Consulta

domingo, 19 de março de 2023

A incrível e numerosa família de futebolistas portugueses

Esclarecimentos sobre craque lusitano citado em artigo do artilheiro pernambucano “Alemão”

Os irmãos Cavem fizeram carreira no futebol de Portugal

Por José Vanilson Julião

A internet é pai e mãe. E possibilita rapidez na pesquisa. Para tirar dúvidas, acrescentar dados ou esclarecer falha não proposital de qualquer articulista.

No recente texto sobre o pernambucano Joaquim Ramos de Souza (1945 – 2019), o “Alemão”, ídolo no Nordeste e em Portugal, o comentarista passou batido em um pormenor.

Durante 56 anos, desde que li na “Revista do Esporte” (1959 – 1970), pensei que existia somente um jogador Cavém, aquele do Sport Lisboa e Benfica, o clube encarnado da capital portuguesa.

Nas horas seguintes a publicação de “O sempre lembrado atacante americano “Alemão” indaguei: “Como jogou um Cavém no Sporting Covilhã se só li sobre um atleta com este nome no time vermelho lisboeta?”

O referido Cavém é um dos astros do time, ao lado de “Alemão”, citados nas lembranças do fã Paulo Henrique R. Pereira, que resultaram no artigo em questão.

Amilcar atuou no Covilhã

Sites e blogs lusitanos elucidam o mistério. São dois famosos irmãos. Amílcar (15/8/1930 – 7/2/2019) e Domiciano (21/12/1932 – 12/1/2005). Este, para os brasileiros (de 50 anos em diante), mais conhecido que aquele.

Membros da espetacular e curiosa família Barrocal Gomes Cavém. Da Vila Real de Santo Antônio, distrito do Faro, Algarve, ao sul do território. São pouco mais de 18 mil habitantes no município de 61 quilômetros quadrados.

Começam a carreira juntos. E passam ambos no xará do alviverde mais conhecido, Sporting de Lisboa, rival do Benfica.

O primeiro defende: O Celeiro (1946/48), Serpa (48/50), Lusitano (50/52), para o qual retorna após 11 temporadas no Covilhã (52/63).

O segundo o Lusitano (1949/53), Covilhã (53/55), Benfica (55/69), Nazarenos (69/70) e Acadêmico do Vizeu (1972/74).

O pai deles, Norberto Gomes Cavém, nascido em 3 de outubro de 1904, vestiu as camisolas do Lusitano (Vila Real de Santo Antônio) e Olhanense. Entre 1922 e 1939.

Domiciano, no Benfica

O primo João Rodrigues Barrocal (4/8/1940) Olhanense, União Bissau (África portuguesa), Monte Caparica, Nazarenos Régua e Lagos (entre 1958/72).

O filho de João, Alfredo Florêncio Bonança Barrocal (11/7/1964 – 24/8/2010), da base ao profissional: GDAL, Torralta, Benfica, Olhanense, Farense, Varzim, Leiria, Maia, Trofense, Leixões e Senhora da Hora.

O avô Diogo Barrocal (27/6/1905) foi goleiro do Lusitano (1925/1937).

O primo, o goleiro, José Bartolomeu Barrocal Rita dos Mártires (27/4/1941 – 7/11/1977), o Zé Rita: Olhanense, Sporting, Covilhã, Benfica e Casa Pia.

O incrível é que o núcleo futebolista se estende ao Brasil com o ponta esquerda da Ponte Preta (Campinas), o neto de Zé Rita, Leandro Barrios Rita dos Mártires, o Leandrinho, paulista de Cotia (6/6/1986), pelo qual é registrado oficialmente apenas um jogo o ano passado por um site esportivo.

O brasileiro começou nas bases do São Paulo e Portuguesa de Desportos (ambos em 2017). Passa pela Portuguesa paranaense.

Depois segue para o exterior: Herediano (El Salvador), pelo belga Zulte Warenger, Paços Ferreira, Alajuelense (salvadorenho), Mês Kerman (Líbano), Al Raed (Arábia Saudita), Municipal, Atlético San Luís, os turcos Denizlispor, Sivasspor, Karabukspor e Umraniyesport e Altay.

Espero que não tenha faltado relacionais mais ninguém. Pela riqueza de detalhes do assunto retornarei ao tema.


FONTES:

Algarve/Alentejo

Cromo sem Caderneta

Jornal do Algarve

Jornal das Caldas

Jornal N

Mais Futebol

O Blog do David

O Gol

Rádio Covilhã

Sporting da Covilhã

Wikipedia

NOTA DO REDATOR:

Registro observações do comentarista esportivo, jornalista e âncora da CBN (Central Brasileira de Notícias), a emissora da Rede Tropical filiada ao Sistema Globo de Rádio (SGR), Franklin Roosevelt Machado, e do radialista, narrador, repórter de pista e jornalista Edvaldo Pereira, com passagens e sucesso no rádio e tv cearenses.

Explicaram quem são os demais jogadores do América que aparecem na foto com “Alemão” na postagem anterior. São o meia-atacante TALVANES Augusto Rodrigues de Souza, natalense, e o zagueiro Antônio de SOUZA Lins, mossoroense. Atuaram pelo alvirrubro entre 1969/71.


segunda-feira, 13 de março de 2023

A pioneira agência especializada em notícias esportivas

José Vanilson Julião

Quando o lateral Talisson Calcinha eliminou o América da Copa do Brasil logo ganhou o mundo pela singularidade do apelido.

