo, 15/12/1957)

Antes do jogo nota na imprensa rebate a insinuação da mídia da prática de “extorsão” pelo aumento no valor dos ingressos ou bilhetes para o clássico. Os presidentes assinam comunicado (12/12) – Ernani Alves Silveira (ABC) e Rui Barreto de Paiva – e qualificam a majoração: “um auxílio, ajuda, cooperação perante as despesas para manter os dois maiores planteis da cidade.”

Depois da final da principal competição oficial local (que deu o bicampeonato ao alvirrubro) – enquanto o “Diário de Natal” (sábado, 21/12/1957) dá nota sobre a festa na boite americana – também noticia o amistoso do vice-campeão: ABC 3 x 2 Santa Cruz/RN (domingo, 22). João Tavares de Morais faz, sem alarde, faz a última apresentação com a camisa alvinegra.

No decorrer da semana a imprensa procurar atrair o torcedor abecedista para o encontro amigável caça-níquel. “Com contas a saldar desde o campeonato os dois clubes podem realizar um bom jogo” (DN, quinta-feira 19).

 

FONTES/IMAGEM

Diário de Natal

O Poti

Tribuna do Norte

Anotando Futebol

Acervo José Ribamar Cavalcante