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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

América/RN: primeiro adversário "Coral" na "Excursão da Morte" (IV)

Lenivaldo Aragão mantém um blog excelente, depois de começar no jornalismo em 1957

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Repito que li a primeira grande reportagem da excursão de quase quatro meses ao Norte pelo Santa Cruz quando era viciado em comprar a revista "Placar" (505 – 28/12/1979).

A segunda na "Folha de São Paulo" (domingo, 30/4/2023), uma cortesia do jornalista Osair Vasconcelos, outro curioso por coisas do futebol.

Diante das fontes impressas – apesar do não ineditismo da FSP – havia programado um artigo para demonstrar que o Tricolor enfrentara o América/RN na primeira parada e não um selecionado potiguar.

O acúmulo de pautas reservadas e outras que foram aparecendo adiaram o projeto agora em andamento. É claro que já havia visto diversas abordagens sobre o tema em sites e blogs com adjetivação e malabarismos aos montes.

Mas não me interessava pela falta de uma novidade substancial. O que permanecia intocável na mente era o lapso de todas as fontes primárias e secundárias sobre o adversário "Coral" no Rio Grande do Norte e chegou o momento adequado para a correção.

Ademais, para não ser repetitivo pelo que se sabe das tragédias humanas e o pano de fundo da II Guerra, prefiro delinear para a curiosidade do leitor uma ligeira linha de tempo e as fontes que se dedicaram ao histórico périplo do clube recifense.

Desde que a revista da Editora Abril publicou a reportagem inédita do correspondente pernambucano Lenivaldo Moraes Aragão, baseado nos alfarrábios da imprensa da Veneza brasileira.

Inclusive o levantamento do Aragão foi reproduzido, com relutância, assim disse o autor, pelo antigo chefe na “Placar”, Michel Laurence (1938 – 2014) – o filho do repórter e colunista francês Albert Laurence – no livro póstumo “Causos da Bola”, finalizado pela mulher, Rose Guirro.

 

América/RN: primeiro adversário "Coral" na "Excursão da Morte" (III)

Chegada do Santa Cruz em Manaus/AM: Aristófanes da Trindade (de chapéu) e ao lado José Mariano Carneiro Pessoa (terno escuro)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Além do árbitro convidado para acompanhar o grupo do Santa Cruz rumo ao Norte, José Mariano Carneiro Pessoa ("Palmeira"), e do treinador Lourival Silva, havia algo mais que ligava o Tricolor ao Rio Grande do Norte.

Quem acompanhava a embaixada no Estádio Juvenal Lamartine era o presidente da delegação, o jornalista pernambucano Aristófanes Trindade, que, no começo dos anos 30, foi gerente da Companhia de Cigarros Souza Cruz em Natal.

E participa da fundação de outro clube com o mesmo nome e cores (vermelho, preto e branco): o Santa Cruz Esporte Clube, fruto de uma dissidência do rubro-negro Sport Clube Natal, do Remo surgido em 1915, participante de alguns campeonatos estaduais. Foi só acrescentar o branco.

Nem precisei buscar os livros dos falecidos jornalistas Everaldo Lopes Cardoso (“Da Bola de Pito ao Apito Final”) e de José Procópio Filgueiras Neto (“Os Esportes em Natal”) para confirmar. Bastaram dois artigos.

Do jornalista Aluízio Menezes de Melo: - UM POUCO DA HISTÓRIA DO QUERIDO GRÊMIO DAS TRÊS CORES – 21 anos de glórias e de bons serviços ao desporto da terra (“O Poti” – domingo, 6/11/1955).

E do também desaparecido jornalista Raimundo Ubirajara Macedo: “Salve, Santa Cruz” (na mesma edição do jornal Associado, na época diário vespertino, e depois semanário).

FUNDADORES

Alberto Galvão de Moura (potiguar dirigente do Sport Recife), Arnaldo Toselli, Waldemar Mathias de Araújo (jornalista), Antônio Fernandes Filho, Álvaro Mesquita Açucena, Francisco das Chagas Carvalho, Geraldo Magela de Vasconcelos, José Peixoto, Leônidas Bonifácio (foi remador e jogador do América), Ponciano Damasceno (atleta), Reinaldo Praça (ABC e América), Reinaldo José Iglesias e Rivadavia Guerreiro (filho do coronel Guerreiro, aquele que indicou o campo de pouso de Parnamirim para aviões franceses).