Com sites, portais e blogs. E redes sociais. Mas antes era raro um clube da capital ser notado no resto do país. Mas existem exemplos raros.

“O Clube do Remo goleou o América de Natal”. O título em duas linhas precede modesta nota de dez linhas em uma coluna do tradicional diário especializado “A Gazeta Esportiva”.

A equipe paraense vence por 5 a 2 (3/4/1956) e dois dias depois, no domingo, perde para o ABC: 2 x 1.

A notícia no tradicional jornal paulista é fruto do trabalho do radialista e jornalista português naturalizado brasileiro José da Silva Dias, o fundador da primeira agência esportiva.

O empreendedor começou como auxiliar de contabilidade na “Rádio Mayrink Veiga”, cuja concessão foi cassada durante o regime militar.

Foi editor de esportes do “Diário de Notícias”, fundado pelo potiguar Orlando Ribeiro Dantas, e circulou de 1930 aa década de 70, sendo o quarto ou quinto com este nome desde o Império.

Em 1954, ao receber uma herança, aposta num mercado pouco comum, as agências de notícias esportivas. Surge a “Sport Press” que, por 45 anos, foi a principal empresa do setor no país.

Nascido em 1927, em Lamego, região do D’Ouro (Portugal), é registrado em Nova Iguaçu. Morreu no domingo (21/11/2005), aos 79, (falência múltipla dos órgãos), deixando esposa e duas filhas.

Cinco anos antes publica o livro “Futebol de craques e cartolas pernas-de-pau” (Editora Mauad), “diretamente das cabines de rádio, dos gramados pelo mundo afora e dos controvertidos bastidores...”

Dias tinha relacionamento com o falecido jornalista potiguar Everaldo Lopes Cardoso, então no “Diário de Natal” e depois na “Tribuna do Norte”, onde começou e levou para o jornal da cadeia Associada a coluna “Sal... Picos”.

Cardoso foi quem conseguiu inserir o primeiro clássico ABC x América na Loteria Esportiva por meio da amizade com o dono da “Sport Press”.

Ao que parece a empresa teve uma nova configuração jurídica limitada partir de 20 de setembro de 1972, tendo como sócios J. Dias e Dorothy Golias Dias.

Quem também aparece como sócios administrativos Walter de Mattos Júnior e a empresa Lance Multimidia Sociedade Anônima.

Entretanto a estaria atualmente “baixada” do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

 

FONTES

A Gazeta Esportiva

Diário de Natal

Diário do Nordeste

Tribuna do Norte

Cadastro Empresa

Estante Virtual

 

domingo, 12 de março de 2023

O sempre lembrado atacante americano "Alemão"

Alemão levantando a taça de campeão pelo América FC, à frente dele o presidente do clube, Humberto Pignataro e ao lado o presidente da FNF, João Machado


Por José Vanilson Julião

O pernambucano Joaquim Ramos de Souza (1945 – 2019) é um dos astros futebolísticos não esquecidos por uma legião de torcedores separados pelo Atlântico.

Com passagens por clubes de Recife e Alagoas, ele fez história pelo América de Natal, como autor de gols decisivos na série de quatro partidas das finais do campeonato potiguar de 1969, contra o ABC. Um deles no último minutos da terceira partida, situação que levou a decisão final.

Além dos aficionados do alvirrubro da capital do Rio Grande do Norte o centroavante "Alemão" é figurinha carimbada para os simpatizantes de clubes portugueses que defendeu pela ordem de aparições: Beira-Mar, Sporting Covilhã, Espinho, Lusitânia, Bragança, Marco, Cristelo, Paredes, Vila Meã e Baltar.

Foi o que aconteceu recentemente com um fã do clube verde e branco de Covilhã, cidade do distrito de Castelo Branco (Província da Beira).

Municipalidade com território 555 quilômetros quadrados e 46 mil habitantes.

Bem no centro-norte do País. Quase caindo para os lados da Espanha. Com o qual forma a Peninsula Ibérica.

Paulo Guilherme R. Pereira posta neste sábado, em rede social, um artigo em que demonstra o amor pela agremiação esportiva.

- Falar em Sporting é recomeçar a história com meu pai. Ele próprio me levou ao Santos Pinto inúmeras vezes e me contava histórias, inicia o torcedor sportinguista.

Completa: "Tinha um táxi e chegou várias vezes a transportar para deslocações longínquas... (enumera alguns jogadores, como o famoso Cavém."

Em 11 parágrafos e numa lista de jogadores lá aparece "Alemão", o artilheiro nordestino que fez fama em campos lusitanos, para onde partiu lá por 1971/72, depois de sair de Natal para atuar pelo alviverde América da capital pernambucana e pelo rubro-negro Sport Club Recife.

Ao final cita o historiador do Sporting Clube da Covilhã, Miguel Saraiva, responsável pelo livro que conta a história do clube desde a fundação até 1990. Obra entregue ao Museu Nacional do Desporto e ao Instituto Português de Desporto e da Juventude.

Para quem quiser se inteirar ainda mais sobre a vida e a carreira do futebolista "Alemão" o redator recomenda a leitura de uma série de reportagens publicadas neste espaço anteriormente.

Inclusive com um depoimento exclusivo de Joaquim Ramos de Souza Filho, cujo nome não deixa qualquer dúvida de quem se trata.

A foto registra “Alemão” levantando a taça. Ao lado o goleiro Franz. Após o jogador ao lado o ponta-direita “Bagadão” (autor de um dos dois gols na quarta partida decisiva).