 

FONTES/IMAGEM

Jornal Pequeno

O Poti

Fernando Machado

Imagens & Palavras

Lenivaldo Aragão

 

América/RN: primeiro adversário "Coral" na "Excursão da Morte" (II)

Pedrinho, Pelado, Omar, Eutímio, King, Amaro Caju, Sidinho II Pinhegas, Limoeirinho, Guaberinha, França, Papeira, Sidinho e Capuco

Reportagem de jornal natalense confirma o placar real e o horário do jogo na primeira parada do Tricolor

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O diário vespertino católico “A Ordem” (sábado, 2/1/1943) publicou uma minúscula reportagem de quatro curtos parágrafos.

Na edição do dia anterior (quinta-feira, 31/12/1942), na costumeira e tímida sessão “Desportos”, explica que o jogo está marcado para ás 9 horas. Com bilhete a 3 cruzeiros.

Vejamos: - Perante uma reduzida assistência o encontro América e Santa Cruz do Recife, que se encontra em trânsito rumo ao Norte. Os alvirrubros jogaram sem técnica e entusiasmo, enquanto o clube visitante, formado por profissionais, apresentou-se com um esquadrão bem homogêneo...

“No final do primeiro tempo o placar assinalava 3 a 1 em favor dos tricolores. Quando faltavam 20 minutos para o término da partida foi a mesma dada como finda, por ter a embaixada recifense de prosseguir viagem.”

- Nesse período o Santa Cruz assinalou mais três tentos contra nenhum dos americanos... O juiz Palmeira apitou a contento.

 

FONTES/IMAGEM

A Ordem (RN)

Diário da Manhã (PE)

Arquivo Coral

Blog Lenivaldo Aragão

América/RN: primeiro adversário "Coral" na "Excursão da Morte" (I)

Imagem do Santa Cruz no "Parque Amazonense" (Manaus). Marcados com o "X" os atletas que faleceram na trágica estadia na Região Norte: o goleiro "King" e o atacante "Papeira".

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O redator já havia lido duas reportagens sobre a trágica estadia do Santa Cruz/PE na Região Norte. Uma na revista semana "Placar". Outra na "Folha de São Paulo".

Recentemente o tema voltou a ser abordado em rede social (10 e 11/2). Sem nenhuma grande novidade. Mas incorre no mesmo erro das publicações impressas.

Quando menciona que o Tricolor começa a fatídica excursão em jogo contra o selecionado (ou combinado) potiguar, no Estádio Juvenal Lamartine, em Natal.

Porém é compreensível o lapso. Acredito que o autor da recente reportagem se valeu das anteriores e do que foi publicado em sites e blogs que repercutem o assunto.

Na verdade, o clube "Coral" (vermelho, preto e branco) da capital pernambucana venceu o América/RN (6 x 1) numa sexta-feira (1/1).

Como árbitro o depois treinador pernambucano José Mariano Carneiro Pessoa, o “Palmeira”, pelo aspecto longilíneo do corpo, convidado da comitiva.

O alvirrubro: Rossini Azevedo, Leônidas Bonifácio, Marinheiro, Soleiro, Chagas, Antônio Acácio do Nascimento (pai do treinador Hélio Lopes), Zé Lins, Stephenson, Souza “Badof”, Demóstenes César da Silva (aquele que foi para o Botafogo) e Piolho.

Santa Cruz: King, Sidinho II, Pedrinho (jogou pelo América/RN no segundo turno do campeonato potiguar de 1937), Omar (veio da capital paulista para o Nordeste e jogou pelo ABC na Taça Chile), Capuco (Pelado), Amaro, Edésio (Guaberinha), Limoeiro (outro que foi para o futebol carioca), Papeira, Sidinho e Pinhegas (também foi para o futebol do Sudeste).

 

FONTES

A Ordem

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Folha de São Paulo

Placar

Craques e Esquadrões do Futebol

Memórias do Futebol Nordestino

Messi do Alecrim

O primeiro clube carioca na capital potiguar (FINAL)

"O Nordeste" e "Unitário": duas fontes importantes sobre a excursão do America carioca

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A imprensa da capital cearense em geral deu total cobertura a excursão do America do Rio de Janeiro.

O pesquisador não teve acesso a todos os jornais da época, mas a constatação das excelentes reportagens vem de dois deles extintos.

Primeiro “Unitário”, surgido de uma iniciativa local, e depois incorporado a cadeia dos Diários Associados.

Segundo ‘O Nordeste”, que era ligada a arquidiocese de Fortaleza e circulou ininterruptamente de 1922 a 1964.