Em primeiro plano o presidente da Federação de Futebol, João Cláudio de Vasconcelos Machado, e o presidente americano, o corredor de imóveis Humberto Pignataro.

A imagem consta do arquivo pessoal do memorialista da bola, o ex-jogador José Ribamar Cavalcante, personagem central, ou seja, o biografado de livro a ser lançado brevemente pela Editora Primeiro Lugar, escrito pelo competente jornalista Kolberg Luna Freire.

A orelha do livro sobre o macauense Ribamar será escrita pelo jornalista Rubens Lemos Filho, autor de pelo menos seis obras literárias sobre futebol, tendo inaugurado a série com a biografia do uruguaio Danilo Nuñes Menezes, ex-jogador do Nacional de Montevidéu, Vasco da Gama e ABC.

terça-feira, 7 de março de 2023

Números da enquete sobre mudança no Brasão de Cerro Corá

José Vanilson Julião

Esmagadora maioria. 192 votos contra (91%). 19 votos a favor (9%). Foi a contagem definitiva da consulta iniciada segunda feira e concluída dia seguinte.

Ao mesmo tempo em que se desenrola a consulta – sem caráter científico – manifestações contrárias as mudanças no Brasão pipocavam de todo o País.

Onde estivesse um cerro-coraense. Situação que demonstra a união do povo quando se faz necessário.

Antes da enquete final outras duas tentativas de consulta foram tentadas e não concluídas.

Sempre contrárias as modificações perpetradas sob o pano do desconhecimento da maioria população.

Acredito que por falta de divulgação. Proposital ou não. Mas não permaneceram alheias pelo acompanhamento de alguns formadores de opinião.

Até porque um assunto desta natureza teria que ser passada ao conhecimento do povo como resultado da ação do Poder Legislativo.

Mesmo com o martelo parcialmente batido em favor daqueles que não escutam os anseios do eleitorado.

O blog contabiliza, com esta, 12 postagens sobre o assunto. Envolvendo reportagens, artigos e notas curtas.

Contando com o primeiro texto, publicado em janeiro, quando estourou a bomba com o veto do Poder Executivo.

Posteriormente derrubado pelo Legislativo, motivação maior da série, ao reboque das reclamações dos internautas.

URGENTE: resultado da "enquete" sobre mudança no Brasão de Cerro Corá

José Vanilson Julião

Durante a redação do texto anterior sobre o polêmico assunto saiu o resultado da consulta ao internauta.

A maioria votou contra qualquer modificação na simbologia municipal. Foram 91 por cento e apenas nove a favor.

A votação, num primeiro momento, estava marcada para ser encerrada ao meio dia desta quarta-feira.

Mas teve ponto final no começo desta noite.

Lei Orgânica barra mudança no Brasão de Cerro Corá

Aprovação só com dois terços dos votos, mas derrubada do veto teve um a menos

José Vanilson Julião

Repórter

O título III da Lei Orgânica de Cerro Corá, em seu capítulo I – “Da Organização Político Administrativa” – no nono Artigo, que dispõe sobre os “símbolos representativos da cultura e história do Município” põe um ponto final na pretensão de parte dos vereadores em mudar o desenho do Brasão (o segundo relacionado pela ordem: após a Bandeira e antes do Hino).

O mais importante está no Parágrafo único: - Os símbolos do Município só poderão ser modificados por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara. Ou seja: seis votos dos nove vereadores. Entretanto somente cinco foram favoráveis a derrubada do veto do Poder Executivo.

Essa questão já havia sido levantada em áudio da vereadora Claudiceia Morais, no começo da semana, mas o nível baixo da gravação dificultou a compreensão imediata dos internautas, inclusive deste repórter, que acompanha, desde a segunda semana de janeiro deste ano, com algumas exclusividades, o desenrolar de toda esta confusão, iniciada ainda no período legislativo do ano anterior.

O áudio da vereadora diz que a mudança somente poderá ocorrer se modificarem a Lei Orgânica. Ao mesmo tempo que colocava a disposição a assessoria técnica para acompanhar o caso e auxiliar na execução de uma ação popular – na forma de um projeto de lei de iniciativa popular – para barrar o projeto em pauta, a partir da coleta de assinaturas.

Além do alerta da vereadora, também foi importante o fato da senhora Ivanise Dantas, depois de se debruçar e ler a parte dos símbolos, postou na rede social a página para esclarecimento e leitura de todos os envolvidos desta luta contrária aos interesses particulares de alguns dos vereadores.

ENQUETE

De outro lado continua em andamento a enquete, por meio eletrônico, para que as pessoas possam votar a favor ou contra a mudança do Brasão municipal. O resultado parcial, até o final da tarde desta terça-feira, dava o resultado temporário ao “NÃO”. A votação se encerra ao meio dia desta quarta-feira.

segunda-feira, 6 de março de 2023

Vereadores petulantes desdenham da repercussão negativa na mudança do Brasão de Cerro Corá

Os vereadores foram avisados, mas a depender de áudio da vereadora Claudiceia Morais, postado em grupo de rede social na noite desta segunda-feira, os que votaram a favor da mudança no símbolo municipal desdenham da repercussão negativa.

De acordo com a gravação os excelentes, estudiosos e inteligentes vereadores desconhecem qualquer iniciativa contrária à decisão de colocar máquina de costura e cata-ventos no Brasão da cidade seridoense.

Também ainda em consonância com o exposto pela  vereadora os colegas do Poder Legislativo municipal admitem que a repercussão e reclamações se restringem às redes.

Com isso demonstram analfabetismo funcional, pois deixam transparecer que não entendem que os grupos, hoje, refletem uma parcela significativa da sociedade com opiniões independentes.

E que não estão ao reboque dos desejos dos nobres "representantes" da população ou eleitorado.

O outro anúncio importante da vereadora Claudiceia Morais foi colocar a disposição dos eleitores a assessoria parlamentar para dar suporte e organizar o abaixo-assinado destinado ao projeto de lei de iniciativa popular para barrar o ridículo projeto. (JVJ)

Panfleto reproduz artigo do blog sobre mudança do Brasão de Cerro Corá

Enquanto a Câmara de Vereadores se torna alvo de mais uma onda de críticas pelo aluguel de um automóvel, o empresário Arijorio Felix da Silva (radicado em Manaus e em visita a cidade) anuncia, na noite desta segunda-feira, que amanhã continua a distribuição de panfletos com cópias de artigo deste blog sobre a mudança no desenho do Brasão de Cerro Cora.

Por outro lado a coleta de pelo menos 500 assinaturas para barrar o projeto de lei que aprovou a mudança no símbolo municipal poderá vir a ser o primeiro documento de iniciativa popular no município.

Desde que a escandalosa ideia do ex-presidente do Poder Legislativo e atual segundo-secretario veio a publicidade efetiva com o veto e queda da posição do Poder Executivo que não se ver nenhuma declaração dos cinco vereadores que votaram pela aprovação do barulhento projeto.

Apenas a vereadora Claudiceia Morais, um dos quatro vereadores contrários, recebeu os parabéns em rede social pelo bom senso em mudar o voto ao lado dos demais, depois do projeto ser aprovado por nove votos a unanimidade.

Outra observação a fazer. Até o momento não ocorreu nenhum posicionamento das demais mídias eletrônicas da cidade.

Apenas o blog " Cerro Cora News" teve a gentileza de reproduzir os comentários e reportagens exclusivos deste deste blog sobre o polêmico assunto. (José Vanilson Julião)

domingo, 5 de março de 2023

As "estrelas" do antigo Santa Cruz de Natal

José Vanilson Julião

Em troca de mensagens no "Facebook" o já mencionado antigo torcedor do Santa Cruz/RN, Francisco Nogueira, com residência em Fortaleza, menciona dois antigos craques do tricolor. Para reaquecer a memória do fã buscamos dados sobre Deraldo e Honorato.

Três dias após estrear no ABC em amistoso o "Diário de Natal" (quarta-feira, 1/1/1959), noticia atrasado que Deraldo Marques de Araújo (1/12/1935) é o novo comandante da ofensiva alvinegra.

Contratado por 20 mil cruzeiros de luvas pagos em quatro parcelas mensais. Depois do ABC (59/60), passou pelo Calouros do Ar (60/61), de Fortaleza, capital cearense, e retorna para a capital potiguar para defender Alecrim (1961/62).

A última partida pelo tricolor (domingo, 21/12/1958), conduzida pelo arbitro Jader Correia da Costa, 0 x 1 Alecrim (Mota 20), vale a lanterna do campeonato estadual.

Com os torcedores proporcionando renda de Cr$ 3.240,00 no Estádio Juvenal Lamartine. Nivaldo, aos 15, também da primeira etapa, perde penalidade máxima em favor do "Santinha".

Alecrim: Sansão, Picado, Petita, Monteiro, Petit, Tageba, Mota, Miltinho, Chiquinho, Pedrinho e Canindé; Santa Cruz: Paulo, Clementino, Vadinho, Hugo, Leto, Aníbal, Gilvan, Loreto, Deraldo, Nivaldo e Ferreira.

Ainda em 1958, quando das transferências dos tricolores Luís Marques e Tarcísio Aquino de Carvalho para o América, chegou também a ser noticiada a ida de Deraldo para o alvirrubro. Puro blefe da imprensa esportiva.

Uma das vitórias do tricolor sobre o América, com Deraldo e Honorato, ocorre em torneio amistoso (domingo, 6/4/1958). O primeiro é o autor do gol (quatro minutos da etapa final). Com arbitragem de Luís Meireles da Silva, por sinal um ex-juvenil americano.

Honorato e Deraldo começam a aparecer juntos no campeonato estadual de 1957. Um dos memoráveis jogos foi o empate em 2 x 2 com o Clube Atlético Potiguar. O rubro-negro perde a vice-liderança e ainda dá ao América o título antecipado.

 

FONTES

Diário de Natal

Tribuna do Norte

Súmulas Tchê

 

sábado, 4 de março de 2023

Aparece em rede social torcedor do antigo Santa Cruz/RN

JOSE VANILSON JULIAO

Nas redes sociais sempre se encontra algo interessante. Basta procurar. Principalmente fotografias isoladas de jogadores antigos, elencos posando para os flashes e textos informativos sobre jogos, atletas, clubes e competições.

Em alguns casos os assuntos caem de mão beijada, pelo acaso de navegar pela internet, e um deles se refere a declaração de simpatizante de um clube licenciado ou extinto. Fato raro, raríssimo, se conta nos dedos de uma só mão, acaba de ser localizado.

Durante postagem do torcedor do ABC, Carlos Magno (irmão do chargista potiguar Cláudio, que sai da “Tribuna do Norte” para a "Folha de São Paulo"), aparece um fã do antigo Santa Cruz, o segundo com este nome em Natal, predecessor do homônimo da cidade norte-rio-grandense na Região do Trairi e do atual, que disputa o quadrangular classificatório para as finais do campeonato estadual deste ano.