Os dois impressos foram importantes para confirmar informações, como as datas, os placares e autores dos gols dos sete jogos do alvirrubro carioca.

Contra Maguary (estreia com derrota), Tramways, Ferroviário, Fortaleza, América/CE – estes quatros derrotados – e Ceará (empate e derrota).

“O Nordeste” (segunda-feira, 3/3/1941) também relaciona as escalações do último jogo contra o Ceará antes de seguir para Natal, no Rio Grande do Norte, contra o ABC, campeão potiguar.

America: Mozart, Villa, Arauto, Alcebíades (Oscar), Aziz (Bolinha), Dedão, Esquerdinha, Carola, Plácido, Baleiro e Nelsinho.

Ceará: Capotinho, Camilo, Motor, Popó, Mundola, Babá, Aluízio, Idalino (Biinha), França, Zuza e Mitotônio.

 

NOTA DO REDATOR: “O NORDESTE’ E “UNITÁRIO” PODEM SER VISUALIZADOS NO “PORTAL DA HISTÓRIA DO CEARÁ”

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O terceiro Romarinho para vestir a camisa vermelha

Romarinho veio da Lusa carioca: será o terceiro com o mesmo nome a por
de pescoço abaixo a camisa vermelha ou branca com detalhes rubros do clube

Infestação do nome para jogador de futebol começou com o original campeão mundial

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A diretoria da SAF americana confirma o que os repórteres informaram: a contratação do meia-atacante Romário Costa Barroso (Rio de Janeiro, 18/9/1993), 31 anos.

O jogador passou pelo paranaense Operário Ferroviário (Ponta Grossa), Associação Atlética Portuguesa (Ilha do Governador/RJ), o maranhense Timon, Sampaio Corrêa (da capital São Luís/MA), Brasiliense (Distrito Federal) e Volta Redonda (da cidade homônima do interior do Estado do Rio de Janeiro)

Além destas informações pessoais (nome completo, naturalidade e data de nascimento) e curriculares (clubes na carreira), está na cara que recebeu o nome em homenagem ao Romário campeão do mundo em 1994.

Aliás o Brasil está cheio de Romarinho por causa do outrora atacante carioca, presidente do America do Rio de Janeiro e senador Romário de Souza Faria.

Só no alvirrubro de Natal outros dois Romarinho vestiram a camisa vermelha: o potiguar de Ceará-Mirim, José Romário Silva de Souza (seis jogos em 2016), e o paulista Romário Henrique Faria (53 jogos e sete gols nas temporadas 2020/21).

Só para dar mais um exemplo da infestação nacional de Romarinho cito o também paulista Romário Ricardo da Silva, atualmente no futebol árabe.

E para ser redundante tenho que lembrar do Romarinho, o filho! Mas se o leitor souber de mais algum informe que acrescento!

 

FONTES/IMAGEM

Canindé Pereira

Blog Gente Americana

Ilha Notícias

O Gol

O primeiro clube carioca na capital potiguar (XV)

Sede do alvirrubro cearense (anos 60) com o acento agudo e o complemento em inglês

Uma rica taça em disputa para os dois clubes americanos: o do Rio de Janeiro e o de Fortaleza

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quando os alvirrubros homônimos, Rio de Janeiro e Fortaleza, entraram campo do Prado, havia uma pequena diferença: a ausência do acento agudo no “E” do carioca e a inclusão na mesma letra do nordestino.

Para apimentar a fraternidade entre o carioca e cearense – o segundo nasceu inspirado no primeiro – é disputada a “Taça Américo Picanço”, homenagem ao falecido dirigente do alvirrubro local, um dos baluartes do surgimento e consolidação do clube.

O troféu é posto numa vitrine de uma loja na famosa “Praça do Ferreira”, no centro da capital, para apreciação do torcedor. Enquanto o treinador carioca Diniz Júnior diz – sem trocadilho proposital – que somente divulga a escala momentos antes do jogo (sexta-feira, 28/2).

O diretor do América alencarino – como diziam os locutores de antigamente – “doutor” Canamary Ribeiro, informa que requisitará nove jogadores aos clubes locais.

Os reforços: Milton, Camilo, Assis, Idalino, Luizinho, Zé Sérgio, Popó, Airton e Zuza. A maioria entrou nos confrontos envolvendo o Ferroviário e Fortaleza.

Na preliminar do “Estádio Sport Cearense” (nome oficial) os infantis do América/CE, campeão da categoria no ano anterior, e os garotos do Tramways, chamado de time “elétrico” pela imprensa.

Treinador Leston Júnior não aguenta pressão e cai

Com boas intensões o treinador mineiro Leston Júnior também falhava na comunicação

Na cobertura de União/TO 2 x 4 América/RN o repórter antecipou a queda com a seguinte legenda: - Se era periclitante a permanência de Leston Júnior no América agora parece insustentável.

Dito e feito. Ele é demitido no final desta tarde. Depois que o diretor executivo Constantino Júnior pediu o boné ainda no retorno para Natal.

Leston somou sete vitórias, três empates e igual número de derrotas: ABC (Estadual), Bahia (Copa do Nordeste) e União (Copa do Brasil). Aproveitamento: 66,66 por cento.

Como curiosidade abaixo a lista dos dez treinadores que permaneceram a frente do elenco americano na faixa de 10 a 12 jogos.

 

LISTA DE TÉCNICOS

Leston Isaías do Nascimento Júnior: 2021 (12 jogos)

Luís Ribeiro Pinto Neto (Lula): 1983 (12 jogos)

Roneivaldo "Nei" da Matta Soares: 2018 (11 jogos)

Givanildo José de Oliveira: 1998 (11 jogos)

Herwin de Souza Hacradt: 1959/60 (11 jogos)

Luís Carlos de Oliveira Preto (Pintado): 2013 (10 jogos)

Roberto Fernando Schneiger (Cavalo): 2008 (10 jogos)

Miluir Macedo Cunha: 2005 (10 jogos)

Perícles Raimundo Oliveira Chamusca: 1997 (10 jogos)

Jorge Alberto Level: 1968 (10 jogos)

O primeiro clube carioca na capital potiguar (XIV)

Reprodução da página esportiva do jornal "Unitário" da cadeia dos Diários de Chateuabriand

Cobertura do jornal cearense “Associado” sobre “jogo-treino” entre rubros visitante e doméstico

JOSÉ VANILSON JULIÃO

“Lutaram os dois Américas”; "E os rubros do Rio venceram os de Fortaleza por 5 x 2”; "Os cariocas treinaram ontem à noite para o jogo contra o Tramways”.

Quem ver assim pode pensar que os títulos e subtítulos tratam do jogo em que o America derrota o homônimo cearense (2 x 7) no sexto amistoso da excursão.

Na realidade é um preparativo para o segundo jogo, contra o campeão cearense (1940), o Tramways, depois da estreia com derrota para o Maguary.

Com arbitragem do carioca Osvaldo Pereira Gomes e orientação do treinador Diniz Júnior, no campo do “Prado”, teve dois tempos de 30 minutos.

Placar (5 a 2) em favor da equipe principal: Plácido (dois), Nelsinho, Nicola e Baleiro, descontando Edilson e Hamilton (combinado).

Titulares: Cabrita, Villa, Gritta, Oscar, Aziz, Alcebíades, Nelsinho, Baleiro (Carola), Plácido, Nicola e Esquerdinha.

Os reservas com os americanos locais: Heitor, Arauto, Bidico (Nogueira), Gedeão, Cirinão, Chico Eduardo, Niepson, Edilson (Valdo), Hamilton, Valden e João.

Uma grande assistência comparece, embora fosse propósito um ensaio secreto. Foi a explicação do jornal “O Unitário” (quarta-feira, 12/2/1941).

Na mesma edição o treinamento do Ferroviário visando o America do Rio de Janeiro. E a repercussão da vitória do Maguary.

 

FONTES

O Unitário

Portal História do Ceará

Parente de prefeito retorna para treinar clube local

Jornalista Canindé Pereira, ex-assessor de imprensa do América e hoje competente repórter
setorista do Alvirrubro, foi quem intermediou pergunta, por telefone, durante a apresentação
do treinador paulista Evaristo de Toledo Piza (foto), para confirmar que tinha parentes em todo lugar, no caso de Natal, o casal Fernando Pedrosa/Branca e o prefeito da capital do RN

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quase 15 horas depois do repórter esportivo e setorista do ABC na TV Marcos Lopes/95 FM, Rodrigo Ferreira, anunciar com exclusividade a contratação do treinador paulista Evaristo de Toledo Piza (Campinas, 2/7/1972), a imprensa pernambucana confirma a saída do técnico do Retrô após classificação do clube para a segunda fase da Copa do Brasil.

Esta é a segunda passagem de Evaristo Piza pelo futebol do Rio Grande do Norte, precisamente para dirigir dentro de campo mais um elenco de um clube da capital do estado nordestino.