Francisco Nogueira, esse torcedor-símbolo de uma época, comenta a simpatia pelo tradicional tricolor na página "Memorial Alvinegro", e despertou a curiosidade do repórter, que não resistiu e comentou: - Você merece uma reportagem.

O antigo "Santa", com as cores vermelha, preta e branca – as mesmas do clube mais popular do Recife – nos anos 40/50 batia de frente contra os favoritos ABC e América, época em que o Alecrim ainda era considerado um clube pequeno (a torcida cresce com os títulos de 63/64 e 68).

No período o Tricolor abocanhou o "caneco" de 1943, 2 a 1, de virada sobre o alvirrubro, ficou com o vice em pelo menos outras duas ocasiões, sendo que em uma delas teria sido garfado pelopela justiça desportiva (1950), em rumoroso caso envolvendo o ABC e o União (do então distrito de Parnamirim emancipado oito anos depois), quando estava em primeiro lugar e acaba ultrapassado em um ponto.

O canto do cisne tricolor acontece em 1959, quando o América vence o turno, o Santa Cruz o returno e o alvinegro o terceiro.

O conhecido "super campeonato" entrou por janeiro/fevereiro do ano seguinte, o ABC conquista o tri e logo em seguida o alvirrubro entra no licenciamento de seis anos.

O Santa Cruz, após um primeiro licenciamento temporário no começo da década, retorna e sai para sempre depois do campeonato de 1966, com pedido oficial no começo do segundo semestre de 1967.

Até ensaia um retorno em 1970 durante um jogo-treino com o famoso clube amador Real Madrid do Baldo, que teve como treinador Pedro Teixeira da Silva, o "Quarenta" (campeão pelo esmeraldino), tendo o falecido repórter policial curraisnovense Elitiel Bezerra, o Pepe dos Santos, como competente relações públicas.

Este jogo amistoso aconteceu no antigo campo do Hospital João Machado, na Avenida Alexandrino de Alencar, na Vila São José.

Panfleto e enquete são resultados imediatos contra mudança no Brasão de Cerro Cora

José Vanilson Julião

Duas iniciativas dos cerro-coraenses natos e “adotados” foram as consequências já enumeradas diante da queda do veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges em seguida a aprovação do projeto de lei do ex-presidente da Câmara e atual segundo-secretário Rodolfo Guedes dos Santos.

Primeiro o empresário Arijorio Félix da Silva, radicado em Manaus/AM, promete e cumpre a distribuição de 500 panfletos com cópia de uma das cinco primeiras reportagens e comentários sequencias sobre o assunto publicados, deste a sexta-feira, no blog “Jornal da Grande Natal”. Deve começar nesta segunda-feira.

Segundo a professora Ivonize Dantas organiza enquete em grupo de rede social e o resultado parcial dá uma totalidade de “votos” contrários as mudanças no Brasão do município seridoense, a 190 quilômetros de Natal, a capital dos potiguares.

Enquanto isso, logo que caiu o veto do Poder Executivo, o autor do projeto comemorou no Twitter com aplausos e a mesma justificativa sem sentido prático e abstrata. Mesmo diante de protestos nesta rede social.

Exemplos hilários de brasões não alterados por qualquer motivação

José Vanilson Julião

Logo que o noticiário sequencial tomou corpo sobre o assunto e a consequente repercussão alguns cerro-coraenses foram pródigos em postar várias imagens de brasões de importantes cidades brasileiras que nunca tiveram a simbologia modificada ao sabor dos políticos do momento.

Além das figuras representativas diversas os internautas fizeram comentários comparativos entre o original e a improvável situação de mudança nestes conhecidos municípios. Incluindo Brasília, a capital federal encravada no centro do País, com o lago do Paranoá, as sedes dos três poderes, a catedral e as caras dos políticos que lá frequentam.

Os comentários citam principalmente acidentes geográficos naturais, conhecidas e famosas construções feitas pelo homem (como estátuas), atrações turísticas, costumes, tradições e festas profanas.

Rio de Janeiro: estádio Maracanã, Cristo Redentor, Corcovado, bondinho do Pão de Açúcar, a calçada de Copacabana, nem o pandeiro e as mulatas do samba; Belo Horizonte: complexo da Pampulha, o queijo e o doce de leite; Recife: a ponte da Boa Vista, a praia de Boa Viagem, passistas de frevo e os bonecos de Olinda;

Natal: morro do Careca (Ponta Negra), e ponte Newton Navarro; Mossoró: hotel Termas, salinas e festa de Santa Luzia; Caicó: festa de Santana; Açu: petróleo, fruticultura e o buraco do prefeito no São João mais antigo do mundo; Serra Negra do Norte, com seus bonés, panos de prato e bordados; Santa Cruz: posto 3 a 1 e a estátua de Santa Rita de Cássia.

Alternativa: um dos internautas também relacionou uma passagem da Lei Orgânica do Município que pode reverter a situação criada pela vaidade política. Diz que projeto de lei com abaixo-assinado popular pode revogar a decisão e reverter a situação.

PREVISÃO

Quando o conceituado blog "Cerro Cora News", de responsabilidade do jornalista José Valdir Julião, transcreveu a primeira reportagem inédita deste "Jornal da Grande Natal", fiz um comentário de que o veto seria apenas um obstáculo ou empecilho temporário e momentâneo no plano do vereador Rodolfo Guedes dos Santos.