Pelo América foram 16 jogos (2021) com nove vitorias, três empates e quatro derrotas. Na conta dois jogos pela Copa do Brasil (uma vitória e uma derrota). Foi demitido em maio após derrota para o ABC no primeiro turno da competição local.

O nome do personagem do interior paulista é o cartão de visita para entrar, com mais um capítulo, na história do futebol potiguar. O blog relatou de forma inédita que ele é parente do prefeito de Natal Sílvio Piza Pedrosa.

Silvio Pedrosa é filho do industrial nascido em Macaíba/RN, Fabricio Gomes Pedrosa (1886 - 1936), fruto do casamento com a paulista Branca de Toledo Piza, que chegou a jogar tênis pela equipe feminina do Fluminense.

"Um "quatrocentão" paulista no comando americano – Treinador americano pode ser considerado parente distante do introdutor do futebol potiguar" (9 de abril de 2021). Eis a abertura da reportagem: título e subtítulo.

 

O primeiro clube carioca na capital potiguar (XIII)

Imagem ilustrativa do América Football Club (elenco de 1927) de Fortaleza, que toma emprestado nome e cores do "irmão" carioca


America do Rio de Janeiro consegue a primeira,  das duas goleadas na excursão nordestina, frente ao homônimo da capital cearense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após Maguary, Tramways, Ferroviário, Fortaleza e Ceará – principais clubes da capital cearense na época – chega a vez do antepenúltimo adversário. Antes da revanche contra o Ceará e o encerramento da excursão frente ao ABC em Natal (capital do Rio Grande do Norte).

Foi bem explorado pela imprensa local o amistoso interestadual com outro América, o de Fortaleza, fundado em 11 de novembro de 1920 como dissidência de um grupo de atletas infanto-juvenil do alvinegro Ceará, com a escolha do nome e das cores do homônimo do Rio de Janeiro.

Nos cinco primeiros jogos na "Terra da Luz" (como faziam questão de frisar os cronistas esportivos) o America soma uma derrota (estreia), três vitórias e um empate.

No sexto a primeira goleada (12 x 2), contra o alvirrubro local, atualmente licenciado e com o currículo diminuto de dois títulos de campeonato estadual (1935 e 1967).

O último placar elástico (7 x 2) na capital potiguar (11/3/1941), com gols do alvinegro natalense do atacante mossoroense Mário Mota (falecido no começo dos anos 60 na meia idade), revelados pela primeira vez na rede.

É a terceira excursão nordestina do America carioca – antes em Pernambuco (1915 e 1928) para seis jogos, três em cada uma – sem contar uma estadia em Salvador/BA no intervalo. E mais uma em 1929, pois a Bahia, geograficamente, ainda fazia parte da Região Sudeste.

 

FONTES/IMAGENS

Diário de Natal

O Nordeste

O Unitário

América FC (CE)

Futebol 80

Globo Esporte (CE)

História do Futebol

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

América protagoniza segundo vexame potiguar na competição nacional

Se era periclitante a permanência de Leston Júnior no América agora parece insustentável

O alvirrubro de Natal imita o principal rival local, o ABC (desclassificado pelo Olaria no Rio de Janeiro), e cai na primeira fase da Copa do Brasil.

O time natalense chegou a abrir vantagem de dois gols aos quatro e oito minutos. Ainda no primeiro tempo o União marca duas vezes nos momentos finais (42 e 46).

Aos dois da etapa complementar a equipe tocantinense vira. Aos 14 aumenta.

O representante de Araguaína, na segunda participação na competição, agora enfrenta o paranaense Maringá.

Nas últimas edições o América foi eliminado na primeira fase pelo Gama/DF (2016), Audax/SP (2017), Tubarão/SC (2018) e Iguatu/CE (2023).

 

AMÉRICA 2 X 4 UNIÃO

Gol: Ricardo Bueno 4, Lucas Rodrigues 8, Jean Bala 42, 2/2, Allan Rosário 46 e Gabriel Vinicius 14/2

América: Renan Bragança, Ricardo Luz (Antônio Villa), Lucas Rodrigues, Guilherme Paraíba, Davi Gabriel, Ferreira, Roldan (Lucas Mendes), Souza, Ítalo Melo (Thailor), Thiaguinho (Luidy) e Ricardo Bueno. Treinador: Leston Júnior

União: Davi Guedes, Marcinho, Allan Rosário, Jean Mineiro, Gustavo Alves, Ian (Marcus Paulo), Gabriel Vinicius, Felipe Afonso, Jean Bala, Bruno Morais e Thalyson (Matheus Barros). Treinador: Luiz Carlos Prima

 

Torcedores botafoguenses reunidos no... aniversário!