E acertei na mosca no dia 10 de janeiro. O projeto do ex-presidente do Poder Legislativo e atual segundo-secretário da nova mesa diretora tem aprovação em segundo turno.

Com a sintomática adesão do presidente recém empossado, numa demonstração de que nem tudo que o prefeito desejar será acatado pelo principal aliado.

 

 

sexta-feira, 3 de março de 2023

Influência do ex-presidente e atual secretário do Legislativo decide a favor de mudança no Brasão de Cerro-Corá

 

Votos que derrubaram veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges ao projeto foram todos da mesa diretora

José Vanilson Juliao

Se passou desapercebido, involuntariamente ou não pela imprensa local, e até mesmo pelos internautas, o comentarista do “Jornal da Grande Natal” verifica que os cinco votos favoráveis as mudanças no desenho de um dos símbolos municipais são todos de componentes da mesa diretiva da Câmara.

Outro pormenor importante: destes votos um deles foi o do principal interessado no assunto, o autor do projeto de lei, o ex-presidente da mesa e atual segundo-secretário, Rodolfo Guedes dos Santos. Que foi seguido pelos demais membros eleitos e empossados recentemente.

Portanto ele teve os apoios do presidente João Maria Alexandre, do vice-presidente Francisco Aldo Maciel e do primeiro-secretário Vagton Luiz Silva de França (“Arroz”), além do vereador Santos Capote.

Mudaram os votos (a primeira votação foi por unanimidade) Breno Bezerra, Dedé de Manoel de Cláudio. Felipe Silva e Claudiceia Simoes, a única representante feminina na atual legislatura.

Os mencionados são da bancada da situação. Apenas o quinto componente do bloco, justamente o presidente, surpreendemente, não acompanhou o quarteto.

Assim a soma dos votos contou com quatro oposicionistas e um aliado de última hora no desfecho deste caso.

Mudança no Brasão de Cerro-Corá é cópia quase fiel do similar de João Câmara

José Vanilson Julião

Uma rápida consulta pela internet foi o bastante para verificar que o projeto de lei que acabou aprovado com a queda do veto do Poder Executivo provavelmente trata-se de uma imitação barata com ausência de originalidade.

Os vereadores, no mínimo, foram levados pela emoção, ou antes resolveram averiguar o desenrolar da mudança do Brasão do município de João Câmara (Região do Mato Grande), onde foram instaladas, definitivamente, em 2014, um dos primeiros parques eólicos no Rio Grande do Norte.

Outro pormenor interessante para comprovar a grande besteira dos cinco vereadores. Desde o final dos 60 que a França instalou eólicas no litoral da Normandia (Canal da Mancha) e nem por isso se tem notícia ou qualquer mudança nos símbolos normandos ou francos.

Se os vereadores da antiga Baixa Verde, que depois mudou de nome em homenagem ao industrial e senador responsável pelo desenvolvimento do lugar, cometeram uma besteira histórica, os cerro-forenses fizeram pior: copiaram com quase exatidão a mudança. 

Apenas acrescentaram uma máquina de costura. Coisa que nunca aconteceu na cidade paraibana de Rio Tinto, ai sim, sede de um surto de industrialização, onde existiu uma fábrica de tecidos da família Lundgreen, de origem sueca.

Ainda assim, nem Cerro-Corá, nem João Câmara, são pioneiros neste setor, para que merecessem tamanha aberração, a mudança nos desenhos dos símbolos municipais.

Os 24 primeiros geradores da empresa espanhola Neoenergia foram instalados em Rio do Fogo (litoral Norte) e em Serra do Mel (Central), os quais já geraram mais de 1,5 milhão de megawatts/hora nestes dez anos de funcionamento, completados na primeira semana de março.



A desnecessária e infantil mexida proposital no Brasão de Cerro-Corá

José Vanilson Julião

As adjetivações do título caem muito bem e retratam fielmente a onda das manifestações de contrariedade, repulsa, revolta e espanto detectados nas redes sociais, na tarde/noite desta sexta-feira, diante a notícia da queda do veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges as mudanças perpetradas pelo Poder Legislativo a um dos símbolos da municipalidade.

Dos menos de dez internautas que o editor do blog “Jornal da Grande Natal” enviou a reportagem anterior apenas um se mostrou favorável as mudanças no Brasão cerro-coraense com a mesma justificativa sem sentido do autor do projeto, o ex-presidente da Câmara, Rodolfo Guedes.

Entretanto as maiores reclamações, na sua totalidade, vieram de pessoas de grupos específicos que tiveram acesso ao texto, no “zap” ou “Facebook”. Uma delas relatou que o Japão não mexeu na Bandeira do “Sol Nascente” para colocar um computador; “Nos Estados Unidos da América não colocaram nave espacial”, diz ainda o indignado internauta.

Outro conterrâneo, Arijório Félix da Silva, residente fora da cidade, e em visita a terra natal, disse que vai procurar todos os vereadores, em especial os cinco que derrubaram o veto do projeto (anteriormente aprovado por unanimidade dos noves vereadores), e perguntar olho no olho, cara a cara, “O porquê dessa mudança...”

Este mesmo cidadão, empresário, um dos mais indignados, até disse que iria mandar copiar a reportagem do blog, primeiro com 500 exemplares, mas em seguida aumentou para mil, com o fim de distribuir nas cidades vizinhas, Lagoa Nova e Bodó, para que lá não aconteça a mesma decisão estapafúrdia e com inconsequências reais e nada produtivas.

Até padre Alcivan, cerro-coraense, de família tradicional, entrou na discussão: - Tanta coisa séria para se preocupar, como infraestrutura, saúde e educação. Aí gastam o tempo para fazer modificações absurdas no Brasão histórico do município, que é composto por elementos próprios da história de um povo. Vão estudar as regras da heráldica, senhores vereadores!

Completa o religioso: - Para facilitar a compreensão dos senhores edis uma ajudinha dos universitários: “Heráldica ou armaria é um sistema de identificação visual e simbolismo criado na Europa no século XII, baseado nos brasões de armas e escudos.

O termo também designa a arte de elaborar os brasões e a ciência que estuda suas regras, formas, tradições, simbolismos e significados históricos, políticos, culturais e sociais.

Já a internauta e professora Ivanise Dantas mostrou a ausência de arregimentação da população. “O nosso erro como eleitor e defensor da continuidade e permanência do nosso símbolo: não fizemos protestos presenciais na Câmara no dia da votação.

A pressão popular aconteceu antes nos grupos da “whatsapp”. Eu tinha convicção que os vereadores iriam repensar no voto e foi revertido alguns votos. O apelo não foi considerado, infelizmente. Fiquei sem palavras para externar a minha indignação.

Quanto ao comentarista, guardadas as devidas proporcionalidades, digo: é como se o Brasão de Natal, a capital dos potiguares, fosse desfigurado na simbologia dos Reis Magos, para se colocar uma foto ou de uma imagem estilizada da Via Costeira representando o turismo.

Ou substituir o ramo de café do Brasão paulistano (referente a capital) por uma chaminé fumegante das Industrias Reunidas Matarazzo, de um lado, e um produto da outrora grande empresa, uma lata de óleo “Sol Levante”, que, nos anos 30, deu nome a um time de futebol em João Pessoa, a distinta capital paraibana.

E ainda o americano trocar a Águia do selo nacional pelo famoso arranha-céu Empire States Building ou por uma imagem do World Trade Center, aquele do conhecido ataque terrorista.

Pirraça derruba veto do prefeito de Cerro-Corá contrário as mudanças no desenho do Brasão municipal

José Vanilson Julião

O blog do "DJ Aildo", um dos três que fazem a cobertura diária em e de Cerro-Corá (Região do Seridó), acaba de noticiar, com exclusividade, a queda do veto do prefeito Raimundo Marcelino Borges, o "Novinho", para mudança do desenho histórico e tradicional do Brasão municipal.

Por cinco votos contra quatro o Projeto de Lei 012/2022,  que solicita mudanças substanciais e imperceptíveis, incluindo o acréscimo de uma imagem de máquina de costura "representando os quase 300 empregos gerados no município pela atividade têxtil" e de torres de energia eólica "representando o desenvolvimento sustentável dos parques".

O projeto do ex-presidente da Câmara, Rodolfo Guedes (Republicanos), havia sido aprovado, por unanimidade, pelos nove vereadores no final do ano legislativo 2022, mas vetado.

Novamente colocado em discussão, no retorno do ano legislativo, na terceira sessão, na noite desta quinta-feira, o veto foi derrubado, com voto dos vereadores Rodolfo Guedes (o maior interessado no assunto), Aldo Maciel, João Alexandre, Vagton Arroz e Santos Capote.

Com a notícia já correndo as redes sociais um conterrâneo suscitou que a poopulação deveria ter sido consultada em plebiscito.

O repórter retrucou que bastava ter sido usado o bom senso e os vereadores ter "escutado" o clamor dos internautas.

Pois plebiscito ou referendum demandam tempo para organização, execução e gastos, além destes expedientes não correrem o risco de se tornarem comuns para tudo que é demanda.

MÁ REPERCUSSÃO

Em 10 de janeiro o "Jornal da Grande Natal" havia se posicionado sobre o assunto, repercutindo a primeira aprovação do projeto sem pé e sem cabeça na calada da noite ou no final do expediente legislativo do ano anterior.

Veja a seguir os principais trechos da primeira reportagem.

- A conversa girava em torno de amenidades quando a internauta Ivonise Dantas perguntou se alguém sabia das modificações no tradicional desenho e todos os participantes foram pegos de surpresa com a informação.

Ocasião em que todos foram unanimes, também, em rechaçar o projeto de lei, cuja data não foi possível configurar durante o debate.

- Uma pergunta: vocês podem informar, confirmar ou desmentir...?, assim ela se expressou.

O ex-candidato a vereador e empresário Vivaldo Evaristo foi rápido no gatilho confirmando a situação. "Tem, mas não é mudar. A ideia é alterar e incluir... (para o redator dá no mesmo)"

Diante da enxurrada de indagações outra internauta, Cássia Maria, surgiu, para por os pontos nos is e dirimir todas as dúvidas concernentes ao caso, inclusive com mais esclarecimentos e provas contundentes sobre a peripécia dos vereadores e da mesa diretora do Poder Legislativo.

Depois que o redator deste blog colocou no grupo o texto ela insere a imagem original da Bandeira do Município, assim como mais duas imagens, uma colorida e outra em preto em branco.

A primeira fotografia com o Brasão original e a segunda com as modificações: as simbologias estilizadas das máquinas e torres (justamente os itens a serem acrescidos).

As máquinas dentro de uma faixa acrescida acima de cordeiro e as torres no espaço inferior, no qual está a representação de uma serra em cor amarela.