José Rui (de boné), Fátima, os filhos, os netos... e o bolo estrelado!

Quatro gerações de alvinegros comprovam preferência inusitada da cidade potiguar

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Em Cerro-Corá (Região do Seridó), município a 190 quilômetros da capital do Rio Grande do Norte, é assim: quando um aniversaria a torcida alvinegra se reúne.

Na imagem captada em rede social o amigo de infância e pré-adolescência José Rui Soares de Brito – mais conhecido como "De" – o aniversariante da semana.

O ex-vereador José Rui está ladeado pela esposa, Fátima, e os filhos Ruy Jeferson e Rhamon Gleyson. Na assessoria técnica os netos Mateus, Alice e Ana Letícia.

O glorioso fã do Botafogo de Futebol e Regatas, José Rui, herdou a preferência pelo clube de General Severiano do pai Sebastião Miguel, “Seu Bastos”.

Raimundinho, um dos irmãos e ex-prefeito da cidade, também é simpatizante do alvinegro carioca.

A fotografia é mais uma prova de que Cerro-Corá tem uma imensa torcida botafoguense, proporcionalmente, entre os quase 12 mil habitantes.

Para comprovar basta verificar outras reportagens inéditas publicadas ao longo do ano passado: uma não programada reunião inédita de 15 botafoguenses é um dos exemplos!

Disse José Rui do alto da simplicidade: - A família tem que ser unida, demonstra a preferência herdada do meu pai!

América/RN enfrenta pela primeira vez clube do Tocantins

Esta noite o estádio "Leôncio de Souza Miranda" (Araguaína/TO) entra na história americana como sendo a última unidade federativa em que o centenário alvirrubro potiguar ainda não havia se exibido para um público seleto

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O América/RN já enfrentou clubes das cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste. De 26 dos 27 estados, além de Brasília (Distrito Federal).

A saber: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima (Norte); Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia (Nordeste); Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo (Sudestes); Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sul); Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso (Centro-Oeste).

O leitor atento ao didatismo do artigo percebe que na lista das 27 unidades federativas faltava um estado. Justamente o de Tocantins, da Região Norte, mas com território desmembrado de Goiás (Centro-Oeste).

A ausência no esclarecimento inicial se deve ao fato de que o adversário inédito do clube potiguar é o União de Araguaína, município tocantinense sede da noite desta quarta-feira pela Copa do Brasil.

Em 28 participações na segunda mais importante competição nacional o alvirrubro de Natal "inaugura" adversários inéditos desde 1998, com o Linhares/ES, do município capixaba do mesmo nome.

De lá para cá enfrentou clubes do Acre, Roraima, Rondônia, Brasília e do interior gaúcho, como o São Luiz. Nos últimos dez anos a lista tem Boavista/RJ, Audax/SP, Tubarão/SC e Costa Rica/MS.

Nem sempre com sucesso e eliminação na primeira fase.

O primeiro clube carioca na capital potiguar (XII)


Reportagens confirmam a autoria dos dois gols do alvinegro contra o alvirrubro do Rio de Janeiro no acanhado e tradicional estadinho “Juvenal Lamartine”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O “Diário de Natal” (quarta-feira, 2/4/1941) dá a pista de quem fez os dois gols abecedistas do jogo amistoso interestadual (o primeiro de um clube do Rio de Janeiro em Natal): ABC 2 x 7 América/RJ.

A informação aparece na cobertura da sessão “O Diário Esportivo” do primeiro clássico do ano, ABC 1 x 2 América/RN, amistoso em disputa a “Taça Carlos Lamas” (domingo, 6/4), ocasião em que faz uma antecipação dos jogadores que poderiam entrar na partida.

Diz o ainda não jornal Associado “O Diário”: “O comando da ofensiva será entregue a Marmota, que se notabilizou no encontro contra o América do Rio, assinalando dois soberbos gols...”

O “Marmota” tem o apelido originado da contração do nome próprio do atacante mossoroense Mário Mota. Assim definido na análise do quadro alvinegro (“O Diário” – sexta-feira, 4/4):

- Atravessa uma fase áurea da carreira. A atuação frente ao America carioca o consagrou. Forte e dinâmico visa o arco com arremessos violentos.