O mais incrível: o ex-presidente da Câmara colocou em circulação a "Revista Câmara em Ação" comemorativa da administração já as modificações no Brasão na capa, acima a esquerda.



quinta-feira, 2 de março de 2023

"Calcinha" corre o Brasil com a eliminação do América

Jogador faz gol que tira alvirrubro da Copa do Brasil e causa prejuízo financeiro

José Vanilson Julião

O internauta atento perceberá nas andanças pela rede que existem vários jogadores com o nome Talisson.

Com dois esses ou só com um; até mesmo com "y" no lugar do "i". Em algum com o "h" entre o "a" e o "l". Ou com dois "ll" em seguida.

Mas apenas um tem o sugestivo acréscimo da alcunha "Calcinha". Eu mesmo nunca tinha ouvido ou lido sobre este atleta.

Até a divulgação da escalação do Iguatu antes do jogo contra o América pela Copa do Brasil na noite desta quinta-feira.

O hilário cognome correu o Brasil, novamente, com o gol marcado por ele aos 32 minutos do segundo tempo.

A explicação do curioso apelido vem de uma entrevista publicada em 2017 no "Globo Esporte".

Na época ele é contratado pelo Centro Sportivo Alagoano (CSA), de Maceió, capital alagoana.

Diz o lateral direito cearense: - Quando era mais novo, ao chegar na casa do meu primo, ele estava escutando as músicas, e eu gostava da banda (de forró) “Calcinha Preta”.

Se ele não botasse eu chorava. Aí pegou esse apelido e até hoje ficou. Lá no Juazeiro sou conhecido assim, mas não tem mais como tirar.

Antes eu ligava, brigava, quando era mais novo, mas agora estou adulto e não ligo mais pra isso, não.

O "Calcinha" (Juazeiro do Norte, 15/5/1995), 63 quilos, 1,64 metros, também atua na meia-direita, já é bastante rodado.

Começou a carreira no cearense Campo Grande, seguiu para o Guarani (Juazeiro do Norte), depois CSA, Treze, Caucaia, Sampaio Corrêa, Crato, Atlético Cearense, Icasa, Cariri e Pacatuba.

Por alguns desses clubes atuou mais de uma vez. Quem sabe não seja contratado pelo clube potiguar como reforço para a Série C.

Foi o que pensei após o gol "espiritual" de fora da área...

 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

A aristocracia potiguar e o futebol (VI)

Chegou a vez dos Gomes Pedrosa pioneiros do futebol no RN

José Vanilson Julião

Feitas as apresentações das origens a partir do pioneiro comerciante na antiga Coité, depois Macaíba, nome de uma palmeira, e eternizada como nome do tradicional município da região metropolitana, assim como a sequencia numérica dos descendentes, inclusive com uma detalhamento da série de Fabrício Gomes Pedrosa, chega o momento de focar nos personagens principais desta saga.

As mais importantes personalidades desta série são três irmãos. Dois deles apontados pelos pesquisadores e jornalistas esportivos – informações repetidas, agora, pelos sites, portais e blogs metidos com futebol por este Brasil afora – como introdutores do futebol moderno, com regras elaboradas no meio universitário pelos ingleses na segunda metade do século XIX, em Natal.

A pesquisa pouco apanha de um dos irmãos, o Fabrício, estudante, além das datas de nascimento e morte, na Europa. O segundo “fratelo”, Fernando, pela longevidade, acaba sendo um elo importante nas atividades comerciais e industriais do Rio Grande do Norte nas primeiras três decadas do século XX. Por isso merece um maior relato de vida e uma recapitulação detalhada para o leitor fixar na memória.

Fernando (30/3/1836 – 9/3/1936) nasce nos Guarapes (vila de Macaíba, mencionado e dimensionado entreposto de matérias primas (algodão e açúcar) exportadas para industrialização e consumo nos mercados norte-americano e europeu. Portanto neto do primeiro Fabrício e filho de “O Moço”, o terceiro com este nome, de um total de sete. E de dona Isabel Candida Albuquerque Maranhão.

Como estudante universitário de Economia, na cidade portuária de Liverpool (Inglaterra), familiariza-se com o mercado internacional do algodão, observando a qualidade do produto importado do Brasil – “uma massa confusa e suja” – e as críticas dos importadores. De retorno a terra natal dedica-se ao cultivo da herbácea, contrariando o pai, que o preferia comerciante no Rio de Janeiro.

Funcionário do Ministério da Agricultura, consegue transferência (1915) para o povoado Baixa Verde (município em 1928 com mudança para João Câmara com o falecimento do senador do mesmo nome 20 anos depois). É por esta época que conhece o político homenageado e industrial inovador já estabilizado na região do Mato Grande.

Uma das primeiras providências foi a aclimatação da planta “sea island” ao “mocó” (variedade de fibra longa) e ao “herbáceo”. Com as esperadas e conhecidades dificuldades inerentes ao setor na ocasião (estiagem, burocracia governamental e técnicas) inicilamente só consegue colher 300 quilos por hectare.

A essa altura (1917) havia se associado ao norte-americano Clarence Wharton (jovem como o parceiro), que faleceria cinco anos depois em Southampton (Inglaterra). O escritório da firma “Wharton Pedrosa” é instalado em um quarto do famoso “Hotel Internacional”, localizado na Rua do Comércio (atual Chile), no então efervescente e convergente bairro da Ribeira.

 

Nota do Redator: pela riqueza do personagem continua nas próxima postagens.